Capitulo II – Foto de família
Antes
de prosseguir nessa viagem ao passado, que revelará surpreendentes descobertas,
tenho que registrar minha estrutura familiar próxima.
Sou
engenheiro civil, casado com Maria Cristina Abdo Cavalcante Duarte, com quem
tive os filhos Michelle, Mirella e Rodrigo.
Dessa
arvore, já tenho netos.
Michelle
teve com Hugo Marun um filho chamado Victor.
Mirella
teve com Andre Ribeiro Tannus três filhos cujos nomes são Laura, Natan e Lina.
Rodrigo
é solteiro e não tem filhos.
Tenho
os irmãos Sarah Regina da Silva Duarte e Luis Antonio da Silva Duarte.
Sarah
é jornalista, teve com José Bueno de Camargo Filho os filhos Marcel e Michel.
Luis
é procurador de estado, e teve com Maria Luisa Rodrigues de Lima Carvalho os filhos Daniel e
Thomaz.
Meus
pais são José Geraldo Barbosa Duarte, falecido em 1.999 e Maria José Souto da
Silva Duarte.
Por
parte de mãe, sou descendente do meu avô Aventino Teixeira da Silva e da minha
avó Aida Lopes Souto da Silva.
Meu
avô Aventino era fazendeiro na ilha do Marajó, onde nasceu minha mãe. Residia
com minha avó em Belém do Pará.
Minha
mãe Maria José sempre foi uma mulher muita ativa. Cuidava da casa com muita
dedicação e carinho.
Ela
conheceu meu pai em Campinas, quando visitava minha tia Enid, que na época
residia lá.
Enid
Souto da Silva Alves é a irmã mais velha da minha mãe. Foi casada com Sebastião
Alves, que era engenheiro agrônomo e responsável pela fazenda experimental do
estado, em Monte Alegre
do Sul.
Durante
minha infância, era nessa fazenda que passei divertidas férias, junto com meus
irmãos e brincávamos com minha prima Cristina, filha dessa minha tia.
Havia
ainda os primos Aventino José, que morava com meus avôs em Belém, e Aida. Na
minha infância e adolescência tive pouco relacionamento com eles, pois eram
mais velhos.
A
outra irmã, também mais velha que minha mãe, é Edy Maria Souto da Silva Souza,
que foi casada com Vicente Germano de Souza, mas não teve filhos.
Edy
foi professora primária, mas exerceu por pouco tempo sua profissão. Tinha como
característica marcante o fato de ser a mais aristocrática das irmãs.
A
terceira irmã, mais nova que minha mãe, é Cecília Souto da Silva, falecida em
2009.
Cecília
casou-se com David Roberts, um americano, alto executivo da Mobil Oil. Como ele
foi designado para atuar em Lisboa, Portugal, fixou sua residência por lá.
Como
conseqüência, tivemos pouca convivência tanto com ela como com seus filhos
David e Lynn, que também eram mais novos.
O
irmão caçula de minha mãe era Aventino Teixeira da Silva Júnior, conhecido como
Tinoca.
Tinoca
faleceu muito jovem em um acidente aéreo.
Na
época, não havia a tecnologia de radares para rastreamento do vôo, como é hoje.
Também não havia instrumentação adequada a bordo, fazendo com que todos os vôos
fossem visuais.
O
avião que ele estava, um DC-3 da FAB, fazia a rota Rio de Janeiro - Belém do
Pará.
Quando
se aproximava de Belém acabou saindo da rota. Foi parar na ilha do Marajó, onde
o piloto perdido ficou voando em círculos na busca do aeroporto Val de Cãs, até
o avião ficar sem combustível.
O
piloto tentou um pouso de emergência na ilha, mas com condições adversas de
pouso, soltou-se um motor, que era transportado a bordo, esmagando meu tio e
alguns outros passageiros.
Esse
trágico acidente foi muito marcante para minha mãe, que tinha pavor de voar.
Por
conta disso, ela me impediu veementemente da tentativa de ser de piloto de
avião, que era meu sonho. Que só pude realizar anos mais tarde, quando comprei
um ultraleve.
Meu
avô Aventino era filho de Antonio Moreira da Silva e Cecília Ferreira Teixeira.
Minha
avó Aida era filha de Jose Augusto Souto e Maria Jose Lopes.
Por
este ramo de família foi até onde consegui identificar meus ancestrais.
Por
parte de pai, sou descendente do meu avô Alcindo Rocha Duarte e da minha avó Sarah
de Almeida Barbosa.
Meu
pai era o filho mais velho.
Teve
uma brilhante carreira na área advocatícia. Ao longo de sua vida me transmitiu
muitos conhecimentos na área do direito, que muito me ajudaram em minha vida
profissional.
Era
uma pessoa muito tranqüila e sensata. Não me recordo de tê-lo visto metido em
uma discussão acalorada na qual ele não mantivesse sua serenidade.
Os
irmãos de meu pai são Nilze Therezinha Barbosa Duarte e Paulo de Tarso Barbosa
Duarte.
Tia
Nilze, como ela exigia ser chamada, quando criança, foi dedicada professora
primária. Com sua paciência exemplar tinha uma didática especial para o
aprendizado de crianças. Lembro que ela me ajudou a me alfabetizar logo cedo.
Tia
Nilze não se casou nem teve filhos.
Ela
residia com meu avô Alcindo, que era viúvo.
Foi
na casa deles que também passei divertidas férias em Campinas.
Aproveitava
essas ocasiões para manter contato mais intensivo com meus primos da família
Duarte, Serginho e Renato.
Nessa
época Campinas era uma típica cidade do interior, tranquila, com características próprias.
Lembro
que as pessoas se cumprimentavam de maneira diferente de São Paulo. Eles
falavam:
-
Ó Nilze...ó fulano.....ó sicrano.
Achava
engraçado.
Paulo
era o mais moço. Foi praticamente criado pela minha tia Nilze, pois minha avó
Sarah faleceu quando ele era criança.
Paulo
é um notável jurista, tendo sido Promotor de Justiça e Professor Titular da
Faculdade de Direito da PUC Campinas, onde é muito querido pelos seus alunos.
Casou-se
com Maria Helena, com quem teve os filhos André, Fernando e Rodrigo. Esses
primos, como eram mais jovens do que eu, também tive pouco relacionamento.
Da
família Rocha Duarte, conheci tio Chico, irmão do meu avô Alcindo, que teve um
único filho chamado Sérgio.
Sérgio
ficou órfão de mãe cedo. Como tinha quase a mesma idade de meu pai foram criados
praticamente juntos, como irmãos. Foram grandes amigos a vida toda.
Sérgio
é casado com Therezinha, com quem teve os filhos Serginho, Renato, Renata e
Marcelo.
Quanto
a outros antepassados do meu avô Alcindo, consegui identificar os nomes de meu
bisavô Francisco José Duarte e da minha bisavó Maria Josefina Rocha Duarte.
Foi
na família Almeida Barbosa, por parte da minha avó Sarah, que a trajetória de
descoberta de meus antepassados avançou.
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