Para quem
observa o cenário eleitoral brasileiro de hoje, tendo no palco não os políticos,
mas os eleitores, vera um comportamento no mínimo espantoso.
Há de um
lado aqueles que buscam, como sempre, um candidato populista que possa
alimentar seus anseios por pão, circo, futebol e religião.
Conseguem
eleger muitos candidatos.
Ate um
presidente que hoje é presidiário levaram ao poder.
Representam
uma forte corrente política.
Não podemos
menospreza-los.
De outro,
divido em vários blocos, estão aqueles que querem mudança.
Faço parte
de um desses blocos.
O dos
realistas.
Por óbvio
que não concordo com uma serie de coisas que acontece por aqui.
Entendo que
diante do estado calamitoso que chegamos desejamos que aja uma mudança radical.
Mas,
entendo que não é possível que aconteça num passe de mágica.
Esquecem-se
de que não haverá nenhuma mudança do dia para a noite pela via democrática.
Qualquer
mudança é demorada e se faz através de um longo processo e com muita obstinação
e determinação.
Aliás temos
um exemplo recente de que como um grupo buscou fazer mudanças na política
nacional buscando atingir o poder e implantar o que acreditavam e lograram
sucesso.
Isso
aconteceu porque entenderam que a mudança se faz passo a passo.
Estou
falando do PT.
O partido não
elegeu Lulla de primeira.
Foram anos
e anos construindo e fortalecendo o partido.
Eles
souberam aplicar as regras de como chegar ao poder pelo voto.
Lamento que
não correspondessem às minhas propostas e maneira de pensar.
Mas é
inegável que foram estratégicos e planejadores.
Já o
expressivo grupo que quer uma renovação integral dos políticos esta dividido em
vários subgrupos.
Uns
acreditam que isso possa ocorrer pela via democrática.
Outros apoiam
uma tomada do poder pelos militares.
Os que
acreditam em intervenção militar não são democratas, pois se o fossem nunca
proporiam essa solução.
Igualmente
aos populistas são como adolescentes que acreditam num “paizão” que vai cuidar
de nós.
Esqueceram-se
de crescer e entender que cada um deve ser o dono de seu nariz.
E que um
governante nada mais é do que um administrador de nossos interesses.
E não um
provedor.
Mas, os que
acreditam na renovação revolucionária pelo voto, também não estão pensando com
racionalidade.
Vivem o
sonho que por osmose todos irão votar no candidato que julgam ser o ideal.
Sem se
preocupar se conseguem ou não emplacar.
Talvez tenham
se esquecido de que o voto é a maneira de se eleger tanto um bom candidato como
um péssimo candidato.
E que em
geral o povo esta em busca de qual candidato o ilude mais.
E vota no
péssimo.
Temos muitos
exemplos.
O risco
esta ai.
Para que
minimizemos este risco, dos candidatos viáveis a ser eleito para presidente,
por enquanto, o candidato Alckimin representa essa alternativa.
Não é o
candidato ideal.
Mas, é o
que é possível.
Não adianta
acreditar que um candidato como João Amoedo se eleja.
Não o
conheço.
Tampouco o
largo da batata o conhece.
Nem outros
que também se apresentam como tal.
Portanto é pura
ilusão acreditar que possa ser eleito.
Essa
radicalização de que se elege um desconhecido que não consegue atingir a grande
massa vencedora tornara seu voto igual a nulo.
E ajudara
um aventureiro Bolsonaro ou um Ciro versão Collor 2 a ser eleito. Precisamos
usar nossa inteligência e refletir nas consequências de lutar num exercito de
Brancaleone.
Veja falo
isso com foco no cargos do Executivo.
No
Congresso poderemos começar a limpeza.
Não
conseguiremos, por mais que nos esforcemos fazer uma limpeza como desejamos na
sua totalidade.
Poderemos,
no máximo, emplacar alguns.
Que se fato
forem atuantes e se destacarem podermos iniciar o processo de mudança e aspirar
num futuro próximo chegar ao Executivo renovado.
Essa sim é
uma estratégia para mudanças.
Se queremos
mudanças temos que fazê-la com a cabeça fria.