segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Qual é sua religião? parte II


Este é o vídeo que me referi em um comentário anterior. 
No inicio faz uma apologia da religiosidade do povo brasileiro.
Até ai, tudo bem.
Qualquer um pode se manifestar e exaltar o que acredita e gosta.
Isso é liberdade de expressão.
Porém, aos 25 segundos o narrador pergunta, textualmente:
”O Brasil merece ter um presidente da Republica que duvida da existência de deus?”
Como assim?
O que tem a ver com a política o fato de o candidato ter ou não ter religiosidade?
Aqui no Brasil é governo é laico.
Pelo menos é que está escrito na constituição.
O que é muito bom.
Misturar as coisas é voltar a um passado que não deixou boas recordações.
Remete a era medieval, quando o papa tinha mais poderes que reis!
Alguém sente saudades da inquisição, quando quem não fosse cristão ia para a fogueira?
Ou, mais recentemente, ao nazismo, quando quem não fosse ariano era humilhantemente levado a um campo de concentração e morto cruelmente.
Para quem quiser saber como é um estado não laico, veja como é o Irã, por exemplo, onde quem governa de fato são os religiosos islâmicos xiitas.
Depois, aos 29 segundos um jornalista inescrupuloso, numa entrevista, coloca Dilma numa saia justa, idêntica a que fizeram, certa vez, com FHC, quando candidato.
Ele pergunta maldosamente:
“A senhora acredita em deus ou é religiosa?”
Isso é maldade sim.
Ela tem o direito a seguir ou não a religião que bem entender.
Isso é um direito que não podemos transigir.
Isso não é discutir idéias politicas.
Ou discutir ações de governo.
Isso é preconceito religioso.
Eu acho que cada um deve manifestar o que pensa.
Mas, como já disse outras vezes:
“Qualquer cidadão por mais competência que tenha, por mais ética que tenha, por mais do mais que tenha, se disser que é ateu o povo não vota.”
A questão fundamental é que o povo, sem ofensas, é ignorante.
E mais do que isso, intolerante a quem não tem religião ou não acredita em deus.
Não se trata de hipocrisia dela ou de quem for ateu, fazer campanha politica nos diversos segmentos da sociedade.
Ou visitar templos ou qualquer lugar onde se cultua alguma crença religiosa.
Afinal, la é um local onde se reúnem pessoas.
Ela ou quem quer que seja, na ação politica, quer apenas seu voto.
Não pretende mudar a forma de pensar da religião de ninguém.
Agora, pra mim, é um absurdo a sociedade aceitar que o sujeito possa se candidatar e ser eleito mesmo sendo ladrão, traficante, assassino. Só não pode ser ateu.

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