Ontem foi a hora e a vez de lideranças do PMDB terem a
Policia Federal em seu encalço.
Tem que investigar, sim.
Prender, sim, quando for o caso.
Não ha a menor duvida quanto a isso.
Fico feliz em assistir esse excelente trabalho, comandada
por uma força tarefa composta pela Policia Federal, Procuradores, Juízes.
Tentam, com muita dificuldade e dignidade, resgatar o mínimo
de ética e honradez no trato da coisa publica.
Mas, avançam!
Muitos envolvidos não serão alcançados, certamente.
Não tem problema.
Aqueles que foram pegos ou ainda serão representam bem esse
saneamento.
O importante é que essa lição mostre para aqueles, que se
sentiam inatingíveis pela Justiça, que ela tarda, mas quando é chamada nos seus
brios, não falha.
Entretanto, nem tudo são flores.
A compreensão de grande parte da população com tudo isso que
acontece é confusa e oportunista.
Confusa porque diante de uma situação na qual tantos
bandidos estão na política, muitos terão uma visão equivocada.
Não aceitam que seus lideres sejam bandidos.
Bandido sempre é o politico dos outros.
Oportunista porque na medida em que expressiva parcela de políticos seja de alguma forma condenada, como reagira a população?
Preferirão adotar uma solução conciliatória, para
evitar o que julgam ser o desastre, o caos, se todos ou grande parte sair da politica?
Essa situação me remete ao tempo da escola, quando
uma grande maioria era reprovada.
Não era possível reprovar a todos.
Então aparecia uma ótima solução.
O professor dava uma prova substitutiva fácil e a maioria acabava
sendo aprovada.
Será algo semelhante acontecera?
Seremos tomados pela a compaixão política e salvaremos alguns, em
geral os mais simpáticos ao grande publico?
Bois de piranha serão sempre jogados ao relento para agradar
a platéia.
Sera o suficiente para nos satisfazer?
Na verdade, vivemos um paradoxo.
Se o processo for rápido demais, as pessoas não entendem e não aceitam
a limpeza.
Basta ver que o impeachment de Dilma que se arrasta há muito
tempo.
Já deveria ter ocorrido.
Não o foi porque o processo de conscientização da desmoralização
de Dilma é lento.
As pessoas relutam em enxergar o que de fato esta na cara.
Somem-se a isso as personalidades que, embora não compactuem
nem participem do governo, mostram-se contrários a uma decisão que já deveria
ter sido tomada.
E formam opinião contraria ao impeachment de Dilma!
Se o processo for devagar demais, as pessoas partem para o perdão.
O que é perigoso.
Enganam-se os que pensam que qualquer definição do
impeachment é a solução.
Se o impeachment sair, ótimo.
Se não, que se adote a propalada alternativa de deixar a Dilma governar.
Isso será
uma enorme bobagem.
Ela simplesmente não governa.
Não há uma solução para o problema político sem que passe
pela saída de Dilma na presidência.
Tirar a pressão do impeachment não fará Dilma mudar sua maneira
de pensar e agir.
Nem trará a confiança que ela perdeu.
Se o impeachment for refutado prolongaremos essa agonia política
ate 2018.
É muito tempo!
Serão três anos perdidos, mais o que levara, para após ela
sair, buscar-se a recuperação do pais.
Também não nos enganemos com a saída de Dilma.
Não será a panaceia.
Ao contrario, será necessário muito esforço e união.
Mas, a mudança de direção inspirara confiança, esperança e
credibilidade.
Abre-se a oportunidade para mudarmos o rumo da nação.
Sabemos que a limpeza também deveria ocorrer no Congresso.
E que não ocorrera com a profundidade necessária.
Mesmo com eleições.
Sabemos que o PT e seus satélites farão incansáveis manifestações
contra o novo governo.
Tentarão a todo custo impedir as reformas necessárias.
Tentarão, com seus sindicatos, paralisar o Brasil.
Tentarão impor o quanto pior, melhor, típico de sua oposição
destrutiva.
Teremos que ser firmes contra eles.
Estamos preparados para isso?