terça-feira, 27 de maio de 2025

O duelo dos gladiadores no poder



Sinto-me como se estivesse sentado no Coliseu de Roma, assistindo ao duelo de grupos de gladiadores na arena.
De um lado a família Bolsonaro, liderada por Jair.
De outro os membros do Supremo Tribunal Federal, liderados por Alexandre de Moraes.
O primeiro a atacar foi Jair, que acusava fraude nas urnas eleitorais.
O filho de Jair, Eduardo, proclamou que basta "um soldado e um cabo" para fechar STF.
Ficou só na ameaça.
Apesar de Jair ter trazido sua equipe de governo militares da alta patente, parte da qual teve participação efetiva na tentativa de golpe de estado, não tiveram audácia suficiente para fechar o Supremo.
Antes de pensar no golpe, Jair preferiu o caminho democrático e tentar uma reeleição.
A turma do Supremo, querendo derrotar a pretensão de Jair, encontrou em Lula a unica possibilidade de impedir a vitoria dele numa eleição. 
Assim, resgatou Lula de sua inerigibilidade, num golpe baixo, anulando suas condenações e liberando-o da prisão.
Lula foi eleito.
Parecia que a briga tinha chegado ao fim, com o Supremo como vencedor.
Só que o duelo não terminou.
Diante da manifestação de 8 de janeiro, o Supremo entendeu que a briga continuava e partiu para o ataque detendo, julgando, condenando e prendendo uma pequena parte dos participes da manifestação.
Ao mesmo tempo que fazia crescer uma devassa na vida de Jair, para encontrar irregularidades, que pudessem condena-lo a algum crime e afasta-lo da vida publica.
Foi assim que surgiu a investigação de um suposto falso atestado de vacinação, a apropriação indevida e suposta venda de joias recebidas pelo então presidente Jair e que deveriam ser do patrimônio da União.
Durante essas investigações fisgaram Mauro Cid, que, com medo de ser preso junto com seu pai, acabou aceitando fazer uma delação premiada na qual denunciou a tentativa de golpe de Jair.
Não agiu como um herói da pátria, mas como um covarde apavorado.
Também acabaram encontrando vestígios dessa tentativa de golpe em documentos, que estavam na posse de integrantes do governo de Jair.
Jair Bolsonaro ao invés de concentra-se em defender-se das acusações menores do falso atestado e das joias, que certamente não dariam em nada, decidiu manter-se na luta.
Continuou com agressões verbais contra o Supremo, em especial contra Moares.
Reagindo a isso, Moraes aprofundou a investigação do golpe e, finalmente, conseguiu que Jair e outros se tornassem réus, para leva-los a um julgamento no Supremo. 
A família Bolsonaro não ficou quieta.
Tentou buscar no Senado um impeachment contra Moares, mas tal possibilidade não se viabilizou.
A movimentação no Congresso não ficou por ai. 
Criaram a ideia de uma anistia, travestida de bom samaritana, que dizia ser para libertar os manifestantes de 8 de janeiro, condenados a penas extremamente rigorosas pelo crime que cometeram, mas, que na verdade, objetivava mesmo era anular uma futura condenação de Jair no Supremo.
Como a anistia ficou emperrada, Eduardo decidiu mudar-se para os EUA para tentar conseguir, junto ao governo de Trump, um possível a aliado, uma ação contra o Supremo, na figura de Moares, de forma a intimida-lo a não condenar seu pai.
Ainda que tenha, por enquanto, ficado só na ameaça, Moares não se deu por derrotado.
Reagiu firme, sem medo das retaliações que o governo Trump possa fazer contra ele e abriu inquérito contra Eduardo, sobre suas ações intimidatórias.   
O jogo não terminou.
Mas, no final, quem sairá perdedor será o povo brasileiro. 
O certo é que essa luta, que só agrada a audiência da plateia de Coliseu, tornou: 1) às instituições democráticas mais frágeis;
2) um Supremo que exacerbou suas funções constitucionais, com seus membros sentindo-se deuses do Olimpo;
3) um Congresso voltado a atender apenas as vontades de seus integrantes, para se eternizarem no poder;
4) Jair Bolsonaro, um inegável líder que, embora com um patrimônio eleitoral pujante, perdeu a oportunidade de fazer as reformas tão sequiosas que seus eleitores acreditaram que faria, para se dedicar a uma luta, cuja causa não é o bem da coletividade.     
5) a eleição de Lula, que faz um governo populista e irresponsável, mantendo o atraso no desenvolvimento do Brasil.  
  

sábado, 24 de maio de 2025

Trump, o Don Quixote


Trump virou o maluco do Don Quixote na America.
O espanhol via como inimigos moinhos de vento.
Menos mal.
Já na alucinação de Trump, ele vê inimigo em todos os lugares.
Uma hora é a China.
Agora a Europa, ameaçada por taxas de importação de 50%.
Evidentemente, depois, ele muda tudo, como já fez com a China, que chegou a impor taxação de 100%.
O importante, para ele, penso eu, é ele ser machete das mídias o tempo todo.
Ao final, posta-se como vencedor de uma briga que ele mesmo criou.
Não satisfeito em ameaçar países, como fez com o Canada e Groenlândia, investe também contra empresas.
Ameaça taxar a Apple se não produzir os iphones nos EUA, como uma mudança industrial fosse montar uma barraca de pastel na feira.
Não satisfeito ameça as Universidades.
O alvo foi Harvard, que tem 30% de alunos estrangeiros.
Sem nenhum escrúpulo determinou o cancelamento dos vistos dos estudantes de la, o que os tornará imigrantes ilegais.
Parece que uma juíza suspendeu os efeitos, mas ate quando?
Quanto constrangimento desnecessário!
Isso sem contar nas emboscadas criadas contra Zelensky e depois contra o presidente da Africa do Sul.
No caso da Africa, Trump, por desinformação, mal assessoramento ou canalhice mesmo, apresentou um vídeo de matança de pessoas de outro pais africano.
Quem vai parar esse psicopata?

quinta-feira, 22 de maio de 2025

O extermínio dos palestinos



Diante do massacre cometido contra os moradores da Faixa de Gaza, numa tentativa bem sucedida de extermínio do povo palestino, fico estarrecido com os argumentos daqueles que defendem tal barbárie.
E as lideranças mundiais assistem a tudo isso com naturalidade.
Em geral, esses defensores argumentam sobre a historia bíblica dos judeus, que viviam no local antes dos árabes.
Como se junto com o direito da existência do estado de Israel houvesse a concessão dos israelenses matarem palestinos, quando lhes conviesse. 
A questão não é justificar a existência do estado de Israel.
Todos conhecemos historia. 
Mas, sempre falta dizer, quando se conta essa narrativa, que o estado de Israel atual só existe porque houve a II Guerra Mundial. 
Ate então era o estado Palestino que existia no local, com judeus morando la.
O estado de Israel foi criado pelos vencedores da guerra para abrigar judeus sobreviventes do holocausto nazista, pois, diga-se a verdade, os países vencedores não quiseram abrigar os judeus em seus territórios. 
Dito isto, não ha que se discutir historia.
A questão que interessa debater são as ações desproporcionais, violentas e desumanas que o governo Netanyahu, primeiro ministro de Israel, revidou ao infame e condenável ataque do Hamas que matou, sequestrou e mantém prisioneiros inocentes judeus. 
A reação olho por olho, dente por dente foi além da lei de Talião. 
O governo, ao invés de negociar o resgate dos prisioneiros, como se espera de quem quer de volta os seus, primeiro matou e continua matando milhares de palestinos, tão inocentes quanto os judeus submetidos ao cruel ataque do Hamas. 
É crime de guerra, contra a humanidade, sim!
Tudo para que Netanyahu continue no cargo.
Sem guerra, ele teria que deixar o governo. 

terça-feira, 20 de maio de 2025

A democracia em xeque



O poder é atividade comum no reino animal.
É exercida, naturalmente, por lideranças selecionadas geneticamente, que convencionou-se a chama-los de alfa.
Os alfas tem características genéticas, entre outras, de carisma e liderança, que são reconhecidas pelos demais membros do grupo. 
Nenhum outro animal, não importa a espécie, chegará ao posto de líder se não atender a essa regra.   
Assim, como nos demais animais, o ser humano também tinha suas lideranças alfas, que comandavam os pequenos grupos primitivos.
Com o advento da religião, essas lideranças tinham ligações com o divino.
No desenvolvimento humano essa liderança tornou lideres Faraós e Imperadores.
A sucessão dessa liderança era preferencialmente pelo primogênito.
Conceito que, anos mais tarde, os seres humanos continuaram fazendo na sucessão de seus negócios e patrimônios.
N
a Grécia antiga e em Roma, houveram experiencias de Republica e Democracia, mas a figura do Imperador ressurgiu e depois se transformou em Reis.
E assim foi por seculos.
Esse sistema de poder atendia, primordialmente, os interesses da elite que participavam do jogo de poder.
Sim, porque entre eles havia disputa para o comando máximo do poder.
Houve conspirações e mortes para se buscar o poder absoluto.
Para se obter apoios na corte, era preciso demonstrar atenção a elite.
O poder não podia se limitar a oferecer garantia militar.
Assim foram construídas obras de infra estrutura.
Para ganhar simpatia do restante da população eram concedidos poucas bondades governamentais.
No processo evolutivo do ser humano, forças contra o absolutismo dos monarcas levou a criação do primeiro Parlamento na Islândia em 930 e depois na Inglaterra, em 1.295. 
Ainda que os eleitores não fossem toda a população, mas uma minoria da elite, os primeiros passos para acabar com o absolutismo foram dados.
Caminhava-se em direção a uma democracia plena.
No Brasil, o Parlamento foi criado em 1.823.
Com isso  foram criados os Partidos Políticos.
Os partidos conservadores, em razão da tradição de se manter no poder pelo simples fato de serem elites, como eram nas monarquias, não enxergaram que na republica seu papel não era mais só fazer parte da corte imperial.
Mas ter uma atuação voltada a atender a demanda da sociedade democrática.
A democracia também permitiu o acesso a partidos mais progressistas, que tinham como objetivo levar ao povo ao bem estar social.
É inegável que os partidos progressistas lutaram para que o assistencialismo do estado crescesse e alcançasse muita gente, que antes se sentia desamparada.
Os políticos, percebendo que a bondade do governo agradava uma expressiva  massa de eleitores, decidiram utiliza-la como "patrimônio" eleitoral  para se reelegerem, num perigoso circulo vicioso sem fim.
E acabaram tanto os conservadores como os progressistas virando populistas para se manterem no poder.
Houve, então, um demasiado assistencialismo, no qual o direito ao recebimento de benefícios sociais não exigia uma contrapartida de obrigações pelo beneficiado.
Ao invés de trazer um bem estar social crescente, tornou-se um vicio.
O ópio do povo!
A democracia, que era considerada o melhor caminho para a sociedade viver bem, foi sabotada por esse modelo, que acabou por corrompe-la e a leva-la, pelo mundo afora, a um descredito no sistema democrático.
Por outro lado, a maioria dos políticos abandonaram o principio de servir ao povo.
Adotaram o principio de servir-se do povo para enriquecer-se e para se manter no poder indefinitivamente.
As consequências da manutenção no poder foi a não renovação de quadros políticos.
Ha anos são sempre os mesmos, ou seus familiares, que se candidatam e se elegem.
O povo cansado dessa falsa democracia e das condições econômico-sociais só piorarem começou a se encantar pelo canto da sereia do absolutismo novamente, não sob a forma de monarquia, mas pela ditadura.
Esse mesmo caminho, que renasce nos dias de hoje, parece ser cíclico, pois foi adotado com sucesso no seculo passado.
Na Europa surgiram as ditaduras de direita em Portugal, Espanha, Itália e a pior, na Alemanha nazista.
Mas, também houve ditaduras comunista, em outros países, como na União Soviética, na China, na Coreia do Norte, no Vietnam e ate em Cuba, que saiu de uma ditadura de direita e foi para uma comunista.
Mais recentemente a Venezuela integrou-se a esse grupo.
Na America Latina houve um período de ditaduras civis em Cuba, Haiti e Republica Dominicana e militares, como no Brasil, na Argentina, no Chile,na Bolívia, no Uruguai.
Ressurgem partidos de ultra direita, semelhantes ao nazismo, em diversos países pelo mundo.
Ate mesmo os EUA, que foram o exemplo de democracia por seculos, apareceram os primeiros sintomas de um flerte com a ditadura.
Como não é possível fazer previsões futurísticas, apenas suposições baseadas nas tendencias, deixo a cada um que apresente seu palpite para nosso futuro politico. 






segunda-feira, 19 de maio de 2025

Os benefícios manipuladores



Toda vez que vejo benefícios aos cidadãos, enxergo não uma benevolência, mas interesses escusos por trás da ação.
Ou é o governo de plantão, seja federal, estadual ou municipal, incluindo legisladores, que se aproveitam para obter rendimentos eleitorais.
Ou é a iniciativa privada que lucra em cima do beneficio concedido.
O governo é mestre em criar benefícios assistenciais custeados pelos impostos:
Vale gás; Programa Leite; Bolsa família; BPC; Aposentadoria para quem nunca contribuiu para o INSS, em especial a rural; FIES; Tarifa social da água e luz; na cidade de São Paulo, Isenção de IPTU para idosos com aposentadoria baixa ou com valor do imóvel inferior a R$230.000,00; isenção de IPVA para diversas situações, como deficiente físico, autismo, mesmo em filhos; Remédios fornecidos pelo SUS ou pela farmácia popular.
Enfim, ha uma lista enorme, que onera os gastos com impostos, impedindo investimentos em obras para melhorar a infra estrutura logística.
Há também, os benefícios que o governo criou, mas são custeados pelos empresários, como o FGTS; vale transporte; o vale refeição; as ferias acrescidas de 1/3; a multa de 50% sobre o valor acumulado do FGTS;o aviso prévio superior a 30 dias, contados por mais dias por anos trabalhados; o pagamento ao INSS de 20%, acrescidos de contribuições ao SENAI e outras contribuições sobre a folha de pagamento.
O que mais causa estranheza é o vale refeição.
O valor do vale refeição poderia ser simplesmente acrescido ao salario.
Com isso acabaria com a milionária emissora de vales, que cobra taxa escorchantes do empresario e do estabelecimento receptor do valor do vale e nada mais faz do que intermediar um pagamento.
Todas essas questões poderiam ser resolvidas com melhores salários.
Mas, ai que mora o problema.
Sobre o salario do trabalhador incide vários dos benefícios acima citados, previstos na CLT e adendos, que acabaram tornando o valor total pago pelo empresario desestimulador de pagamentos de melhores salários.  
Cada vez que aumenta o salario mais custos indiretos terá que pagar!
A maior parte desses benefícios acabam indo para o bolso do trabalhador, é verdade, em momentos diferentes do que o recebimento puro do salario.
E o trabalhador nem se da conta de que isso compõe seu salario!
Se a CLT fosse extinta, como acontece em vários países, o salario do trabalhador poderia ser equiparado ao do resto do mundo civilizado.
Mas, o pior beneficio foi criado.
O beneficio do desconto autorizado em folha de pagamentos ou da aposentadoria, que se mostrou não um beneficio, mas uma desgraça.
A intenção era melhorar a condição do beneficiário, que deixaria de ir a bancos para quitar mais um boleto.
O resultado foi que abriu-se a porta para a fraude, que agora veio a tona, por causa da ganancia dos fraudadores que queriam mais e mais incautos para roubar-lhes.
E também porque as fiscalizações corruptas, que deveriam controlar a veracidade da aprovação dos descontos, foram afrouxadas ou deixaram de ser feitas, para permitir o roubo, que atingiu milhares de pessoas, do infame desconto dos aposentados para contribuição à sindicatos e associações fantasmas.
Precisamos de governos honestos e menos populistas.
Ou ficaremos eternamente nos enganado com benefícios ilusórios. 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

A corrupção como meta



Ha uma teoria equivocada de que um processo de indução possibilita o progresso.
Foi tentado na educação, anos atrás.
Acreditaram, como continuam acreditando, que bastava dar acesso a educação, para que o individuo progrida e torne-se um sujeito culto.
A ideia básica era a de que bastava o aluno ter contato com o currículo escolar que aprenderia por indução.
Sim, houve uma parcela que realmente prosperou.
Mas, a grande maioria ou virou analfabeto funcional ou tem dificuldade de interpretação de textos, mesmo com diploma universitário!!
Os educadores, que comandam esse setor, continuaram acreditando na indução e inventaram as tal das cotas.
O resultado continua sendo frustante.
Não basta dar acesso a educação superior facilitando o acesso de quem não teve uma boa formação.
O problema só sobe mais um degrau.
A educação tem que ter qualidade desde o ensino fundamental!
Coisa que os educadores não se preocuparam e continuam não se preocupando.
Ate porque o emprego de cota é a demonstração do fracasso da indução sem qualidade.
Mas, a adoção da técnica da indução não ficou só na educação.
Na constituição de 1946, os legisladores acreditaram que os municípios mais pobres, em especial na região norte nordeste do Brasil teriam progresso com  o envio de verbas federais para os municípios.
Foi criada a primeira versão do FPM - Fundo de Participação dos Municípios.
Mesmo sabendo que poderia haver desvios dessas verbas pelo prefeito, como de fato houve e continua havendo, acreditavam que o processo de indução aconteceria e traria progresso ao município, pois haveria uma distribuição de renda.
Igualmente à educação, o resultado não foi como o esperado.
Ao contrario, ficaram mais ricos aqueles poucos que se beneficiaram com o aumento da arrecadação municipal e o povo mesmo continuou na miséria e sem melhora na qualidade de vida.
Mesmo assim o FPM continua ate hoje, sem que houvesse um controle efetivo de melhora no município.
A tal prestação de contas é meramente formal.
Não satisfeitos com a corrupção local, o Congresso quis participar da farra e criou a tal das emendas orçamentarias, que possibilitam mais envio de verbas aos municípios.
Como se vê foi apenas a corrupção que progrediu!

sábado, 10 de maio de 2025

O vírus das mídias sociais


Observo que as pessoas, mesmo aquelas que conhecia no passado, sofreram mudanças comportamentais radicais.
Aquelas que conheci no passado, entendo como natural que tenham tido algumas mudanças ao longo da vida, decorrentes de mudanças sócio-econômicas, de aquisição de novos saberes, de ascensão a diversas formas de poder. 
Mas não ao ponto de algumas se tornarem quase irreconhecíveis.
Quanto as demais, não acompanhei sua evolução, portanto meu foco é na maneira como se comportam hoje, comparado como as pessoas agiam no meu passado. 
Uma das características marcantes é a vaidade pessoal, o ego aguçado.
Não que não se deva ter orgulho de conquistas alcançadas. 
Estas merecem destaque.
Falo de coisas fúteis.
Tudo é motivo para selfies e publicação nas mídias sociais.
O desejo de atenção, curtidas é razão de muita ansiedade, angustia e frustração, quando a atenção não foi correspondida à altura da expectativa.
A aceitação social é mais importante que princípios fundamentais de vida.
Para que isso aconteça, as pessoas tem feito coisas que agridem sua personalidade, seu físico.
A pressão imperativa as obriga a se tornam obsessivas para alcançar ilusões sem proposito. 
O que realmente importa para elas é se parecer integrado ao ideal, ao mito criado por influenciadores, cujo único objetivo é criar desafios, narrativas maliciosas, sem uma razão que possa melhorar o mundo e o convívio harmonioso.
O que vale é cometer automutilação, praticar crimes de ódio ou cancelamentos contra pessoas que não pertençam a seu circulo ideológico ou mesmo fora de seu padrão sócio-econômico.
É a maldade em seu grau máximo.
E tem, inclusive, levado crianças e adolescentes à morte.
Por outro lado, surgiram os "sabe tudo".
Sem capacitação, sem terem obtido conhecimento apropriado, se acham donos da verdade.
Vá contraria-los.
Ficam estupidamente raivosos. 
Além disso, a vitimização se tornou mérito.
Qualquer coisa mal colocada tornou-se uma agressão cruel contra essa turma. 
Não que tudo isso não houvesse no passado.
Mas, a disseminação e absorção era mais lenta.
Não tinham o vigor que passaram a ter com o surgimento da internet e das mídias sociais.
Há um vírus circulando e tornando as pessoas acometidas de difícil convivência e, numa contradição ao meio, se tornando anti sociais. 
Para onde caminha a humanidade?






quinta-feira, 8 de maio de 2025

COP30, a cara do Brasil



Se ha uma característica de destaque no brasileiro é a pretensão.
Embora conflite com outra característica, a do complexo de vira-lata, a pretensão acaba vencendo sempre.
Por ignorância, que não é opção descartável, ou por pretensão mesmo, Lula batalhou para que a COP30 fosse realizada em Belém do Pará.
Só que a cidade não comporta um evento dessa magnitude.
Nem quantidade de locais de hospedagem tem o suficiente para receber os participantes!!!!
Quanto mais qualidade de vida.
Em Belém, 8 de 10 moradores não tem coleta de esgoto!!!!
A mobilidade urbana é precária.
Nem metro a cidade tem!
Ainda que tenha sido enviado recursos para melhorar a imagem da cidade, não foram suficientes para tirar o atraso de anos de abandono em politicas publicas na cidade.
Isso para não falar da morosidade na execução.
O evento sera realizado e se dará um jeito para tudo, mas restará para os visitantes a impressão que o Brasil, como é de fato em toda sua extensão, um pais de terceiro mundo, mesmo sendo a sétima economia do mundo.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Os terroristas brasileiros



Nunca fui bolsonarista, mas concordo com a visão deles de que a organizações criminosas devam ser classificadas como terroristas.
Em especial no RJ, onde dominam, bem armados, grandes extensões territoriais, espalhando terror e praticando extorsão a seu moradores.
A policia não consegue ocupar esses  territórios tamanha é a força militar que essas organizações detêm.
Estima-se que o exercito que apoia o crime organizado é maior que o efetivo da Policia Militar no estado do RJ.
Além do domínio territorial, como fazem os terroristas, há mais uma característica própria de terroristas, que é o fato de ingressarem na politica e se infiltrarem nas instituições democráticas com o objetivo de terem mais poder e tornar o estado brasileiro, em todos seus níveis, sob o domínio deles.
Enquanto ficarmos com achismos infantis dessa "esquerda" irresponsável de que o crime organizado é simplesmente bandido em busca de lucro fácil, não enfrentaremos com o necessário rigor no combate a esses criminosos.
Temos que enxergar a realidade como ela é e não delírios ideológicos.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

O Brasil das contradições




Esse papo furado de Lula, do PT e da "esquerda" politica de que apenas a assistência social é suficiente para reduzir a pobreza no Brasil mostrou-se ineficiente.
Ha inúmeros programas sociais, mas ao invés da redução da pobreza, segundo dados oficiais, temos uma taxa alarmante de 20,9%.
Neste momento não da para comparar com a Argentina, que passa por momentos em que a pobreza aumentou, diante da reforma que o pais esta sofrendo sob o governo Milei, mas que, agora, caiu para 38,1%.
Continuada a reforma na Argentina em pouco tempo a taxa de pobreza por la deve ficar abaixo da brasileira.
Mas, se compararmos com a taxa de pobreza do Paraguai, um pais realmente pobre, perante a economia brasileira, ela é de 16,2%.
Com a Bolívia, outro pais pobre, ela é de 14,1%.
Já comparando com o Chile lá essa taxa é de 4,6%!!!!
A conclusão é que estamos no caminho errado ha anos!!!!
Um programa social deveria ter como objetivo ser passageiro, para atender os remediados por um tempo, ate que conseguissem viver sob sua própria responsabilidade.
Ao invés de saírem do programa, mais gente ingressa no sistema!
Tem algo errado nisso.
Ao invés de redução assistimos a 
um demasiado aumento aumento de gente e de programas sociais.
Os assistidos, ao invés de buscarem trabalho para eles mesmos, com seus esforços saírem da pobreza, acabaram por se acomodar na situação.
Não querem um emprego.
Satisfazem-se em fazer "bicos" eventuais e continuar sob a tutela financeira do estado.
Por isso ha muitas vagas em aberto nas empresas à espera de candidatos.
Com essa alta taxa de pobreza, com o assistencialismo vigoroso, temos como resultado currais eleitorais, que ajudam a eleger governos populistas, que se renovam no poder.
É certo, também, que a remuneração do trabalhador é baixa.
No Chile, por exemplo,o salario minimo é de US$540,77, enquanto no Brasil é de US$248,53!
Menos da metade!!!!
Dai que a taxa de pobreza no Chile é baixa.
Nos EUA o salario minimo é por hora trabalhada, mas calculando-se pelo numero de horas do trabalhador brasileiro tem-se um salario minimo em torno de US$1.300,00!!!!
Mas, o problema de remuneração no Brasil não é só na classe social mais baixa.
A classe media, que, no passado, tinha uma vida confortável hoje sofre com a queda de seu poder aquisitivo.
Apesar da economia brasileira situar-se entre as maiores economias no mundo, ocupando, segundo a OCDE a sétima posição entre 40 países avaliados, internamente temos uma massa da população em condições econômicas de países pobres.
Trata-se de uma incongruência social.
Como ha uma enorme pobreza se o pais tem riquezas?
Isso acontece porque ha um enorme abismo que separa os mais pobres dos mais ricos.
Observamos que há uma piramide social que concentra a maior riqueza no seu topo, enquanto a base alargada detêm uma enorme pobreza.
Deveria haver uma distribuição de renda na qual prevalecesse a classe media, mudando o desenho da piramide para um losango, com classe media em seu centro e mais robusta.
Por que essa distorção acontece?
São vários fatores.
Entre eles porque temos um estado inchado, com tendencia ao estatismo, que arrecada muito imposto e canaliza grande parte dessa arrecadação para pagar seu funcionalismo, incluindo ai os cargos políticos, sendo que cada vez mais aumenta a nata que recebe altos salários. Isso tanto no Executivo, como no Legislativo e Judiciário. 
É uma gastança geral e irrestrita.
Também temos governos e legislativos irresponsáveis, em todos os níveis da camada politica, que vai do município ao federal, que gastam o orçamento público com atividades que geram privilégios para atender seus interesses mesquinhos e pessoais, quando não dirigidos à corrupção.
É preciso uma revolução democrática que quebre essa estrutura, que se mantem ha seculos no poder, e que, mesmo renovando alguns de seus integrantes, mantem-se num feudalismo, que impede um verdadeiro liberalismo na economia.
Para isso é preciso um estadista no governo e um numero de congressistas aliados suficientes para formarem um governo forte, que possibilite tal mudança.
Não sou um idealista tolo.
Sei que é um ideal que muitos tem consigo, e para isso acontecer não podemos nos entregar à desgraça que vivemos, mas devemos continuar lutando para que um dia haja essa mudança.














domingo, 4 de maio de 2025

Eduardo, o iludido




Esse desejo de Eduardo Bolsonaro de buscar nos EUA uma sanção ao Ministro Alexandre de Moraes pelos excessos que, de fato, ele cometeu, além de inócuo é  tolo.
E mais, o objetivo real dele é livrar o pai da penalização pelo seu atentato à democracia, que será julgado em breve.
Não pense que ele deseja algo melhor para a população.
Essa família só pensa nela mesma.
Quanto à sanção, primeiro que se os EUA fizesse qualquer intervenção direta no governo do Brasil estaria ferindo nossa autonomia.
Teria que mexer não com um Ministro, mas com toda a estrutura institucional brasileira.
Os EUA não invadiu, restringindo-se a impor embargos comerciais contra e Cuba, contra a Venezuela, contra a Coreia do Norte, entre outros, que tem ditadores agindo contra seu povo de maneira pior que o Ministro Moraes tem agido com suas ações.
O fato é que os EUA não são os donos do mundo, nem tem qualquer atribuição para ser o poder moderador internacional.
É certo que os EUA agiram, no passado, como se fosse o dono do mundo, invadindo países, utilizando-se de seu poderio militar, e quebrou a cara em algumas oportunidades.
Em outras, destruiu as estruturas institucionais e nada pôs no local, gerando um desarranjo e caos no pais invadido.
O fato é que hoje os EUA, com Trump na presidência, não tem moral para ser exemplar. 
O máximo que Eduardo poderia conseguir com Trump, seria um ato autoritário proibindo a entrada de Moares nos EUA.
Mas, como não tem fundamento jurídico, certamente o próximo presidente derrubaria tal proibição.
Se antes a própria Justiça americana não o fizesse.
Se fosse o caso, o correto seria recorrer ao Tribunal Penal Internacional.
Mas, para isso, Moraes teria que ter cometido crimes como:crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade
O que não é o caso. 
E mesmo ditadores como Putin, que foi condenado pelo Tribunal, continua agindo livre, leve e solto, ignorando as decisões desse Tribunal.
Os excessos de Moraes e de outros ministros do Supremo tem que ser contidos, sim, mas por aqui mesmo.
Cabe aos senadores reagirem aos excessos do Supremo, promovendo o impeachment do Ministro que excede suas funções.
Sei que, com os políticos que temos, isso não acontecerá.
Aqui, em São Paulo, por exemplo.
Temos 3 senadores que depois que foram eleitos sumiram do mapa.
Não vejo nenhum deles se pronunciando sobre temas importantes para São Paulo, quanto mais para avaliar o comportamento dos Ministros do Supremo. 
Resta-nos escolher melhor nossos senadores nas eleições de 2026.
Para isso. temos que buscar e apoiar candidatos mais comprometidos com o povo brasileiro.

domingo, 20 de abril de 2025

O jogo do perde perde



Parker Schnabel é um dos protagonistas do seriado Febre do Ouro,na TV fechada,  que conta as aventuras de sucesso de mineradores nos EUA, na atualidade.
Ontem assisti a um episodio do seriado Febre do Ouro - O Desafio de Parker no Brasil, em Serra Pelada.
Serra Pelada foi o maior garimpo a céu aberto do mundo, localizado no estado do Pará, no final da década de 1980. 
Entretanto, a técnica de exploração utilizada era primitiva.
Era baseada no trabalho duro de um grande contingente de mineradores, que escavavam e, depois, subiam as encostas do buraco, em condições precárias, com risco de morte por queda, carregando, nas costas, sacos de material para minerar no topo. 
Não dispunham de equipamentos minimamente indispensáveis e com segurança para uma exploração de grande monta. 
Foi fechada pelo governo, em 1992, em razão de muitos conflitos e risco de acidentes.
Já naquela época, tanto o poder publico como os mineradores não conseguiram viabilizar a continuidade da exploração.
Perderam uma boa oportunidade de todos saírem ganhando com o ouro.
Prevaleceu a incompetência e o perde perde.
Com a proibição da exploração, o buraco da vala, com profundidade superior a 200 metros, inundou, impossibilitando o retorno à exploração.
Agora, com a presença, na região, de Parker, um americano rico, assanhou as expectativas de um pretenso ganho fácil dos moradores locais, muitos ex-garimpeiros de Serra Pelada, que ainda vivem de ilusões.
As pessoas se aproximaram dele em busca de poder participar de um eventual investimento que ele fizesse.
A prospecção de Parker no lago de Serra Pelada, com equipamento de ultima geração, acabou por mostra-se inviável, sob o olhar de Parker, um minerador experiente.
Mas, chamou-lhe a atenção os montes de resíduos das escavações passadas, que, para ele, devia reter sobras de ouro o suficiente para se tornar um investimento lucrativo.
Para viabilizar essa operação era preciso negociar com a diretoria da cooperativa local, que, supostamente, detêm o direito sobre a exploração da mina.
Feita a reunião com membros da diretoria, no final nada foi ajustado.
Parker ficou sabendo que havia uma briga, de anos, entre os membros da cooperativa pelo direito de ser os dono do poder dela.
Concluiu que não havia com quem de fato negociar e desistiu do investimento.
Perderam os membros da cooperativa, que poderiam sair da miséria que vivem nos últimos 30 anos; perdeu a cidade que poderia arrecadar mais impostos e trazer prosperidade para seus cidadãos.
Perderam todos.
O jogo do perde perde mais uma vez triunfou em razão da tosca mentalidade dos brasileiros, em geral, que não tem objetividade e pragmatismo em suas decisões.
Preferem perder oportunidades, que estão nas mãos e lhes trariam uma vida melhor, em troca de brigas mesquinhas pelo poder.




sexta-feira, 18 de abril de 2025

Trump escalando



Trump, não satisfeito em convulsionar o mundo com seu tarifaço sem sentido, ataca as universidades americanas através de imposição de sua ideologia medíocre e, no caso de Harvard, que não a acatou, ameça suspender verbas publicas mantenedoras da Universidade.
Isso sem falar da tentativa ameaçadora de quebrar a independência do Banco Central americano, que desestabilizara a economia do país.
Realmente não se trata apenas de um caso de um caso de psicopatia, mas de uma potencial ameça de uma ditadura, contra mais de 200 anos de democracia!
Trump utiliza o mesmo método que Hitler utilizou a saber:
1) Hitler prometeu tornar a Alemanha grande novamente. Trump adotou o "Make America Great Again".
2) Hitler prometeu e cumpriu a destruição dos “inimigos” comunistas e judeus, que estavam atrasando a Alemanha.
Trump prometeu e cumpre a expulsão de imigrantes, que estão roubando empregos dos americanos.
3) Hitler prometeu pelo emprego, Trump idem.
4) Hitler prometeu uma expansão da Alemanha para encontrar novas terras, anexando a Áustria e Checoslováquia e invadindo a Polônia, Noruega, Dinamarca, França, além de outros.
Trump ameaçou anexar o Canada, tomar a Groenlândia, o canal do Panamá.
5) Hitler usou seu poder para eliminar rivais. Trump faz o mesmo.
E o povo americano assiste a tudo isso passivamente!

terça-feira, 15 de abril de 2025

As ANISTIAS





O atual movimento pro anistia assemelha-se à anistia promovida pela ditadura militar.
Os pontos em comum:
Em ambas situações envolvem militares, que cometeram crimes.
No passado, várias patentes militares praticaram investigações por suspeitas, sem evidencias de crimes; detenções sem mandato judicial, com desaparecimentos sumários dos detidos; torturas cruéis; mortes sem devolver o corpo à família; e simulados suicídios, acontecidos nas prisões militares, para justificar a morte de presos. 
Foram crimes terríveis, considerados como crimes contra a humanidade.
Atualmente, os militares de alta patente participaram de tentativa de golpe de estado, chegando a, supostamente, planejar o assassinato do Presidente e Vice presidente eleitos, bem como de um Ministro do Supremo.
As diferenças:
No passado, a anistia foi aceita por todos.
Hoje, ha uma divisão naqueles que a apoiam contra naqueles que não a querem.
No passado, quem concedeu a anistia foi a própria ditadura militar, que em seus estertores, pretendeu, primeiramente, proteger seus membros de eventual punição rigorosa aos militares envolvidos,  quando  do retorno ao poder civil.
Para parecer equilibrada, contemplava também civis que cometeram crimes contra o estado.
Foram agraciados terroristas, que participaram de assaltos, sequestros e violentos atentados, com morte de inocentes, que tiveram suas penas anuladas; e adversários políticos, alguns que estavam asilados no exterior e puderam voltar ao Brasil.
Agora é o Congresso Nacional que parecendo demonstrar sensibilidade contra o rigor das punições impostas pelo Supremo aos participes da tentativa de golpe de estado, no fatídico 8 de janeiro, quer anular tais punições, embora muitos dos que serão beneficiados estejam presos ha tempo, sem que ate agora nada fizeram. 
É verdade que eles cometeram o crime de depredação de patrimônio e deveriam ser punidos por isso.
Crimes graves, mas nada parecido, no grau, com os crimes praticados durante a ditadura militar 
Os presos e/ou condenados pelo 8 de janeiro são pessoas simples, indignadas com a péssima situação da politica nacional, dos abusos cometidos pelo sistema judiciário nacional, que queriam dar um BASTA, através de manifestações para mostrar sua indignação.
Mas, pela sua fragilidade racional, acabaram sendo seduzidas por Bolsonaro e comparsas que o melhor caminho para resolver os problemas nacionais seria o retorno à uma ditadura militar.
Talvez por desinformação histórica não enxergaram que os militares, quando estiveram no poder, não tiveram um bom desempenho para reconstruir institucionalmente o Brasil.
O resultado esta ai.
O Brasil só piorou por falta de estruturas realmente democráticas.
Os militares ate tiveram um momento de relativo progresso, executando obras de infra estrutura, no governo Médici, com o apoio de financiamento facilmente obtido no mercado internacional.
Haviam dólares sobrando para serem emprestados.
A conta veio depois com hiperinflação e uma impagável divida externa, que, de certo modo, foi um dos fatores que contribuiu para a devolução do poder aos civis.
O fato é que a turma da festa de Selma do 8 de janeiro foi insuflada, por Bolsonaro e comparsas, a ir clamar nas portas do quarteis o retorno à uma intervenção militar e, depois, a causar o tumulto em 8 de janeiro, que acabou na abominável depredação do patrimônio publico.
Mas, eles são apenas o pano de fundo da anistia.
Na verdade, os políticos não tem aquela compaixão que muitos acreditam.
O objetivo real é anistiar Bolsonaro, seus comparsas e os militares que o apoiaram e sofrem as consequências judiciais.
Estes sim é que deveriam estar presos pelo mesmo tempo que os de 8 de janeiro.





sábado, 12 de abril de 2025

Ate onde vai Trump?

 


Ate então um produto fabricado na China que chegava aos EUA por US$100, teria um acréscimo estimado de 50% como margem de lucro e despesas indiretas, resultando em US$150. Teria, ainda, acrescido o IVA de 8%, resultando ao consumidor americano pagar no final US$162. 

Hoje, com a taxa de importação de 145%, a conta ficaria assim: valor de entrada nos EUA de US$245, acrescido da margem de 50% resulta em US$367,50 e com o IVA de 8% o produto teria o valor final de US$396,90.

O consumidor americano esta disposto a pagar esse valor absurdo?

Provavelmente não.

Muita gente deixara de adquirir os produtos chineses onerados pela taxação de Trump..

Mesmo com a retração na venda, os EUA estará exposto a uma inflação de custo que certamente deixara o americano com sensação de perda de poder aquisitivo e provocara uma queda na aprovação do governo Trump.

Com a diminuição substancial na compra desse produto, é possível supor que haja um aumento na margem de lucro e despesas indiretas do varejo, para compensar a redução na venda, e tornar o produto mais caro ainda.

No limite, o produto poderá ate deixar de ser importado pela inviabilidade de venda.

O americano, que esta acostumado a ter fartura de produtos para a sua livre escolha de demanda, ficará mais aborrecido com o governo Trump.

Isso sem falar nas exportações americanas à China.

Como a China revidou na guerra de taxas, a mesma situação de queda na venda de produtos americanos na China não afetara tanto a popularidade do governo chinês, pois não existe contestação ao governo.

Acatam comportadamente.

Mas, provocará no empresariado americano dissabores.

Ou seja, haverá mais gente criticando o governo Trump.

Trump recuará, que o que se espera, ou vai insistir na impopularidade, cuja consequência poderá ser mais desastrosa do que ele consegue antever?

 




sábado, 5 de abril de 2025

A queda de popularidade de Lula

    


    Lula foi eleito em 2022 porque os eleitores que o elegeram entenderam que ele representava uma certeza e uma esperança num mundo de incertezas e duvidas.
    Havia uma razão para isso.
    É fato que nos dois mandatos anteriores dele houve uma melhora econômica.
    Essa memoria boa não foi tanto pela sua gestão em si, apesar de ter dado continuidade às ações do governo de FHC, baseadas no controle da inflação.
    O que ocorreu é que o mundo crescia muito e enviou essa onda de prosperidade para o Brasil.
    As exportações crescentes trouxeram recursos financeiros para o Orçamento Publico federal, possibilitando Lula surfar na onda e parecer ter feito um excelente governo.
    Em decorrência disso, quando Lula deixou o governo seu índice de aprovação era alto.
    Por essa razão, Lula conseguiu emplacar na presidência Dilma, uma pessoa sem expressão politica à altura para o cargo; com capacidade intelectual reduzida; que não conseguia se expressar para ser entendida.
    O plano de Lula era que ela ocupasse, como uma fantoche, o hiato legal para que ele, no final do governo dela, voltasse  à presidência.
    Mas, o plano desandou quando o ego de Dilma foi maior e ela decidiu e conseguiu se reeleger.
    Foi quando aconteceu o desastre do governo Dilma, que tomou corpo com suas ações e decisões equivocadas, que acabou por leva-la  a deposição.   
    Nesse momento, com a Lava Jato em alta, o PT virou o simbolo da corrupção, como se fosse o PT o único partido que abrigasse corruptos.
    Apesar de Moro ter virado o super herói no combate a corrupção, ele era apenas um magistrado.
    A politica também precisava de um super herói.
    Foi ai que surgiu Bolsonaro, um desconhecido da vida politica, que vagava no baixo clero da Câmara dos deputados, que, com suas eloquentes falas anti petista, conseguiu ocupar essa vacância na politica e acabou sendo eleito em 2018.
    Apesar de Bolsonaro ter feito um governo médio, acabando com os prejuízos das estatais, de ter feito algumas reformas de estado, ele enfrentou uma pandemia que atingiu seu governo de maneira irreversível.
   O fato é que Bolsonaro, em sua obsessão de  combater as urnas eletrônicas, como se esse fosse o único problema que o Brasil enfrenta, não atendeu as expectativas dos eleitores, que nutriam nele a expectativa de um governo de um estadista.
    Por outro lado, Bolsonaro não teve o equilíbrio necessário para enfrentar a crise da pandemia.
    Seus atos pessoais e ações desprezíveis  trouxeram para ele uma rejeição suficiente para Lula ser eleito em 2022.
    Já Lula, eleito em seu terceiro mandato, não entendeu que sua historia passada  aconteceu num outro cenário e desprezou a realidade de que o mundo mudou para pior.
    Diante dessa equivocada ideia, Lula resolveu reciclar o que tinha feito antes e deparou-se com resultados negativos e não esperados.
    Assim como Bolsonaro, Lula experimenta, agora, da mesma decepção dos eleitores, que fez com sua popularidade tenha despencado.
    As expectativas de que o governo Lula repetisse o mesmo ambiente de prosperidade foram frustantes.
    Mesmo tendo índices econômicos favoráveis como: bom crescimento do PIB; baixo índice de desemprego; inflação, embora acima da meta, mas controlada; programas sociais inclusivos, com diminuição da pobreza, tudo isso não é percebido, pela população, como um bom governo.
    Pode-se ate atribuir que a queda de popularidade esteja ligada à inflação dos produtos alimentícios, que de fato desgostou a população.
    Mas, a meu ver, o que realmente acontece é que as pessoas estão insatisfeitas com tudo, querem soluções imediatistas e não enxergam mais em Lula a pessoa que possa atende-las.
    Dai que numa pesquisa 62% manifestaram a vontade de que Lula não participe do processo eleitoral em 2026.
    Os eleitores querem gente nova que lhes traga novas esperanças.
    Se Lula e Bolsonaro insistirem em suas candidaturas, o eleitor poderá até eleger qualquer um dos dois, mas o resultado sera mais frustração e desalento.
 


sexta-feira, 4 de abril de 2025

Por que o gasto publico aumenta sem controle

    




    Se compararmos o poder de compra que se tinha ha 50 anos com o que se tem de rendimento do trabalho hoje, concluir-se-a que ganhamos menos.
    Mas, se olharmos mais profundamente, identificaremos que no passado pagava-se bem menos impostos do que hoje.
    Por isso a percepção de que no passado se ganhava mais.
    Com uma carga tributaria menor, o estado era mais enxuto, não haviam marajás do serviço publico.
    Quando se encontrava um era limitado a um pequeno contingente de privilegiados.
    Como a arrecadação cresceu, o gasto publico em todos os níveis, federal, estaduais e municipais, aumentou em varias dimensões, entre elas:

1) O estado engordou alem do necessário e ficou obeso grau III.
As estruturas dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, criaram uma abundancia de cargos em numero bem superior com o que se pratica na iniciativa privada para a mesma atividade.
Pelo ultimo levantamento de dados de 1995 a 2002 o numero de funcionários públicos no Brasil mais do que dobrou!!!!
Como se não bastasse o aumento de funcionários concursados, os cargos de funcionários de livre nomeação, também aumentou e muito, pois a vontade dos políticos em nomear apadrinhados com cargos aumentou exponencialmente!
Muitos desses cargos poderiam ser ocupados pelos funcionários de carreira, pois acabam fazendo a mesma coisa, em duplicidade, na melhor situação.
Em geral só fazem articulação politica para.quem os nomeou.
Para se ter ideia da dimensão desse problema, nos municípios, em 1995, haviam 38.000 cargos de livre nomeação.
Em 2022 passaram para 716.000!!!!
Certamente essa situação continua piorando, ano a ano.
É fato, também, que se de um lado ha um excesso, em determinadas carreiras ha falta de funcionários em outras.
Ou seja, ha um desequilíbrio na distribuição de vagas.
Em geral, essa situação de falta de funcionários públicos são nos serviços que a população tem maior demanda.

2) O contingente de marajás cresceu e espraiou-se, em especial na nata do Judiciário.
As limitações legais de salários não são respeitados.
Para isso utilizam de vários artifícios, denominados benefícios, que em alguns casos ultrapassam o o teto do salario legal.
Os rendimentos tem o céu como limite.

3) O assistencialismo social deixou de ser um apoio emergencial e passou a ser uma forma de assegurar renda para pessoas que não querem trabalhar.
Em especial no comercio ha muitas vagas não preenchidas, principalmente quando a contratação for por CLT.
Se houver vagas sem registro, ai ha candidatos.
O que acaba acontecendo é que fazem "bicos" para reforçar o que ganham do governo.
Isso porque muitos que ingressaram no assistencialismo social, sabem que se forem registrados poderão perder esse rendimento, que pode ser eterno, pois não tem prazo de validade.
Não querem perder a "boquinha".

4) A aposentadoria, quando foi criada, foi equacionada para ser auto sustentada.
Havia um equilíbrio teórico entre o que era arrecadado e o que seria gasto.
Entretanto, naquela época, a expetativa de vida era bem menor do que hoje.
Com o tempo de vida dos aposentados e pensionistas aumentando, começou o primeiro desequilíbrio nas contas da previdência.
Isso se agravou na previdência dos funcionários públicos, pois como eles recebem na integralidade o que recebiam na ativa e os salários dos funcionários públicos tiveram aumentos substanciais, houve um grande aumento nessa despesa.
Houve uma reforma na previdência para corrigir essa distorção, mas sera necessária outra, pois a os aposentados estão vivendo mais.
Também o volume arrecadado nos primeiros anos foram mal administrados por investimentos duvidosos, que trouxeram prejuízos e, como resultado, uma perda substancial no estoque de arrecadação.
Mas, o roubo não ficou só na corrupção dos gestores.
Uma máfia de golpistas conseguiu montar mecanismos aparentemente legais para roubar o estoque de arrecadação.
Como se tudo isso não bastasse, a previdência social acolheu quem nunca havia contribuído.
Ou seja, mais despesas sem recursos do sistema, obrigando o governo usar parte do que arrecada para cobrir o rombo.
Para piorar um pouco mais foram criadas as MEIs.
A contribuição à previdência do titular dessas empresas é diminuta.
Mas, quando se aposentarem receberam uma aposentadoria, ainda que seja o salario minimo, que trara mais um rombo na previdência.

    Ha outras despesas que não foram abordas aqui, pois são menos representativas no custo geral.
    A questão da divida publica é outro problema que no futuro abordarei.
    As elencadas consomem algo entre 80 a 90% do gasto do Orçamento Publico.
    Assim, resta muito pouco para investimentos e quitação da divida publica.
    O desafio dos políticos é encontrar caminhos para solucionar essas questões.
    Mas, com o populismo que domina a vida politica nacional dificilmente serão analisadas com olhar responsável.
    Resta-nos consolarmos em pagar mais impostos!
    Ou vamos tomar vergonha na cara e mudarmos esse políticos?








domingo, 30 de março de 2025

Bolsonaro, finalmente, admitiu que pensou em golpe!




Muito elucidativa a admissão do ex-presidente Bolsonaro de que, efetivamente, conversou com auxiliares sobre intervenção militar.
Ate então, negava, veementemente, ter havido qualquer discussão sobre isso. 
Com essa declaração, Bolsonaro deu um cala boca em todos os bolsonaristas, inclusive em seus filhos, que tanto acreditavam e o defendiam com o argumento de que, um dia si quer, ele tenha pensado nisso.
Embora, junto com essa confissão, ele tenha dito que essa ideia tenha sido descartado logo de cara, os fatos que aconteceram desde a gestação da ideia ate a consecução de 8 de janeiro, mostram que não.
Ele continua mentindo.
É óbvio, que todos os atos cometidos por pessoas civis, que aderiram a ideia de golpe, foram insufladas pelo planejamento palaciano de um golpe de estado.
Por mais que seja uma tática da defesa de Bolsonaro admitir que houve uma breve discussão sobre o assunto, como ele fez, para minimizar sua participação nos atos golpistas, que se sucederam, mostra sua deslealde a seus subordinados.
Atitude própria de covardes e não de lideres, como ele tanto diz ser.
Com essa artimanha, Bolsonaro tenta jogar toda culpa em seus subordinados pela tentativa frustada do golpe.
Tramaram tudo sem que ele soubesse de nada.
Embora não explique por que ele seria o beneficiado pelo golpe, mantendo-se na presidência.
 

quinta-feira, 27 de março de 2025

Perdeu mané....Não perdemos nosso equilíbrio


Diante da acirrada polarização entre bolsonaristas e anti bolsonaristas, que ganhou tração com Bolsonaro se tornando réu, a discussão politica assemelha-se a briga de torcidas, como no futebol.
É preciso que se resgate o bom senso.
Afinal, por mais que tenhamos paixão por determinados políticos e ódio a outros, como acontece no futebol, somos meros espectadores.
Não conseguimos impor uma vitoria no time adversário com nossa torcida.
Muito menos se partirmos para brigas e agressões.
A torcida é salutar para motivar o time, mas o resultado da partida depende da atuação dos jogadores.
Na politica, percebo que foi deixado de lado as técnicas de justiça e adotado o linchamento como método de julgamento. 
A situação se agrava pois o linchamento não é apenas do politico que não se gosta, mas de todos aqueles que se manifestem a favor dele.
E avança mais.
Aquele que não idolatra seu favorito é tratado da mesma forma.
Cada lado dessa polarização entende que a verdade que deve prevalecer é aquela que atenda os interesses de seu ídolo, de um lado ou contra ele, de outro. 
Nem que para isso os princípios, que se aceitava antes, tenham que ser rasgados. 
Como exemplo, cito o caso da mulher que esta em processo de julgamento no STF no caso conhecido como do baton.
O lado anti bolsonarista achou pouco os 14 anos que ela poderá ser condenada.
Querem atribuir a ela mais crimes, que teria cometido, para justificar que ela merece ser penalizada por 14 anos.  
Esquecem-se que ela foi apenas um peão no jogo da tentativa de golpe.
Pessoalmente, ela não receberia nenhum louro por ter participado do ato, além da satisfação de ter participado de algo que acreditava ser melhor.
De outro lado, os bolsonaristas apelam para emoção dizendo que ela era uma pessoa comum, que nunca pensou em participar de um golpe de estado, que pare eles nem existiu.
O fato é que ela participou sim da tentativa de golpe, empolgou-se acreditando que o golpe se concretizaria e escreveu "Perdeu Mané" como simbolo da vitoria que acabou não ocorrendo.  
Deve ser punida?
Acredito que sim, mas dentro das penalidades com razoabilidade.
Realmente, 14 anos é um exagero!

segunda-feira, 24 de março de 2025

Supremo na berlinda


    O Supremo era uma instituição desconhecida para a maioria da população brasileira.
    Não tinha nenhum problema.
    Não eramos afetados diretamente por suas decisões.
    Foi quando surgiu o "Mensalão", o primeiro caso de corrupção do Brasil, que se tornou publico, envolvendo o governo PTista do presidente Lula e diversos políticos de vários partidos.
    O julgamento dos integrantes do "Mensalão" foi parar no Supremo, fazendo com que a população se desse conta de sua existência.
    Quando assistimos o reality show na TV do julgamento do "Mensalão",  foi o momento de maior exposição do Supremo.
    A opinião publica passou a conhecer seus Ministros e sabia os nomes de todos eles, como se fossem jogadores da seleção brasileira de futebol.
    Em especial Joaquim Barbosa, que protagonizou os melhores momentos no combate a aquela corrupção.
    O povo brasileiro, finalmente, sentiu-se orgulhoso de seu Poder Judiciário, que julgou e prendeu políticos corruptos.
    Mas, a corja politica não se intimidou.
    Na sequencia houve uma nova rodada de corrupção, denominada "Petrolão",  que foi o maior assalto, no mundo, aos cofres públicos do Brasil, praticados por políticos e empresários.
    Em resposta, não o Supremo, mas a estrutura do Poder Judiciário iniciou uma operação que ficou conhecida como "Lava Jato", que condenou e prendeu vários de seus participantes, inclusive o ex-presidente Lula.   
    Durante o julgamento da "Lava Jato", em todas suas instancias inferiores,  o Supremo assistiu o desenrolar dos mesmos sem detectar nenhuma anomalia nos processos.
    Os Ministros do Supremo estavam contidos dentro de suas atribuições constitucionais.
    Mas, surgiram algumas exceções pontuais, como a soltura de presos através de decisão monocrática de Ministros.
    Esse foi o primeiro passo na quebra do conceito de que o Supremo é uma instituição que deve decidir em colegiado e não individualmente.
    O mais emblemático foi a soltura, em 2018, por Gilmar Mendes, de Paulo Preto, envolvido em corrupção na DERSA.
    Na sequencia, começou a soltura de criminosos ligados ao crime organizado.
    Andre do Rap, do PCC, em 2020, foi solto por Marco Aurélio.
    Dentro dessa onda de tolerância à impunidade, o Supremo restringiu a atuação de operações policiais no Rio de Janeiro, como se aquele estado não fosse o paraíso do crime organizado.
    Sou favorável a um tratamento mais humano aos criminosos.
    Mas essa politica de complacência aos presos, como, por exemplo, a liberação, por alguns dias, em determinadas datas comemorativas; o sistema progressivo de pena; e a soltura, por pequenos erros burocráticos, apos prisões pela policia, mostrou-se absolutamente equivocada.
    Gerou uma percepção aos bandidos de impunidade e facilidade de sair da cadeia, como nunca visto antes.
    Com isso, aquela velha recomendação de não reagirmos a um assalto, para poupar nossas vidas, não vale mais.
    Hoje, vivemos um alto índice de criminalidade, com bandidos primeiro matando para depois roubar.
    Quando saímos nas ruas quem tem medo somos nós.
    Vivemos apavorados. 
    Não tem mais lugar e horário seguro.
    Dentro de uma sociedade harmoniosa, quem tem que ter medo da autoridade policial e judiciaria é o criminoso.
    Mas, isso só é atingível quando não ha impunidade e não há corrupção.
    Não tem jeito.
    Enquanto o Poder Judiciário, como um todo, não entender que não vivemos na Noruega e esse Poder tem que ser extremamente rigoroso com criminosos, não recuperaremos nossa dignidade e paz.
    Isso também vale para o Congresso, que afrouxou, demasiadamente, o Código Penal.
    Não adianta impor penas mais longas, se no julgamento e/ou durante o cumprimento das penas elas são reduzidas ou anuladas.
    De volta ao Supremo.
    Durante a campanha Bolsonaro elegeu como mote a desconfiança na apuração eletrônica.
    Apos eleito pelo mesmo sistema que falava mal, Bolsonaro continuou sua investida contra o TSE, na pessoa de Alexandre de Moraes, elegendo-o como seu inimigo.
    
Bolsonaro e seus aliados próximos, que constituíam o conhecido "gabinete do ódio", passaram a difundir mentiras, desinformação e calunias contra as autoridades judiciais, pelas mídias sociais.
    Em resposta, Moraes começou com investigações monocráticas contra eles
    Em 2019 foi instaurado no Supremo o Inquérito nº 4.781, que tem por objeto a “investigação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros, bem como de seus familiares”, que tramita ate hoje .
    Nesse meio tempo, ações foram tomadas pelo Supremo para anular os efeitos dos julgamentos da "Lava Jato".
     Quando Bolsonaro revelou sua vontade de se reeleger o Supremo, aparentemente, decidiu extrapolar suas prerrogativas constitucionais e mexer no tabuleiro da eleição presidencial de 2022.
    É possível supor que, em suas análises, o Supremo concluiu que só existia um único politico capaz de derrotar Bolsonaro, nos votos.
    Era Lula.
    Mas, ele estava preso e inelegível!
    Através de interpretações inexplicáveis ao bom senso comum, o Supremo  anulou todos os processos contra Lula, para habilita-lo à eleição, e o 
soltou.
    A opinião publica não aceitou essa interferência, considerada abusiva.
    Apesar de parte da população, que não era petista, acabar por considera-la útil como uma opção forte contra Bolsonaro.
    Havia uma repulsa a Bolsonaro.
    Não contra seu governo, que teve uma atuação dentro do usual.
    Mas, contra a pessoa de Bolsonaro, por suas ações e omissões, por sua maneira de se expressar, algumas vezes desrespeitosa e ofensiva.    
    Lula foi eleito, ainda que por uma pequena margem.
    Bolsonaro, ao invés de aceitar a derrota e aguardar novas eleições, ficou inconformado e resolveu agir, como se evidenciou no processo criminal, que foi instaurado  contra ele e demais participes, para tentar dar um golpe de estado e impedir a posse de Lula.
    Na visão da opinião publica,  a guerra entre Bolsonaro e Alexandre continuou, com cada lado tentando vencer o outro. 
    Isso teve desdobramento junto a opinião publica.
    Uma parte apoiava as decisões de Moraes e outra parte, constituída pelos admiradores de Bolsonaro o apoiavam.
    Ate que aconteceu o 8 de janeiro, quando parte daqueles que participaram daquela manifestação praticaram vandalismo nos prédios dos três poderes.
    Ato esse comum, quando ha grande aglomeração de pessoas sem lideranças fortes, presentes no evento.
    O efeito manada, invariavelmente, resulta em atos de vandalismo nesses casos.
    Mas, ate então, nunca houve punição com extremo rigor contra os vândalos.
    No máximo eram detidos por um tempo e soltos em seguida.
    Mas, no presente caso, o Supremo decidiu agir.
    Indiciou, julgou, condenou com penas consideradas excessivas e determinou a prisão de alguns.
    Cada um, a seu modo e por razões próprias, colocou o Supremo na berlinda.
    O amalgama contra o Supremo foi a questão da demasiada tolerância com a soltura de criminosos e corruptos contrapondo-se com o rigor excessivo nas penas aplicadas contra aqueles que participaram do ato de 8 de janeiro.
     Afinal eles não cometeram um crime grave como fazer parte do crime organizados, assassinatos ou corrupção.
    Eram pessoas simples, que de alguma forma foram seduzidas pelas ideias difundidas por Bolsonaro e seus comparsas e acabaram envolvidas numa cilada.
    Muita gente, indignada com as injustiças praticadas contra essas pessoas, passou a desejar uma intervenção do Senado, para afastar alguns Ministros do Supremo.
    Entretanto, o Congresso não se colocou à disposição daqueles que queriam uma intervenção no Supremo.
    Dessa forma, restou aos descontentes se manifestar através da voz do povo, que são as mídias sociais, e pleitear uma anistia.
    O Congresso esta dividido em promover uma anistia, ate porque, de carona, Bolsonaro quer aproveitar para se beneficiar contra uma condenação que ainda não aconteceu.
    Entendo que essa situação tem que ter um fim já.
    O ideal seria uma revisão, pelo Supremo, das penas contra os vândalos e reduzi-las para um tempo compatível com a gravidade do que de fato aconteceu.
    Os problemas que vivenciamos são diversos e numerosos.
    É preciso que os esforços sejam focados nos pensamentos ate que sejam encontradas boas soluções para a sociedade.
    Mas, isso depende da sensatez das autoridades.  
    

    



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