As pesquisas eleitorais continuam apontando Lula como vencedor das eleições.
Como Bolsonaro não aparece no topo dessas pesquisas seus idolatras denunciam que as pesquisas são compradas.
Não acredito que sejam compradas para assegurar a vantagem de Lula.
Acho que representam, sim, a intenção dos entrevistados na data da pesquisa.
Quanto a eventuais erros de pesquisa confrontada com a realidade é natural que ocorram.
A vontade do eleitor varia em função de vários fatores imponderáveis entre o momento da consulta feita pela pesquisa e a data da eleição.
Diferentemente de 2018, quando havia um anti petismo presente, diante da constatação dos roubos apurados no Petrolão, inclusive com a prisão de Lula, neste momento novamente o que é determinante para a escolha do eleitor é a situação econômica do país.
Sempre foi assim.
Desde o retorno das eleições presidenciais, FHC foi eleito graças ao bem sucedido Plano Real do governo Itamar.
Assim como Lula foi eleito em 2002 em razão da crise econômica do 2º mandato de FHC.
Lula foi reeleito em 2006, mesmo com a denuncia do mensalão, porque a economia estava a todo vapor.
Acho que esse argumento de pesquisas compradas faz parte do contexto adotado por Bolsonaro, somado a critica da lisura da urnas, para tumultuar o resultado da eleição, caso saia perdedor.
Evidentemente que os fatores que levaram a economia brasileira a viver a alta inflação e continuar com alto desemprego estão mais intimamente ligadas a pandemia, que afetou a economia mundial, causando inflação e desemprego em todo mundo.
Agora com a invasão da Russia na Ucrânia, a economia mundial sofreu novo baque.
Mas, o povo de uma maneira geral não tem essa visão sistêmica.
Enxerga apenas como esta seu próprio bolso.
Entretanto, caso apareçam razões que motivem o eleitor a mudar de opinião sobre o atual governo ou sobre Lula é factível que também mudem seu voto.
Assim como se surgir uma terceira via que se viabilize, quem sabe o eleito seja outro diferente dessa polarização.