quarta-feira, 27 de julho de 2022

Momentos difíceis, como resolver?




Há uma percepção coletiva que vivemos momentos difíceis.
É uma percepção correta.
Cada um, a seu modo, fala mal dos políticos, fala mal dos ministros do STF, fala mal dos altos funcionários públicos que adquiriram toda uma sorte de privilégios, fala do mal do atual presidente e fala mal do suposto futuro presidente.
Muitos, até, falam, com saudosismo, do passado.
Esses tem em sua memória uma recordação de que vivíamos tempos melhores.
De certa forma, ele tem razão.
Entretanto não conseguimos enxergar a solução.
Focamos de forma equivocada. 
Apenas falar mal não resolve o problema!
Só nos traz mais angustia.
A primeira ação que temos que ter é parar de falar mal.
Para podermos enxergar a raiz do problema sem paixão.
Na minha visão, o problema está no fato de que passamos a votar em celebridades, mitos, carismáticos, populistas, mas que de política pouco ou nada entendem.
Esses eleitos, quando chegam ao poder despreparadas, acabam por estragar tudo aquilo de bom que recordamos do passado, votando leis de péssima qualidade.
Não fazem por maldade.
É por incompetência mesmo.
Como primeira conclusão podemos agora entender que tudo o que está ai de ruim, foi objeto de uma lei.
Quando repetimos aquele dito popular de que a policia prende e a justiça solta, isso acontece porque as leis contra os bandidos foram abrandadas.
E olha que o que não falta são leis!!
Todo dia uma nova lei é criada sem uma visão sistêmica.
Tentam remediar uma causa que emocionou o povo e acabam criando leis sem o menor sentido.
Não importa quantidade de leis.
Importa termos leis de qualidade!
Sim porque, em tese, o juiz é obrigado a julgar à luz da lei.
Por haver conflitos nas leis ou há abrandamentos nas leis, o juiz vai julgar dentro desses parâmetros.
Veja, nesse momento não estou nem olhando a questão da corrupção, que é outro mal que nos contaminou.
Isso fica para outro momento.
A minha segunda conclusão é que se queremos um Brasil melhor temos que ter poucas leis, mas leis de qualidade.
Para que sejam feitas leis de qualidade precisamos eleger bons parlamentares.
Então, como terceira conclusão entendo que a culpa é nossa!!
Não culpa sua ou minha, individualmente.
Mas da sociedade como um todo, que elege um bando de parlamentares de péssima qualidade.
Além desses há aqueles que vão pra política pra atender seu ego, pra resolverem os problemas pessoais deles, da família e dos amigos e, para serem eleitos,  distribuem migalhas aos eleitores de seu curral eleitoral.
Como esperar que do nada as coisas possam melhorar?
Não vai!
Temos que agir.
Enquanto continuarmos elegendo essa turma, o Brasil vai continuar cada dia pior!
Como acabar com isso e começarmos uma vida nova?
Uma vez que tenhamos entendido o problema, temos que, cada um de nós, agirmos como cidadãos que realmente querem um Brasil melhor.
Devemos mostrar ao próximo o problema e sua solução.
É um trabalho de formiguinha, é verdade, mas, dentro da democracia é o único caminho a seguir.
Não ha atalhos.
Acreditar que vira um ser ungido dos céus e que será o salvador da pátria, isso não existe.
Muito menos a ditadura é o caminho.
Por melhor que fosse o ditador, o poder concentrado nas mãos dele acabaria desvirtuado e o problema, além de não ser resolvido, piorará.
Devemos exercer a democracia não apenas no voto.
Mas, no voto consciente.
E isso é um ato que cada individuo deve realizar.
Se começarmos hoje essa conscientização quem sabe no futuro conseguiremos chegar a um Brasil melhor!

quarta-feira, 20 de julho de 2022

O desgaste da democracia brasileira

 




Uma analise política mais sensata concluirá que Bolsonaro realmente sofreu desgaste em função da pandemia e da invasão da Rússia na Ucrânia.
Nessa analise, também, deve-se esquecer de todos os demais problemas que ocorreram durante sua gestão, criados por ele próprio.
De uma maneira geral, o povo tem memória curta.
Se já não esqueceu dos problemas com a gestão dele, pelo menos abrandou sua critica.
O que conta daqui pra frente é a agenda positiva promovida por seus aliados no Congresso.
Bolsonaro conseguiu a redução nos preço dos combustíveis e um pacote de bondades para os mais pobres, que são numericamente decisivos para reelegê-lo, possibilitando a recuperação do desgaste sofrido.
Essa será a memória presente na hora do voto.
Para isso, um político com ambições eleitoreiras utilizaria todo seu tempo falando dessas conquistas.
Entretanto, o que faz Bolsonaro?
Ao invés de surfar nessa agenda positiva continua sua agenda de ataques a urna eletrônica, ao TSE e aos ministros do STF.
Será que realmente essa agenda conflituosa faz com que ganhe mais votos?
Acredito que não.
Está se tornando transparente que há outros interesses não revelados e que, quando nos dermos conta, estaremos subjugados a quebra da democracia.

sábado, 25 de junho de 2022

O Fanatismo entre nós


Tanto se fala de fanatismo político, mas continuamos sem entender o que causa esse fenômeno.
Ao longo da historia da humanidade podemos observar que o fanatismo se repete incessantemente.
Parece que a humanidade não aprende com seus próprios erros.
O fanatismo não se encerra no contexto político.
Há o fanatismo religioso também.
Já se matou milhares de pessoas em nome de deus.
E continuam matando, como ocorre com o islamismo extremista.
Assim como há fanatismo nos esportes, em especial no futebol, com torcidas organizadas que extrapolam o apoio ao time nos estádios e chegam a se digladiar nas ruas como inimigos ferozes.
Observando a natureza constato que nos animais que vivem em bando há sempre um líder e os demais seguem cegamente esse líder.
Esse comportamento faz com que aja coesão entre eles e assegura que não aja discordância nas decisões do líder para a concretização de ações que devem ajudar o grupo.
Isso me faz pensar que deve haver algum material genético que determina esse comportamento.
Há o gene do líder e o gene do liderado.
O ser humano, como vive em bando ou em sociedade, também é portador desse material genético.
Enquanto os primeiros humanos, no passado, tinham lideranças semelhantes aos animais selvagens esse comportamento funcionava bem.
Entretanto, de alguma forma, o gene do líder foi corrompido em alguns, que acabaram se tornando lideres fora do contexto determinado pela natureza.
Enquanto em outros o gene do liderado sofreu alterações para o fanatismo.
Foi quando surgiram lideranças que buscavam apenas o poder pelo poder.
Esses falsos líderes chegaram e se mantiveram no poder, uns pela força bruta, outros com seus argumentos astutos, próprios de estelionatários, mas todos tendo como pano de fundo o medo.
Talvez fosse o gene da vaidade pessoal em ação nesses lideres.
Enquanto isso o líder que deveria conduzir seus liderados para o bem comum passou a ser combatido pelos falsos lideres e afastados de seu papel natural.
Isso foi possível em função de que grande parte da população continuou portando o gene do fanatismo e se tornou numerosa.
A partir disso foram criadas instituições que permitiam o exercício do poder desses líderes, que se aprimoraram ao longo do tempo para manter essa nova ordem.
Como o fanatismo dava apoio aos falsos lideres foi possível que uma vez identificado o líder, mesmo que falso, fizesse com que a maioria passasse a segui-lo sem contestação. 
Com o advento da democracia em um ambiente que há ignorância e ou miséria em abundancia, entre outros fatores, a ascensão de lideranças inescrupulosas exploram a crença de que são as esperanças desse povo e acabam sendo eleitos.
Mas, houve uma cisão entre essas lideranças.
E surgiu o antagonismo, a polarização.
Que está presente em nossos dias, impedindo que nos tornemos uma sociedade justa, unida e melhor.

domingo, 5 de junho de 2022

Movimento pendular em curso

 


Há em curso uma oscilação da maneira como a sociedade enxerga sua melhora econômica.
Nos últimos anos, esse pêndulo foi conduzido a fazer com que a sociedade acreditasse que o empresariado deva investir mais na economia, ao invés do Estado.
Ideia essa que sempre defendi.
Para mim, o Estado deve ser o disciplinador e o formulador de políticas que motivem o empresário a investir com competitividade, a criar empregos e renda.
Com isso, consequentemente, e com o Estado mais enxuto, este consegue arrecadar mais impostos e retornar com mais serviços de qualidade, que cabe ao Estado prover para melhora da sociedade como um todo.
Entretanto, como consequência do combate a pandemia houve uma quebra dessa lógica, levando muitas empresas a falir ou debilitar-se a tal ponto que aumentou a taxa de desemprego e a perda de renda do trabalhador, além da queda da arrecadação e do aumento dos gastos públicos.
Em razão da ajuda emergencial, que socorreu milhões de brasileiros durante os momentos mais graves da pandemia, ressurgiu na sociedade ao velho pensamento obtuso de que cabe ao Estado ser o provedor dos pobres, ao invés de ser o trabalho deles a força que deve os conduzir para que saiam da pobreza.
Junto com esse enganoso pensamento, um novo movimento pendular se movimenta em direção à péssima ideia de que cabe ao Estado ser o grande investidor da economia.
A ideia de privatização de estatais começou a perder força e retorna a vontade de estatização da economia.
Impressionante como a memória da sociedade é curta.
Esquece-se que a estatização foi e continua sendo foco de corrupção, de cabide de empregos para abrigar apaniguados de políticos da base aliada do governo, sem que tenham mérito para ocupar os cargos que ocupam, além de altos salários para uma diretoria composta de amigos dos governantes.
Acreditar que o Estado interventor dê jeito na situação de combate a pobreza, como se o orçamento publico fosse ilimitado, é cair no mesmo erro cometido no passado que nos levou ao desastre econômico e ao retorno ao empobrecimento geral do país.
Parece que não observam e comparem a situação econômica da China com Cuba, ambas de governos politicamente totalitários, mas com visão diferente da economia.
A China entendeu que o empresariado deve investir, enquanto Cuba persiste na mesma ideia que esse movimento pendular começa a agir no Brasil.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

A frustração iminente de Bolsonaro





Essa estratégia de desacreditar o PT usando o Zé Dirceu como um fantasma que assombra um futuro governo de Lula, se for eleito, ou mesmo repisar de que houve o maior assalto do mundo aos cofres públicos brasileiro, como ficou demonstrado na operação lava jato, não funciona mais!!!
Ou melhor, só regozija aqueles que têm Bolsonaro como ídolo.
O povão, que ganha um salário insuficiente, diante da inflação que assola o país e o mundo, além daqueles milhões de desempregados e desalentados, são uma maioria que, querendo ou não, está resgatando a boa memória da economia no governo Lula e vão votar em Lula.
É verdade que Bolsonaro tem pouco espaço de manobra na economia para dar um alento a essa gente.
Parte por culpa dele próprio, que em seu governo teve outras prioridades, e só se deu conta que a economia estava indo para o vinagre quando já era tarde demais.
Também desacreditar o voto eletrônico é mais um desgaste desnecessário, que da mesma forma só regozija aqueles que tem Bolsonaro como ídolo.
Acreditar que isso levará o povo às ruas, caso perca a eleição, para recolocá-lo na cadeira presidencial assemelha-se a Jânio Quadros que, ao renunciar à presidência e tinha essa mesma expectativa, acabou se frustrando.

terça-feira, 24 de maio de 2022

Ascensão e queda de Doria.



Doria sucumbiu a pressão e abandonou a corrida presidencial por duas razões básicas.
A primeira foi que não conseguiu agregar força politica dentro de seu partido PSDB, para que dessem sustentação em sua jornada de candidato.
Certamente por ter agido sem ética para chegar a governador e desprestigiando Alckmin que foi quem o levou a ser prefeito da cidade de São Paulo.
A segunda, que foi fundamental, foi sua alta taxa de rejeição como candidato.
Essa rejeição foi construída em razão da rivalidade entre Doria e Bolsonaro, nutrida durante a pandemia.
Os influenciadores de Bolsonaro agiram com sucesso para tornar Doria como o responsável pela derrocada econômica do pais por ter implantado o necessário afastamento social.
É verdade que essa pratica trouxe uma queda da atividade econômica com consequências desastrosas para empregados e empresários.
Mas, era a unica opção naquele momento.
Opção que foi igualmente utilizada em vários outros estados brasileiros e em diversos países pelo mundo.
Muito embora Doria tenha agido com responsabilidade e prontamente no combate a pandemia, trazendo uma opção de vacinação a tempo e hora, essa ação foi obscurecida pela  falta de entendimento da população do necessário afastamento social praticado pelo governo dele, que evitou, sim, um maior numero de mortes pela covid.
O governo Doria é elogiável, sim.
O estado de São Paulo reorganizou suas finanças com reformas estruturantes.
Implementou as obras de recuperação dos rios Tiete e Pinheiros que cortam a cidade de São Paulo, que estão em processo acelerado de recuperação, com redução drástica de ligações de esgoto clandestinas.
Entre outras importantes obras pelo estado.
Mas, como disse, mesmo tendo feito um bom governo, faltou-lhe articulação politica habilidosa para neutralizar todos as ações negativas que se voltaram contra ele.




terça-feira, 17 de maio de 2022

"Não me deixam trabalhar". Verdade ou mentira?

 



Toda vez que ouço alguém repetir o argumento de Bolsonaro "não me deixam trabalhar", para justificar as não realizações que ele pretendia fazer fico aqui pesando.
Mesmo que hoje a pessoa hoje esteja aposentada, um dia já trabalhou.
Certamente no trabalho dela enfrentou dificuldades!
Sempre tem gente querendo atrapalhar ou impedir o desenvolvimento do seu trabalho. 
Quando não são pessoas é a conjuntura que de alguma forma atrapalha.
Apesar de termos total liberdade de fazer tudo quanto gostaríamos, com exceção do que a Lei impeça, está sempre presente a adversidade, que pode nos impedir de fazer o que queremos.
Já o governante, diferente de nós, só pode fazer o que determina a Lei.
Não pode agir impulsivamente fazendo no governo aquilo que ao acordar sentiu vontade de fazer.
Por isso é importante que um governante tenha um plano de governo robusto que considere tudo quanto ele acredita ser bom para a população.
Com base nesse plano ele encaminha ao Congresso um projeto de Lei para cada item de seu plano.
Após discussão pelo Congresso, se aprovado, ai sim o governante poderá executar o que gostaria dentro do que determina a Lei.
Simples assim.
Em tese!
Na pratica sabemos o quanto é difícil aprovar um projeto de Lei exatamente como o governante gostaria!
Democracia é assim mesmo.
Não prevalece a vontade de um, seja ele que for, mas a vontade da maioria!
Então, quando Bolsonaro é impedido de fazer o que gostaria sem amparo legal é, corretamente, impedido pelo sistema de contrapesos da democracia.
E ai vem com esse argumento que foi impedido de trabalhar.
Não foi.
Foi impedido, isto sim, de cometer uma ilegalidade.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

A formula secreta para abaixar o preço dos combustiveis!

 




Essa discussão sobre o preço dos combustíveis cansou.
Fica-se rodando no mesmo circulo e não se avança para uma boa solução.
Está pacifico que a política de preços praticada pela Petrobrás, utilizando o preço internacional do petróleo, não se pode mexer.
Óbvio.
É uma empresa mista com ações nas bolsas de valores do Brasil e USA.
Portanto, seu foco é obter o maior lucro e propiciar os mais altos dividendos a seus acionistas.
Qualquer alteração nessa política será judicializada e os acionistas vencerão essa batalha.
Como já ocorreu, por ocasião do Petrolão, quando a Petrobrás foi levada a justiça americana e foi obrigada a indenizar seus acionistas minoritários que demandaram.
Só há uma maneira legal de fazer com que a Petrobras mude essa política e passe a cobrar o preço dos combustíveis pelo custo real mais um lucro que agrade seus investidores.
Chama-se concorrência!!!!
Para isso é preciso que se quebre o monopólio da Petrobrás.
Isso aconteceu com a telefonia.
Quem vivenciou a compra de linha telefônica, que era inclusive declarada como patrimônio na declaração de imposto de renda, lembra que quando FHC acabou com o monopólio da telefonia o acesso ao telefone foi universalizado.
Hoje qualquer cidadão adquire facilmente uma linha de celular a preços acessíveis.
Vai na loja e sai com uma linha.
Telefone fixo, então, é so pedir e no dia seguinte está instalado.
Então o caminho da privatização da Petrobrás, que pode ate ser trilhado, deve antes ter a quebra do monopólio realizada.
Caso contrário, sai-se de um monopólio publico e cai-se num monopólio privado.
Aliás essa formula de quebra de monopólio deveria ser adotada como regra para todas as estatais, como por exemplo, os Correios.
Feita a quebra do monopólio a Petrobrás, tendo concorrentes, será fatalmente obrigada a ajustar seus preços para o preço de mercado praticado internamente pelos concorrentes e sua privatização perde relevância.

sábado, 14 de maio de 2022

As pesquisas e a eleição.



As pesquisas eleitorais continuam apontando Lula como vencedor das eleições.
Como Bolsonaro não aparece no topo dessas pesquisas seus idolatras denunciam que as pesquisas são compradas.
Não acredito que sejam compradas para assegurar a vantagem de Lula.
Acho que representam, sim, a intenção dos entrevistados na data da pesquisa.
Quanto a eventuais erros de pesquisa confrontada com a realidade é natural que ocorram.
A vontade do eleitor varia em função de vários fatores imponderáveis entre o momento da consulta feita pela pesquisa e a data da eleição.
Diferentemente de 2018, quando havia um anti petismo presente, diante da constatação dos roubos apurados no Petrolão, inclusive com a prisão de Lula, neste momento novamente o que é determinante para a escolha do eleitor é a situação econômica do país.
Sempre foi assim.
Desde o retorno das eleições presidenciais, FHC foi eleito graças ao bem sucedido Plano Real do governo Itamar.
Assim como Lula foi eleito em 2002 em razão da crise econômica do 2º mandato de FHC.
Lula foi reeleito em 2006, mesmo com a denuncia do mensalão, porque a economia estava a todo vapor.  
Acho que esse argumento de pesquisas compradas faz parte do contexto adotado por Bolsonaro, somado a critica da lisura da urnas, para tumultuar o resultado da eleição, caso saia perdedor.
Evidentemente que os fatores que levaram a economia brasileira a viver a alta inflação e continuar com alto desemprego estão mais intimamente ligadas a pandemia, que afetou a economia mundial, causando inflação e desemprego em todo mundo.
Agora com a invasão da Russia na Ucrânia, a economia mundial sofreu novo baque.
Mas, o povo de uma maneira geral não tem essa visão sistêmica.
Enxerga apenas como esta seu próprio bolso.
Entretanto, caso apareçam razões que motivem o eleitor a mudar de opinião sobre o atual governo ou sobre Lula é factível que também mudem seu voto.
Assim como se surgir uma terceira via que se viabilize, quem sabe o eleito seja outro diferente dessa polarização.

domingo, 8 de maio de 2022

O lançamento da candidatura Lula




Lula no lançamento de sua candidatura, ao invés de apresentar suas propostas de governo, muito mais útil para o eleitor, exaltou seu governo passado, como se o  que fez fosse exemplar.
Esqueceu-se de comentar que o Programa “Mais Médicos”, que utilizou a contratação de médicos cubanos com salários indignos, na verdade tinha como objetivo transferir a maior parte do valor pago para o bolso dos meliantes cubanos e brasileiros que administravam o programa.
Assim como de sua Política Externa que remeteu, através do BNDES, vultosos empréstimos a países amigos de Lula, sem a devida cautela de garantias de pagamento, para obras superfaturadas e que serviu para encher os bolsos dos que administravam essa conta.
Assim como da tentativa frustrada de regulação da mídia para sufocar a verdade que a imprensa livre possibilita.
Assim como da política tributaria que tentou ressuscitar a CPMF e dos aumentos das alíquotas de impostos, aumentando de 32% para 34% a mordida do fisco.
Assim como a falsa promessa de acabar com o imposto sindical obrigatório, que só foi extinto no governo Temer.
Assim como a questão do afrouxamento da segurança publica, pois o PT enxerga que o criminoso é uma vitima da sociedade e a policia como um instrumento da elite contra a periferia.
Assim como sua política fiscal, que enxerga o teto de gastos como equivocada e que acabou levando o governo Dilma ao descalabro culminando com seu impeachment.
Esqueceu-se também de falar de suas duas maiores obras:
A Grande Corrupção praticada no Mensalão e no Petrolão.
E o maior assalto aos cofres públicos e na Petrobrás praticados pelo PT e pelos partidos que apoiavam seu governo.

sábado, 7 de maio de 2022

Bomba fiscal armada!

 


Já dizia meu avo:
 “Por onde passa um boi, passa a boiada”.
Depois do estouro do teto do orçamento o equilíbrio fiscal perdeu razão de ser e a gastança tem o céu como limite.
Não é só Bolsonaro que é contra o teto, não.
Lula também já afirmou que, se eleito, acabara com esse rigor fiscal para poder gastar a vontade.
O problema do gasto indiscriminado e além das possibilidades é que  tem como consequência o aumento da divida interna ate o limite da falência.
Como o estado não tem a prerrogativa de falir a única saída será no futuro aumentar os impostos, dar calote e cair em descrédito internacional, para finalmente se ajoelhar ao FMI, como já ocorreu no passado.
Como acessório haverá mais uma vez a postergação do desenvolvimento do país.
Impressionante como nossos governantes não aprenderam com seus próprios erros, nem com os da vizinha Argentina, que passou por algo semelhante.
Por outro lado, o Congresso, ao invés de conter os ímpetos irresponsáveis de gastança, também resolveu entrar na folia aprovando o fura teto.
Assanhados com o gasto sem limite, agora armaram uma bomba fiscal em recentes aprovações de leis.
Ignoram a razão e a responsabilidade, porque acreditam que com seus atos poderão se aproveitar das benesses concedidas para que obtenham vitorias em suas reeleições.
Vamos continuar votando nesse tipo de gente?

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Operação desmonte

 



Durante os governos PTistas o BNDES financiou diversas obras superfaturadas no exterior com 3 objetivos:
1) Política externa amigável.
Os ex-presidentes Lula e Dilma tinham um projeto de estabelecer uma coalizão de dirigentes de países com os mesmos interesses políticos ideológicos do PT, para formar um bloco no qual um apoiava o outro em questões internacionais.
Para isso colaboravam com governos alinhados com esse projeto, financiando obras nesses países, para que esses dirigentes tivessem sucesso em suas gestões.
Entretanto, esse projeto tinha um erro básico.
Preteria obras de infraestrutura nacionais para executar em países estrangeiros.
Não porque Lula e Dilma não soubessem da necessidade de realizar obra internamente.
Sabiam, mas a questão é que obras realizadas no Brasil deveriam seguir os ritos licitatórios previstos em Lei, que não existiam nos países beneficiados.
Assim ficava mais fácil contratara a construtora amiga.
Por outro lado, também por aqui as obras superfaturadas poderiam ensejar investigações, como aconteceu na construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, que ensejou a operação “Lava Jato”.
2) Incentivar construtoras amigas.
O financiamento previa que as obras deveriam ser executadas por empresas brasileiras, não somente para prestigiar a indústria nacional, mas porque as comissões pagas seriam certas, pois as empresas selecionadas tinham seus diretores em perfeita harmonia na corrupção praticada pelos integrantes do PT.
3) Formar caixa dois no PT.
Como as obras eram superfaturadas criou-se espaço para que o PT pudesse arrecadar recursos para uso de seus dirigentes e em campanhas políticas do PT.
Como o BNDES pode financiar essas obras?
Naquele momento a
 economia mundial vivenciava um alta taxa de crescimento, que permitiu que o Brasil exportasse commodities valorizadas e tivesse uma arrecadação de impostos nunca vista antes.
O governo do Brasil estava numa condição econômica financeira de abundancia de recursos públicos.
Parte dessa abundancia foi utilizada para serem feitos aportes do Tesouro Nacional ao BNDES, possibilitando que o BNDES tivesse recursos sobrando para financiar os países de interesse do PT.
Ressalte-se que os critérios aprovação dos financiamentos pelo BNDES foram abrandados para que ocorresse com a celeridade necessária para atender o maior numero de países amigos.
Seguindo a velha máxima de que para os amigos tudo, para os inimigos a Lei.
Entretanto o Tesouro Nacional não disponibilizou apenas “sobras de caixa”.
Teve que captar recursos através do endividamento publico.
Entre 2008 e 2014 foram injetados pelo Tesouro no BNDES R$400 bilhões!!!
Ou seja, o contribuinte brasileiro pagava e paga impostos altíssimos para haver “sobras de caixa” e também para pagar os juros cobrados pela divida publica.
O atual governo Bolsonaro, através do Ministério da Economia, decidiu que os recursos represados no BNDES e ainda não utilizados fossem devolvidos ao Tesouro Nacional, para que este reduzisse a divida publica.
Com isso o Tesouro espera ter uma restituição este ano de R$37,4 bilhões!
Diante de todo esse descalabro, você ainda quer o PT de volta?

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Os neo autoritaristas

 




Ontem mais uma vez Bolsonaro veio a publico para intimidar com ameaças de suspeição do sistema eleitoral e que o exercito está atento para isso.
Ainda que possa parecer preocupante, a meu ver, mostra-se mais como um déspota à la "Brancaleone".
Se realmente tivesse o exercito o apoiando para um golpe, ja o teria feito ha tempo.
Fica só na ameaça pra agradar seus eleitores fascistas.
O fato é que é um pato manco nas mãos dos corruptos do "centrão", que manipulam o governo.
Um fracassado.
Pelo mundo mais um neo autoritarista se apresenta.
Desta vez, é a da chamada esquerda!
Aconteceu no México.
O presidente AMLO, como é conhecido por la, propôs um referendo sobre a continuidade de seu governo.
Conseguiu 90% de aprovação!!!!
So que não foi valido, pois apenas 18% dos eleitores foram votar.
Para ser valido era preciso pelo menos 40%!
Como reagiu o déspota mexicano?
Igualmente a todos semelhantes, quando o resultado não lhe convém, culpou o sistema eleitoral!!!!!

sábado, 16 de abril de 2022

O candidato ideal

 




Novamente no dilema.
Bolsonaro ou Lula?
Bolsonaro não é o mesmo de 2018, com toda sua rebeldia ao sistema.
Aquela rebeldia... se esvaiu.
Hoje não tem a mesma força política para mantê-lo ativamente rebelde.
A menos, é claro, de suas investidas contra as urnas eletrônicas e contra o STF.
Mas, mesmo contra o STF já relaxou, após o 7 de setembro fatídico.
Ou teria, por aquele tribunal, sua porta de saída.
Hoje Bolsonaro virou refém do "centrão".
Se não aceitasse essa condição, levaria um impeachment nas costas, como aconteceu com Dilma.
Ao contrario do que muitos pensam, inclusive Bolsonaro, ser presidente não significa poder absoluto.
Isso só ocorre na ditadura.
Ainda assim é necessário dividir parte do poder com o grupo que esta no poder junto e que lhe da sustentação.
Na Venezuela, por exemplo, há mais generais que soldados.
Foi o jeito de ter as forças armadas venezuelanas apoiando Maduro.
Ser presidente exige, antes de tudo, capacidade de articular com as forças políticas vivas que convivem na democracia.
Não é para qualquer um.
Além da necessidade imperativa de ter um plano de governo.
Lula tem um plano de governo, conhecido por todos e com o apoio do seu partido PT.
Deixemos de lado, nesse momento, a questão da roubalheira que houve em seu governo.
Vamos analisar um suposto Lula honesto.
Lula tem um plano de governo populista, antiliberal na economia, estatizador, apoiador do sindicalismo compulsório e de sindicalista compondo seu governo.
Encontra eco em muita gente.
Mas, para muitos, como eu, somos contra esse projeto de Lula.
Umas das razões pela qual nos fez nos unir a Bolsonaro em 2018.
Lula tem um perfil liberal nos costumes, que também o ajuda a compor um apoio de outros tantos.
Nesse aspecto, em parte, sou mais favorável a liberalidade nos costumes.
Repudio alguns excessos, como a questão do gênero, que se tornou um tema mundial.
Ao contrario de Bolsonaro, que é conservador nos costumes.
Mas, segue a mesma linha populista de Lula.
Além de se colocar como o sindicalista dos militares e coloca-los expressivamente em seu governo, sem o critério da meritocracia.
Como foi o caso da nomeação do General Pazuello para o Ministério da Saúde.
Quanto a liberalidade na economia, apesar do discurso de Bolsonaro ser nesse sentido, mostrou-se fraco na pratica.
A ponto de ele perder da equipe excelentes profissionais capacitados.
Ao perceberem a incapacidade de Bolsonaro na condução política das reformas que se propuseram fazer, preferiram sair do governo, restando apenas o titular do Ministério.
O problema em Bolsonaro em se submeter ao “centrão” é que não tem um projeto de governo que ele defenda.
Serviria para, ao menos, justificar sua permanência e conseguir homeopaticamente implanta-lo.
Assim, mantê-lo no cargo significa, para nos cidadãos comuns, continuarmos sendo extorquidos por parlamentares, cujo projeto é manter-se no poder, esquecendo-se de um projeto para o Brasil.
Há vários outros nomes colocados como terceira via, mas, pelo menos por enquanto, nenhum conseguiu sensibilizar o eleitor para remover um dos dois polos e tornar-se uma opção viável.
Ainda que não tenha se manifestado como uma opção, vejo Temer com bons olhos.
Conhece a pratica política como nenhum outro.
Ainda que tenha caído na cilada praticada pelo Joesly, sob a supervisão de petistas interessados em derruba-lo, como revanche a queda de Dilma, Temer saiu-se bem no episodio.
Apesar da pressão da banda podre a qual pertence Temer tinha um projeto de governo.
Conseguiu, com todas as dificuldades, iniciar as esperadas reformas e deixar um legado.
Temer, com todos seus pontos negativos, seria o candidato ideal.

domingo, 3 de abril de 2022

Doria e a luta contra o sucesso

 



O comportamento humano tem suas explicações dadas pelos especialistas.
Como mero observador, procuro entender a lógica desse comportamento.
Veja a questão do Doria.
Ele, inegavelmente, foi um bom governador.
Vai deixar a economia do estado em excelente condição.
Fez as reformas necessárias.  
Apesar de suas realizações exitosas em várias áreas deixou de concluir o Rodoanel e não conseguiu recuperar as obras atrasadas do metro.
Mas, isso não é motivo para desabona-lo.
Entretanto há uma forte rejeição contra ele.
É fato que Doria se excedeu em ações de marketing, em especial quanto a vacina do Butantan.
Mas, não se pode negar que ele, efetivamente, trouxe uma vacina para o Brasil.
E lutou bravamente contra as ações contrarias do governo federal.
Muitas vidas foram salvas graças a essa obstinação.
O governo Bolsonaro, ao invés de apoia-lo, pelo bem do Brasil, tornou a vacina numa discussão política sem sentido.
Foram criadas, pelo gabinete do ódio, sórdidas fake news contra a vacinação.
Enquanto isso, para se contrapor a brilhante ação de Doria, foi defendido o kit cloroquina como uma ação de melhor eficácia, quando na verdade nunca foi.
Por acaso você leitor desse meu comentário não tomou a vacina?
Tomou que eu sei.
Mas sua cabeça ficou influenciada pelas ações do gabinete do ódio a tal ponto que mesmo tomado a vacina não da credito a Doria pelo feito de trazer uma vacina ao Brasil.
Por outro lado, Doria tomou, acertadamente, medidas preventivas como o distanciamento social.
A mesma ação que outros governadores e presidentes de outros países tomaram.
Em alguns países chegou-se ao lock down.  
A população acatou a decisão.
Apesar de considera-la drástica, entendeu que era a única saída no momento.
Mas, o gabinete do ódio de Bolsonaro mais uma vez teve êxito em difundir e convencer que Doria era um ditador e impedia o direito de ir e vir.
Além de que estava quebrando empresas com o fechamento acertado das atividades econômicas.
Com essas ações Doria deveria ser condecorado.
Mas, ao contrario, hoje é hostilizado pela população que ajudou a superar a pandemia.
Veja estou sendo apenas justo.
Não sou fã incondicional de Doria.
Mas, reconheço quando ele está certo.
Por esse caso e outros na vida nacional, chego a conclusão que os brasileiros tem um comportamento contra todos aqueles que alcançam o sucesso.

terça-feira, 29 de março de 2022

A interferência politica sempre prejudicou a Petrobrás!




Mais uma vez Bolsonaro acredita no sonho infantil que trocando o presidente da Petrobrás o preço dos combustíveis vai cair.
Jé o fez ha um ano e nada mudou.
Pode trocar de presidente da estatal quanto quiser.
O preço não será represado e seguira sendo o praticado pelo mercado de petróleo, como sempre foi. 
A menos que o nomeado assuma o risco de quebrar a empresa, como quase conseguiu Dilma em seu governo, reduzindo o preço do combustível a bel prazer.
Não nos esqueçamos que a situação criada por Dilma teve outros desdobramentos.
Os investidores da bolsa americana, sentindo-se prejudicados, ingressaram com ações judiciais nos USA e conseguiram recuperar a perda.
Em consequência mais prejuízo pra Petrobrás!
Nós brasileiros acabamos por socializar o prejuízo da Petrobrás, através de pagamentos a maior no preço do combustível para que a Petrobrás tivesse caixa para se recuperar dos prejuízos insanos cometidos por Dilma.
A solução do problema também não é nacionalizar o preço dos combustíveis, como propõe, irresponsavelmente, Lula em sua campanha.
Primeiro, o governo brasileiro teria que deixar de ter sócios acionistas, comprando suas ações.
A Petrobrás seria 100% estatal.
Mas, ha outro problema.
Parte da produção do pré sal é feito por empresas estrangeiras, que querem seguir vendendo em dólar pelo preço de mercado.
Então, para evitar isso teria que estatizar toda a produção e encerrar as atividades das petroleiras estrangeiras.
Ou seja, mais prejuízo para indenização da desapropriação.
Mas, não fica por ai.
O petróleo produzido aqui no Brasil não é totalmente refinado aqui.
Uma grande parte é comprada de refinarias no exterior, pagos em dólar e pelo preço de mercado.
Se Lula não tivesse superfaturado a Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco e tivesse com o dinheiro roubado construído mais refinarias até poderia pensar em nacionalizar o preço do petróleo refinado, desde que também toda a produção fosse estatal.
Mas, como houve a privatização de refinarias que também querem receber em dólar e pelo preço de mercado, estas também teriam que ser estatizadas novamente.
Ou seja, pela proposta de Lula, teríamos que retroceder a velha Petrobrás 100% estatal.
A Petrobrás não teria condições financeiras de suportar tanto investimento.
Não foi por acaso que no passado se decidiu pela sua privatização parcial.
Foi uma decisão inteligente e que deve prosseguir com a privatização total e quebra do monopólio da produção de ponta a ponta.
O resultado de uma estatização total?
Teríamos desabastecimento de combustíveis.
Voltaríamos ao tempo em que postos de combustível eram fechados nos fins de semana.
Além de estabelecimento de cotas de consumo para regular o mercado que teria mais procura que oferta.
Com isso seria criado o mercado negro de combustível com preços que no final seriam tão ou mais caros do que no livre mercado.
Em resumo, não existe mágica!
Qualquer manipulação no preço dos combustíveis deve ser adotada fora do âmbito da Petrobras.
Proposta não faltam.
Que sejam discutidas no Congresso.

domingo, 27 de março de 2022

Não a Fake news!



51% dos entrevistados são favoráveis a suspensão do app que desobedecer a Justiça.
Pode acrescentar +1.
Penso igual.
Não podemos tolerar que sejam utilizados apps para divulgar mentiras, calunias e demais ações que prejudiquem um adversário político para ganhar uma eleição.
O jogo político deve ser de debate de ideias e não de detratação.
Nos USA Trump foi eleito na esteira de divulgações falsas contra Hillary Clinton promovidas por hacker russos, sob ordens de Putin, que experimentou esse comportamento com sucesso para testar sua capacidade de manipular o mundo.
E parece que o experimento agradou políticos pelo mundo, que por falta de conteúdo intelectual adotaram tal pratica para ganhar eleição.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Brasil: O país do improviso



Ideias progressistas a elite política brasileira sempre teve.
O governo do Imperador D. Pedro II era claramente a favor do fim da escravatura.
Ainda que o parlamento brasileiro estivesse à frente das decisões do estado, foi através de influencia da princesa Isabel que foi aprovado no parlamento a libertação dos escravos e por ela foi promulgada a Lei Áurea.
Houve comemoração popular estrondosa, afinal o Brasil ingressava no mundo civilizado.
Entretanto, nem ela nem os parlamentares planejaram como seria o “day after”.
Ninguém planejou como viveriam os ex-escravos!!!
Onde morariam?
Como se alimentariam?
Como seria a nova relação de trabalho?
Como seria feita a qualificação desses trabalhadores?
Mas, não eram mais escravos!
Bela frase de efeito.
Mas, mudou realmente?
Ou continuaram vivendo como se escravos fossem?
O resultado é que muitos continuaram trabalhando com seus antigos senhores em troca da moradia e da alimentação.
Por outro lado, olhando estritamente pela visão econômica como ficaram os donos dos escravos que os escrituravam como patrimônio?
Ninguém pensou numa compensação financeira pela “desapropriação” dos bens.
Novamente, sem pensar nas consequências, a elite prejudicada, em revanche, optou pelo golpe militar, que derrubou o Império e instalou a republica.
Bela republica!
Mudou tudo para continuar como estava.
É assim que o Brasil roda.
O fato é que, quando há um problema, os políticos acreditam que basta uma canetada para resolvê-lo.
Ninguém pensa nas consequências das decisões.
Ninguém pensa que para que as decisões aconteçam com excelência e responsabilidade é preciso ampla discussão inteligente e um planejamento adequado.
Acreditam que tudo se resolve como num passe de mágica.
Esquecem que para dar certo, antes da cena de mágica, há todo um planejamento e preparação que fará com que a mágica aconteça como desejada.
Os anos se passam e o Brasil continua agindo com irresponsabilidade, sem um projeto de estado, sem lideranças capazes.
A elite política que herdamos, em sua maioria, é desqualificada para a função.
Agem improvisando tudo e dentro de uma lógica que só beneficia a eles e seus apaniguados.
E os problemas só aumentando.

terça-feira, 22 de março de 2022

O futuro de Bolsonaro






Bolsonaro ao longo de sua trajetória política sempre se pautou pela mediocridade.
Seu despreparo intelectual é visível.
Sua arrogância desnecessária com "eu tenho a caneta" só contribuiu para mostrar uma face autoritarista, que repudiamos.
Com isso e por ciúmes do estrelismo que alguns conquistaram em seu governo, Bolsonaro alijou de seu staff diversos homens públicos que poderiam contribuir para que fizesse um governo minimante qualificado, que o conduziria naturalmente a reeleição.
Seu comportamento “papai sabe tudo”, mas que não sabe nada, so ajudou a desqualifica-lo.
Dá palpite em tudo, sem consultar quem entende, e acaba falando coisas que em seguida é obrigado a desdizer.
O resultado é que conseguiu estender o tapete vermelho para um possível e indesejado retorno de Lula ao poder.
Obvio que as circunstancias econômicas desfavoráveis como a pandemia e agora a invasão da Rússia na Ucrânia ajudaram a piorar o cenário econômico e contribuir para uma ressurreição de Lula.
Mas, se Bolsonaro tivesse tido mais moderação e, principalmente, a boca mais tempo calada estaria em melhor posição política.
Graças a uma serie de confusões que se meteu Bolsonaro foi obrigado a se aliar ao centrão, que tanto amaldiçoou no passado, para não ser deposto como fizeram com Dilma.
O mesmo centrão que apoiou Lula e roubou junto com ele.
Pior, virou refém do centrão.
Mais ainda, como não teve habilidade para criar um partido para chamar de seu, foi conduzido a se filiar ao PL, partido cujo “dono” foi preso pela Lava Jato!
Que moral e que papel lhe sobrou para um novo mandato?
O da rainha da Inglaterra!

terça-feira, 15 de março de 2022

Efeito memória

 



Ainda que, atualmente, com menor frequência vejo pessoas saudosistas da ditadura militar.
Muitos nem vivenciaram aquela época.
Mas, tem uma boa memoria da economia daquela época.
Muitos nem sabem que isso ocorreu preponderantemente no governo Médici.
Estão sob influencia da memória do milagre brasileiro.
Naquela época havia pleno emprego, a renda dos trabalhadores era maior e a inflação era baixa.
Da mesma forma há uma boa memória do governo Lula.
Graças à economia mundial pujante, fez parecer que o governo Lula teve seu milagre também.
Na verdade, tanto num governo como no outro os milagres aconteceram não porque os governantes tiveram um excelente desempenho.
Fosse quem fosse o presidente nas respectivas épocas, com dinheiro sobrando na economia, qualquer governo parece ser bom.
Agora no governo Bolsonaro ocorre o mesmo, só que no sentido contrario.
Há uma memória viva de desemprego, baixa renda, inflação alta.
Essencialmente isso não ocorre porque o governo Bolsonaro seja de fato ruim.
Os efeitos adversos da pandemia na economia que agora se somam a guerra na Ucrânia, certamente vai marcar negativamente o governo Bolsonaro.
Isso acontece porque poucos se aprofundam para entender como esses milagres ou a adversidade aconteceram.
Sem entrar no mérito da gestão do governo Bolsonaro é importante que se entenda que isso pouco importa para a maioria dos eleitores.
O que de fato vai influenciar na hora do voto é a boa memória de economia.