Durante
minhas pesquisas para conhecer sobre meus ancestrais, acabei sendo direcionado
para o site http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=1119&cat=Ensaios,
onde encontrei um “primo” distante, como devo ter aos milhões pelo Brasil.
Trata-se
nada mais nada menos do que o compositor Noel
Ro sa.
De nome Noel de Medeiros Ro sa, nasceu no Rio de Janeiro, no Bairro de Vila
Isabel, em 11 de dezembro de 1910.
Tinha como característica um
queixo pequeno, talvez porque teve seu maxilar afundado durante o parto, feito
com fórceps.
Frequentador de rodas boêmias,
participou do grupo musical Bando dos Tangarás, formado por João de Barro, Almirante,
Alvinho e Henrique Brito. Em 1932, abandonou a Faculdade Nacional de Medicina,
onde estudava, para se dedicar à música. Deixou mais de 250 composições,
podendo ser citadas, entre elas: "Com Que Ro upa"
(seu primeiro sucesso como compositor, obtido em 1930), "Conversa de
Botequim", "Feitio de Oração", Pra que Mentir", "Fita
Amarela", "Palpite Infeliz", "Último Desejo",
"Quem Ri Melhor", Não Tem Tradução", "Provei", "Só
Pode Ser Você", "Três Apitos", "A.E.I.O.U.", "Até
Amanhã", "Feitiço da Vila", "Dama do Cabaré", "É
Bom Parar", "Gago Apaixonado", "O Orvalho Vem Caindo",
"Pastorinhas", "Para Me Livrar do Mal", "Pierrô
Apaixonado", "Menina dos Olhos", "Rapaz Folgado", "Cidade
Mulher" e "Quando o Samba Acabou".
Nossos laços familiares fundem-se nos tetravós dele com meus hexavós, ANTÔNIO
AGOSTINHO LOBO LEITE PEREIRA e ANA FRANCISCA de ÁVILA e SILVA.
A estrutura de ligação é através
da mãe dele Marta Correia de Azevedo, que se casou com Manoel Garcia de
Medeiros Ro sa.
E segue pela sua avó materna Rita de
Cássia de Freitas Pacheco, pela sua bisavó, Emília Augusta de Ávila Brandão,
pela sua trisavó Maria Carlota de Ávila Lobo Leite Pereira e, finalmente, por seus
tetravós Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira e Ana Francisca de Ávila e Silva.
Desse nosso ancestral em comum, Antônio
Agostinho Lobo Leite Pereira a história conta que tinha o posto de Tenente do
Regimento de Cavalaria em 1789, quando, em Minas Gerais , se
agitou a ideia de independência nacional.
Presos os principais implicados
naquele movimento patriótico, o Visconde de Barbacena mandou proceder a devassa
contra os autores e cúmplices da Conjuração.
Do longo depoimento de um dos réus
- Domingos de Abreu Vieira - consta que Tiradentes havia convidado para a
sublevação o Tenente de Dragões Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira, que teria
respondido estar pronto e era mazombo (filhos de pais europeus nascidos no
Brasil que, segundo Tiradentes, "valiam e sabiam governar e que produzindo
a sua terra tantos haveres, eles existiam sempre pobres por lhes tirarem tudo
por fora; que por isso se arrojavam a resgatá-la e a pô-la em liberdade para
cujo efeito só esperavam a oportuna ocasião em que se lançasse a derrama, pois
as minas não podiam parar").
O Capitão-General, ao dar parte
dos acontecimentos em ofício de 11 de julho de 1789, dizia que Joaquim da Silva
Xavier contava com oficiais do regimento, inclusive com o Tenente Antônio
Agostinho, e acrescentou: "porém com isto não os dou ainda por culpados,
porque ainda quando o fato em referimento seja verdadeiro, é bem possível que
ele contasse com alguns deles só por lhe terem ouvido com mais paciência as
suas invetivas ou discursos gerais de mera probabilidade".
O Governo da Metrópole ordenou que
fossem dispensados os oficiais suspeitos.
Alegando moléstia, o Tenente
Antônio Agostinho requereu e obteve baixa do serviço militar, guardando
certidões e atestados honrosos sobre sua carreira.
Na oportunidade do falecimento do
Capitão-Mor José Alves
Maciel, Antônio Agostinho foi promovido, por proposta da Câmara Municipal de
Vila Rica, ao posto de Capitão-Mor das ordenanças do termo da mesma Vila,
patente confirmada pelo Príncipe Regente.
Nossa família esteve sempre
presente na historia nacional.