terça-feira, 5 de agosto de 2014

Meus Ancestrais - Capitulo I

               
         Esse meu novo projeto de escrever um texto longo, em capítulos, dei o titulo Meus Ancestrais.
Foi elaborado com base no resultado de uma pesquisa na internet que realizei de maneira descompromissada para tentar descobrir a origem da minha família.
Quando iniciei a pesquisa não tinha a menor idéia até onde iria chegar.
Sabia que até um passado recente os nascimentos, casamentos e óbitos eram registrados nas igrejas, ao invés dos cartórios civis, como é hoje. Eles não existiam.
Diante disso, somente alguém muito interessado em fazer todo o levantamento de dados de uma família, pesquisando em diversas igrejas de várias localidades, conseguiria descobrir os nomes que compõe uma árvore genealógica.
Ou no caso uma raiz genealógica.
De alguma forma, alguém fez o trabalho mais árduo e postou num site de genealogia.
Sem saber quem foi, agradeço-o por ter-me permitido chegar aonde cheguei.
Surpreendi-me com o resultado.     
Vamos ao texto. 

Capitulo I – Como se iniciou a busca.

Foi num sábado de outono que recebi em minha casa a visita inesperada de meu primo Paulo Fairbanks Barbosa.
Como a temperatura estava amena, resolvemos ficar na varanda, que está localizada no prolongamento da sala de visitas, nos fundos da residência.
A varanda é uma cobertura de telhas vãs, cuja estrutura de madeira de peroba rosa está apoiada de um lado, na parte superior, na parede da casa e de outro sobre quatro pilares de madeira maciça. Tem um piso de pedras retangulares de ardósia verde.
Há uma rede pendurada em cada um dos vãos entre os pilares. A mobília é constituída de cadeiras e poltronas de madeira com mesas de apoio em madeira rústica.
 Sentado na varanda se avista uma vegetação densa, que causa uma falsa impressão de há uma floresta, que se prolonga após o fundo do terreno. Muitos amigos sempre comentam isso. Essa vegetação foi desenvolvida ao longo dos anos, colada ao muro feito de pedras, que faz a divisa com o terreno vizinho.
Paulo sentou-se em um sofá todo de madeira, enquanto eu deitei em uma das redes.
Apreciávamos os raios de sol que se espreguiçavam através da vegetação, no cair da tarde.
Conversávamos coisas do dia a dia, até que a conversa se encaminhou para as recordações do passado. Lembrávamos de nossa infância.
Paulo, então, questionou nosso laço de família.
Ele nem esperou eu falar e afirmou que o avô dele deveria ser irmão do meu avô.
Respondi que isso não era possível, pois o sobrenome do meu avô era Duarte e o nosso sobrenome comum era Barbosa.
Ele então afirmou que o avô dele era irmão da minha avó.
Eu sabia que não era.
Eu não conheci minha avó, pois ela morreu muita jovem, anos antes de eu nascer. Mas conheci alguns dos irmãos dela.
O avô de Paulo, Luiz Gonzaga Vianna Barbosa, tinha certeza que não era um dos irmãos da minha avó. 
Lembrei de que, na minha infância, acompanhava meus pais nas visitas na casa de Diva, tia dele, em São Paulo, no bairro da Vila Nova Conceição. E que morava junto com ela a avó dele, dona Tintinha, que era viúva. Ela era Fairbanks.
Disse que, provavelmente, nossa ligação era com nossos bisavós. Nossa ligação como primos era distante.
Ele foi embora e eu fiquei curioso em descobrir qual era nossa ligação.
Pensei: Amanhã, vou dar uma pesquisada no Google para ver se encontro alguma coisa.
Como meu avô Alcindo e minha tia Nilze, que morava junto com ele, residiam em Campinas, essas viagens ocorriam quase todos os domingos.
Comecei a fazer uma retrospectiva dos irmãos da minha avó Sarah, que os conheci quase todos, durante a minha infância.
Lembro-me vagamente de alguns deles, pois os visitávamos, com certa freqüência, no périplo de visitas a parentes que fazíamos quando de nossa ida a Campinas.
Havia um político, Ruy de Almeida Barbosa, que tínhamos muito contato com ele.
Durante as campanhas eleitorais meu pai o ajudava no comitê de campanha. Lembro de uma vez que fui a um desses comitês. Achava tudo aquilo muito divertido e me sentia importante por ser sobrinho dele.
 Tio Ruy teve três filhos: Ruizinho, Maria Helena e Maria Regina. Os dois primeiros eram mais velhos e tive pouco contato. Já com Maria Regina, durante minha infância brincávamos juntos. Ela era minha namorada platônica, pois nunca revelei a ela minha paixão.
No dia seguinte, pesquisei na internet o nome do meu tio.
Digitei: Ruy de Almeida Barbosa.
Encontrei essa foto dele.


Encontrei várias referencias ao meu tio na área política, sobre ter sido deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do estado de São Paulo, deputado federal e prefeito de Campinas.
Mas, não encontrava nada que fizesse referencia a família Barbosa.
Encontrei essa ilustração com texto sobre ele:


Há uma passagem curiosa em sua vida política na eleição para prefeito de Campinas em 1968.
Tio Ruy era o candidato favorito a prefeito. Ele sofreu uma queda e teve a retina deslocada. Decidiu renunciar a candidatura para se tratar e recuperar. Resultado: foi eleito prefeito de Campinas Orestes Quércia.   
Havia uma freira, irmã Regina, que não morava em Campinas. Mas, como vinha com certa frequencia a cidade, ela se hospedava em um colégio de freiras da mesma congregação. Era nesse local que a visitávamos
Havia também outros irmãos da minha avó. Eram a Cely, Wladimir, João, Francisco, Dácio, Agnelo, Edite, Maria Amélia, Olga, Theodoro, Clarice e Moacir.
Depois, na adolescência, as viagens foram rareando, acabei não mantendo contato com os irmãos da minha avó.
Resolvi perguntar a minha tia Nilze, irmã do meu pai, já que este é falecido, o nome de meu bisavô e da minha bisavó, por parte da minha avó Sarah. Ela informou os nomes Theodoro Vianna Barbosa e Elvira de Almeida.
Encontrei no Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro - 1891 a 1940 uma citação do Ano 1918\Edição C00074 - Pag: 576, na qual ele aparece como vereador, que reproduzo abaixo.



  
Continuei pesquisando e descobri que também foi presidente da Câmara Municipal de São Simão.
Na seqüência achei o site www.genealogia.villasboas.nom.br/OutrasGens/bja/pafg03.htm onde encontrei a seguinte informação:

CASAMENTO (Cartório) :
- Pesquisa de Luis Antonio Villas Bôas, realizada em 17/ABR/2004 no microfilme da CHF 1444053, item 11, referentes aos registros de casamentos do cartório de São Simão, onde à folha 140V, termo 226, consta : "Aos 23/ABR/1892 ..... receberam-se em matrimônio THEODORO VIANNA BARBOSA, com 23 anos, solteiro, filho legítimo do Doutor JOSÉ JULIO VIANNA BARBOSA, e D. CECÍLIA LUDOVINA BARBOSA BRANDÃO, natural de Minas e D. ELVIRA ROSALEA DE ALMEIDA com 21 anos, solteira, filha legítima de JOÃO BENTO DE ALMEIDA e D. AMÉLIA ALVES DE ALMEIDA, natural do estado do Rio ...."
FALECIMENTO :
- Na borda, junto a assento de casamento consta que Teodoro faleceu no distrito da Conceição da comarca de Campinas (SP) no dia 27/SET/1929.

Agora, tinha mais uma informação. O nome de meu trisavô, José Julio Vianna Barbosa da Silva, e da minha trisavó, Cecília Ludovina Barbosa Brandão.
Digitei o nome do meu trisavô e fui conduzido ao site de genealogia http://familytreemaker.genealogy.com
Havia uma pagina que constava o nome do pai e da mãe dele, o nome da esposa, a filiação dela e o nome dos filhos.
Descobri então que meu bisavô Theodoro era irmão de Luiz Gonzaga Vianna Barbosa, que foi casado com Adalgisa Cavalcanti Fairbanks, conhecida como Tintinha, que eram os pais de Jose Julio Fairbanks Barbosa, este pai do Paulo, meu primo.
Telefonei para Paulo e contei-lhe da descoberta. Éramos realmente primos distantes.
Diante dessa descoberta me empolguei.
Resolvi continuar a pesquisa. 


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