Ao
observar a política brasileira, desde a época da deposição do presidente em
exercício, João Goulart, e os momentos atuais, constato algumas similaridades e
alguns antagonismos, que provocaram alterações importantes na maneira de viver
dos brasileiros.
Assim,
tanto nos primeiros anos do governo militar como no governo Lula, o cenário
econômico externo ajudou a alavancar a economia. Isso é certo.
As
similaridades.
No
governo militar, houve ingresso massivo de petrodólares, através de empréstimos
bancários. Resultou em uma divida publica externa considerável. Mas, geraram
obras de infraestrutura.
No
governo Lula, houve ingresso massivo de dólares, através da exportação de
matéria prima e do agronegócio. Resultou no aumento da divida publica interna
absurda! Pois, foram canalizados para programas assistencialistas e obras
inacabadas.
Os
antagonismos.
No
governo militar, os recursos obtidos, quase totalmente, foram direcionados às
obras de infraestrutura. Tiraram o Brasil da condição de subdesenvolvido para o
de pais emergente.
Quem
viveu aquela transformação lembra como era antes.
A
telefonia era péssima. Uma ligação telefônica de uma cidade para outra era
feito com auxílio de uma telefonista. Podia ter uma espera de horas, para ser
completada.
Houve
uma magnífica transformação desse serviço. Com a criação do DDD as ligações
passaram a ser imediatas e sem o auxilio de telefonistas.
A energia elétrica era insuficiente e ocorriam
apagões. Depois da construção de Itaipu e da construção de redes de transmissão
de energia elétrica ficou farta. Muitos tiveram acesso a luz e o parque
industrial pode se desenvolver.
Foram
construídas estradas asfaltadas e bem feitas, que proporcionaram o transito de
cargas para quase todas as regiões do pais. O DNER, departamento nacional de
estradas de rodagem, era uma referencia em estradas.
Foi
criada a Infraero que modernizou o aeroporto do Galeão, construiu Guarulhos e
Viracopos e outros aeroportos pelo Brasil.
Os
portos foram modernizados.
Foi
criada, no estado de São Paulo, a Sabesp, que assumiu importante papel no
represamento, tratamento e distribuição de água potável. O esgoto passou a ser
coletado e tratado. Poços e fossas começaram a ser coisas do passado.
Foi
construído, em São Paulo ,
a primeira linha de metro do Brasil.
Foi
criada a EMBRAER posicionando o Brasil entre uma das poucas nações produtoras
de avião.
Já
no governo Lula e Dilma, as grandes obras do PAC patinam. Os prazos não são
cumpridos e os custos da execução ficam supervalorizados aos valores orçados.
O
DNER virou abrigo de bandidos, explorado pelos partidos aliados. As estradas
que foram recapeadas num mutirão eleitoral não duraram uma estação de chuvas!
A
Infraero virou um cabidaço de emprego. Seus dirigentes não têm o menor
compromisso com as premissas de sua fundação. A tal ponto chegou que o governo
Dilma viu-se obrigado a privatizar os grandes aeroportos, por total
incompetência da Infraero.
Outras
similaridades antagônicas.
1)
No governo militar, por conta da criação do BNH, que financiava a casa própria
para a classe média, a indústria da construção civil teve que criar, na década
de 70, o ”mais engenheiros”, com a imigração desses profissionais de origem
européia.
Já
o governo Dilma criou o “mais médicos cubanos” de forma atabalhoada, sem que se
obedecesse os critérios de validação de seus diplomas e em total descumprimento
da legislação trabalhista vigente. Tudo
porque faltou um planejamento educacional que induzisse a criação de
mais escolas de medicina e um planejamento de alocação dos formados para os
locais mais carentes
2)
No governo militar começou o primeiro estagio na mudança cultural do pais, com
programas como o MOBRAL, que pretendia erradicar o analfabetismo, que embora
não o tenha atingido por completo, foi um sucesso.
Dentro
dessa linha de combate a miséria, através do trabalho, transformou o Sul e o Sudeste
num canteiro de obras gigantesco, determinando uma migração fabulosa de pessoas
do sertão nordestino que, finalmente, acessaram seu primeiro emprego com um
pouco mais de dignidade.
Já o governo petista adotou o programa de
assistência social idealizado pelo FHC, modificou-o de acordo com seus
interesses eleitorais, deu-lhe um novo nome: Bolsa Família.
Como
não há uma contrapartida de trabalho do beneficiário, acabou virando um
programa de curral eleitoral e não uma erradicação da miséria.
Onde
não há trabalho não há combate a miséria. É assistencialismo populista.
3)
A PETROBRÁS era considerada patrimônio nacional pelo governo militar.
No
governo petista continuou sendo considerada patrimônio.... não nacional. Mas do
partido. Lá alojaram milhares de apadrinhados. Lá fizeram negócios escusos que
ninguém sabe ninguém viu.
Hoje
a PETROBRAS esta de joelhos, aguardando alguém que a salve dos sanguessugas do
mal feito.
4)
O período do governo militar ficou conhecido como “o milagre brasileiro",
pois realizou, como já disse, inúmeras obras que transformaram o Brasil.
E
fez tudo isso com impostos baixos.
No
inicio do governo Castelo Branco os impostos correspondiam a 17% do PIB.
No
fim do governo militar, do presidente Figueiredo, era 25,4% do PIB.
Já
o governo petista tem uma carga tributaria de 36,42% do PIB!
Os
mineiros da inconfidência não toleravam o quinto, ou seja, 20% do PIB como
impostos e se rebelaram contra Portugal.
Aqui
nós ultrapassamos o terço, ou seja, 33% e nada fazemos. Muitos continuam
rezando a cartilha do PT.
Isso,
sem que consideremos que o valor do PIB, em números reais, aumentou
consideravelmente.
É
bom lembrar que o Brasil antes do governo militar era um Brasil pobre, de
agronegócio familiar, com o setor industrial engatinhando, com o comércio
basal, com baixa intensidade de serviços, fazendo com que o valor do PIB fosse
baixo.
Hoje
com a pujança que vemos o valor do PIB, em números absolutos, é bem maior.
Portanto,
o que o governo atual arrecada é fabulosamente maior do que se arrecadava no
governo militar.
E
o resultado?
É
só desfalque e roubalheira!
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