domingo, 29 de outubro de 2023

A guerra do ódio




Uma coisa é justificar um ato covarde de terrorismo, como o perpetrado pelo Hamas contra Israel.
Nada justifica tal ato, para nossa concepção civilizatória.
Outra coisa, bem diferente, é entender o porquê deles terem cometido o ato terrorista.
Quando ocorre um desastre aéreo é feita uma investigação pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do país onde ocorreu o acidente.
Não para buscar culpados, pois isso cabe à investigação policial, mas para evitar que novos acidentes se repitam pela mesma razão.
Ao final dessa investigação são feitas recomendações a todas as partes envolvidas para que façam ajustes e mudanças necessárias para evitar novos acidentes.
Da mesma forma, não serei eu que o fará, pois compete aos especialistas no assunto realizarem uma analise isenta e criteriosa para responder duas questões que todos no mundo merecem um entendimento:
1) Como foi possível acontecer tal ato terrorista?
Israel dispõe de um arsenal tecnológico que, em tese, poderia ter detectado a tempo de evitar milhares de mortes e feridos, além do sequestro de centenas de pessoas inocentes, que se sentiam seguras em realizar um evento e ate para morar próximo a fronteira com Gaza.
2) Quais as razões que levaram o Hamas a cometer tal repulsivo crime?
Não se deve, como tenho visto, simplesmente acreditar que agiram assim porque faz parte da cultura muçulmana cometer atos terroristas.
Isso não é verdade.
Quando isso ocorre são exceções cometidas por radicais.
E radicais tem em toda sociedade mundial.
Vivemos, de forma geral, com excelente relação com os muçulmanos pelo mundo.
Compramos petróleo deles!
O pronunciamento do secretario da ONU, António Guterres, quando disse que o terrorismo 
"não aconteceu por acaso", foi maldosamente interpretado como se tentasse justificar o ato terrorista, o que ele não fez.
Ele disse que é preciso entender as razões para tal de insanidade do Hamas, que é uma das questões que também faço. 
Ninguém acorda um dia e diz:
Hoje vou cometer um ato terrorista, só porque me deu vontade. 
Não é assim.
É preciso que ajam condições que criem um descontentamento tão elevado, que disseminado entre um determinado grupo de pessoas faça surgir lideranças que consigam apoio para, como ultima saída, enxergarem o terrorismo como solução.
E essa manipulação é praticada em todo mundo, principalmente na politica. 
Não podemos cair na cilada da dicotomia.
Ou se apoia incondicionalmente Israel ou se apoia o Hamas.
Obvio que Israel merece nossa solidariedade e apreço.
Obvio que o Hamas merece nossa repulsa e indignação contra os atos desumanos que cometeram e continuam cometendo mantendo reféns.
Mas, isso não implica em apoiar atos desumanos que Israel também está praticando contra os palestinos que vivem em Gaza, deixando-os sem o mínimo necessário para uma sobrevivência nesse conflito.
Essa atitude do governo de Israel não encontra eco de apoio no mundo.
Há muita critica.
Digo mais, agindo com essa desumanidade Israel provoca mais sentimento de ódio entre os palestinos.
Potencializa justificativas para que outros grupos radicais continuem agindo com maior apoio, tornando esse conflito interminável.
Violência gera violência.
Israel deve reagir com toda sua força, mas sem perder a humanidade.
Se pudesse fazer uma proposta diria que Israel deveria, neste momento, tratar os palestinos que vivem em Gaza com maior acolhimento para demostrar que o Hamas só os usa como instrumento de guerra, enquanto eles os tratam como seres humanos.

domingo, 1 de outubro de 2023

Verbas publicas anti democraticas


Enquanto as autoridades ficam debatendo a tentativa de golpe em 8 de janeiro, que tem que ser discutido e condenado os envolvidos, esta sendo praticado à luz do dia, de maneira constante e ha anos, o verdadeiro golpe à democracia e ao estado de direito, sem nenhuma ação para impedi-lo.
Quem os pratica são políticos envolvidos num esquema de mal uso de verbas publicas bilionárias.
Só não vê quem não quer ver!
No nordeste, ha populações sem água e sem onde estoca-las.
Com o tanto de verbas enviadas para resolver esse problema já deveria ter sido resolvido ha muito tempo.
Poços d'água são perfurados em propriedades privadas de apadrinhados desses políticos, quando deveriam ser em locais públicos, para distribuição de água a essas populações. 
Foram flagrados centenas de reservatórios, comprados com dinheiro publico, que deveriam ter sido fornecidos gratuitamente à população carente, mas que estão abandonadas ao relento sob o efeito da deterioração.
Como se não bastasse, alguns desses reservatórios são vendidos, na cara dura, por estelionatários, que se beneficiam da proximidade com o politico que fez mal uso do dinheiro publico.
A persistir o envio de emendas, sem critérios técnicos, mas ao sabor do descaso e corrupção, continuaremos sofrendo o maior golpe politico na historia nacional.

sábado, 23 de setembro de 2023

Marco temporal


Foi julgado no Congresso, por maioria, que as demarcações de terras indígenas não devem ter como referencia a data da promulgação da constituição de 1988. 
Meu entendimento é que deveria ser discutido não o momento da ocupação.
Ate porque houve uma dinâmica na ocupação dessas terras.
Mas, o quanto de área deve ser de propriedade dos índios.
O argumento de que colonizadores europeus invadiram e ocuparam as terras dos ancestrais indígenas, que aqui viviam, é um fato consumado e não tem volta.
Pretender-se que nós, que não temos nada com isso, compensemos os índios atuais pelos atos cometidos no passado, para mim, é uma ilusão.
Ilusão que só serve para aplacar o sentimento de culpa daqueles que sentem-se culpados por atos de terceiros.
Nunca reescreveremos a historia.
Não podemos voltar no tempo e impedir tais atos.
Eles aconteceram porque era assim que se fazia naquele tempo.
Muito menos compensar os índios de hoje fara com que os índios antepassados sejam recompensados pelos atos cometidos.
O fato é que a maioria dos índios não vivem mais de maneira selvagem. 
Ainda que mantenham suas tradições e cultura, integraram-se, ao longo do tempo, e hoje vivem como nós.
Falam a nossa língua portuguesa!
Quantas vezes vimos cenas de índios usando rolex e dirigindo Hylux?
Quantos índios estiveram em Brasilia, no julgamento do Supremo, e, outras vezes, no Congresso para alguma manifestação de sua causa?
Foram  todos para la de avião!
Ate no ministério do governo Lula tem uma índia!  
Obvio, que como todo ser humano, o índio merece respeito.
Assim como os produtores rurais, que encontram-se ha anos cultivando as terras, que supostamente seriam de índios, também, merecem respeito.
Toda propriedade tem uma sucessão de donos.
Minha interpretação sobre o tema é que se mantenha a propriedade de áreas que estejam ocupadas por índios ou descendentes deles de verdade.
E não por impostores, se passando por índios, que tem o objetivo de locupletarem de terras.
Reconheça-se, sim, o direito de propriedade e seja outorgada escritura publica aos índios.
Se possível individualizada.
Como se faz com assentados no INCRA.
Mas, as propriedades devem ter dimensões proporcionais ao número de índios residentes e que seja suficiente para que possam explora-la comercialmente como produtores rurais ou extrativistas de minérios existentes na propriedade, como dispõe legislação pertinente.
E se houver justificada demanda de terras necessárias para integrar a propriedade indígena e que estejam ocupadas por produtores rurais, estes devem ser indenizados pelas terras que serão perdidas..  
É preciso entender que a humanidade não começou como vivemos hoje.
Nossos antepassados longínquos viveram a idade de pedra lascada e sofreram todo processo de evolução ate chegarmos onde estamos.
E não temos que indenizar aqueles ancestrais por nada.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

A violência é um vírus contagioso?




O médico epidemiologista Gary Slutkin, da Organização Mundial da Saúde (OMS), passou anos lutando contra doenças infecciosas na África.
Em Uganda, conseguiu combater a propagação da Aids com algum sucesso.
Ao voltar para Chicago, em meados da década de 1990, ficou chocado ao se deparar com um cenário de violência e mortes.
Abismado com o fato Slutkin começou a investigar e, após analisar dados, notou uma série de semelhanças entre a violência em Chicago e as epidemias que passou anos tentando curar.
Como epidemiologista, ele precisava identificar três fatores antes de classificar como uma doença contagiosa: aglomeração, autorreplicação e ondas epidêmicas.
Slutkin concluiu que Chicago estava de fato enfrentando uma epidemia tão grave quanto a que havia testemunhado em Uganda.
E decidiu tratar o problema da mesma maneira.
Conseguiu obter financiamento de uma universidade local e criou o “Cure Violence” (cura a violência) que é um projeto dedicado ao uso de métodos de saúde pública para combater crimes violentos.
Como primeira regra propôs que a violência não deveria ser tratada como "um problema de pessoas ruins".
Em vez disso, deveria ser abordada como uma doença contagiosa que infectava as pessoas.
Na África, Slutkin e seus colegas aprenderam que as pessoas só ouviam conselhos sobre sexo seguro se viessem de alguém em situação análoga à delas.
Usando o mesmo principio adotou uma abordagem parecida em Chicago.
Recrutou ex-membros de gangues para educar os atuais integrantes, intervir em disputas, na tentativa de evitar a violência na sua origem e atuar como “Violence Interrupters” (Interruptores de Violência).
Os resultados foram instantâneos.
A criminalidade foi reduzida significativamente na área piloto, West Garfield.
Em pouco tempo, o projeto estava sendo colocado em prática em outras regiões problemáticas da cidade.
Entretanto, para custear tal projeto é necessário verba publica, o que muitos governantes não estão dispostos a fazê-lo.
"A Unidade de Redução da Violência é um passo na direção certa, mas precisa do compromisso de todos no longo prazo", concluiu Gary.
Ate quando continuaremos utilizando conceitos equivocados no combate a violência, quando se tem um experimento de sucesso comprovado?

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

A covardia sobre os mais fracos

 



Como acontece sempre no mundo da criminalidade, os condenados com pena máxima são os mais fracos.
Aqueles que estão no comando do crime são poupados, porque são defendidos por advogados renomados, que gozam de livre transito com os julgadores.
Exatamente como aconteceu com Lula, que, mesmo corretamente condenado por crime de corrupção, teve suas condenações anuladas.
Como se não bastasse, ate as provas que o condenaram foram declaradas nulas.
Ou seja, não houve o crime do maior roubo aos cofres públicos praticados por políticos e empresários inescrupulosos.
Tudo fantasia de nossa imaginação.
Sou levado a concluir que, para esses julgadores, a corrupção não atenta contra a democracia!
O mesmo tribunal que inocentou Lula agora se posta como defensor da democracia, sem que tenha moral para isso.
Esse tribunal está no comando da maior covardia praticada contra o cidadão comum.
A espetaculização que assistimos na condenação dos primeiros julgados por terem participado da invasão aos prédios dos poderes da republica, em 8 de janeiro, é uma afronta ao bom senso e ao ato de se praticar Justiça maiúscula.
O pior é que essa afronta já existia por mantê-los detidos, sem que houvesse fundamentos jurídicos para justificar tal ato, além do autoritarismo praticado.
Obvio que os invasores e depredadores tem que ser condenados pelo crime, efetivamente praticado, de deterioração do patrimônio público.
Ninguém, que acredita na verdadeira Justiça, é a favor da impunidade.
Somos a favor de um julgamento justo.
Pretender imputar toda a culpa nessas pessoas, como as alegações que basearam as decisões do julgamento dos primeiros condenados, é ridiculamente absurda.
Todos esses indivíduos detidos e que serão julgados não pertenciam à cúpula da tentativa de golpe.
Essas pessoas foram iludidas, ao longo do governo Bolsonaro, e apoiavam, sim, a fantasiosa ideia de que os militares iriam dar um golpe de estado e impedir que Lula governasse.
Sem querer minimizar o ato cometido por eles, o fato é que eles eram apenas buchas de canhão, destinados ao fracasso.
Eles não estavam municiados com armamentos bélicos para um confronto.
Nem as autoridades, que não estavam nos palácios invadidos, foram alvos de privação da liberdade, como acontece em toda revolução armada.
Sequer havia uma liderança de campo comandando a queda do poder constituído.
Desta forma a rebelião já nasceu morta.
Se abstraíssemos a hipótese de vitoria do pretendido golpe, que papéis de importância na estrutura de poder teriam essas pessoas?
Nenhum.
Continuariam sendo cidadãos comuns, continuando sua vidinha, apenas satisfeitos, no primeiro momento, pelo êxito alcançado por terceiros.
Terceiros esses que estão livremente circulando.
O fato é que se houvesse um policiamento ostensivo nem invasão dos prédios teria acontecido e o ato de vandalismo teria ficado restrito a uma manifestação como tantas outras.

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

A jararaca ataca!



Lula disse em 2016, quando de sua condenação na Lava Jato:
“Quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. E a jararaca esta viva como sendo esteve.”
Agora estamos vendo que a jararaca se elegeu com o objetivo de buscar revanche.
Parece que vai conseguir seu desiderato.
Para isso conta com o Supremo como instrumento de seu revanchismo.
O Supremo, há tempos, deixou de atuar como uma corte isenta e impessoal, como se espera da Justiça em sua ultima instancia.
Já havia sentenciado, anteriormente, favoravelmente no processo de anulação dos julgamentos de Lula.
O que o habilitou para concorrer à presidência.
Estamos como o sapo na panela vendo a água esquentar e nada faz.
Como ficamos quietos e Lula se elegeu, o Supremo sentiu-se seguro para continuar sua empreitada revisional.
Desta vez coube ao ministro Dias Toffoli, que de maneira monocrática, anula fatos reais e reescreve a história transformando Lula de réu em vitima.
Para isso acata a prova ilegal feita pelo criminoso hacker, que gerou o processo anulou os julgamentos de Lula.
Esse tem valor!
E despreza milhares de provas, que serviram de base para as decisões condenatórias da Lava Jato, como se não existissem.
Agrava-se pelo fato de que uma decisão de suma importância deixou de ser resultado de uma reunião do colegiado que integra o Supremo, como deveria ser sempre qualquer decisão do Supremo, uma vez que é uma corte e não um juízo singular.
Ainda que seja possível especular que a decisão que Toffoli tomou, se fosse tomada no pleno do colegiado, teria maioria de votos semelhantes.
Como se não bastasse Dias Toffoli, com o objetivo de execrar todos os que participaram nos processos que condenaram Lula, determinou que a Advocacia Geral da União apurasse responsabilidades, pretendendo transforma-los de heróis em vilões.
Cumpre-se a ameaça de vingança que Lula, após sua posse, sentenciou, em especial, contra o juiz Sergio Moro e contra todos que participaram de prisão.
Continuaremos quietos?
Não sei como será a reação das pessoas que se sentiram indignadas com tudo isso.
Mas uma coisa é certa.
O 8 de janeiro não aconteceu por acaso.
Ainda que tenham agido de maneira criminosa destruindo patrimônio publico, o fato gerador que fez com que agissem foi estarem cansados das injustiças que assistimos diariamente.
A maioria não aguenta mais!
Como disse um amigo: “Vamos viver pra assistir o surgimento de uma nova rebelião, para o bem ou para o mal, como todas as outras.”
Essa corrupção ao principio de Justiça pode ser o estopim para uma revolta popular.
O que me preocupa.
Vivemos um momento de intensa disputa ideológica.
Lembro que o nazismo surgiu com uma insatisfação geral do povo alemão num momento de extremismos ideológicos, como vivemos hoje.
Outro exemplo foi a vitoria de Fidel Castro em Cuba, que não foi uma revolução para implantar o comunismo, mas a deposição do ditador Fulgêncio Batista.
Se o povo cubano também não estivesse exaurido da ditadura, Fidel e sua turma não teriam logrado êxito.
Acho que temos que agir contra essa aberração.
A solução, que vejo, é ir pras ruas protestar de maneira ordeira e sem ideologismos.
Não podemos tolerar mais essa ditadura do judiciário.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

A discórdia entre nós


Vivemos um momento chato na convivência social.
A divisão entre dois grupamentos, que são antagonicamente ideológicos, deixou de ser cordial e passou a ser uma guerra.
Para sustentar cada um desses pensamentos ideológicos foram criados dogmas, que servem como amálgama entre os componentes de cada grupo. 
Cada um desses grupos acreditam em seus dogmas, por mais absurda que possam ser em sua essência.
Na batalha, em defesa de seu grupamento, militantes utilizam-se das mídias sociais para difundir suas convicções.
Para que os militantes consigam sensibilizar quem as recebem utilizam-se de
mentiras.
Como todos sabem, a mentira é mais doce.
A verdade é mais amarga e difícil de ser apreciada.
Por isso o emprego da mentira consegue ter sucesso. 
Esses difusores de mentiras pegam parte de fatos verdadeiros e, em cima deles, criam mentiras fantasiosas contra o adversário ideológico e as divulgam como se verdade fossem, objetivando criar um choque no receptor desprevenido.
Ha dois objetivos em suas comunicações:
Um, primordial, é confraternizar entre si.  
Como fazem parte do mesmo grupo fanático, ao receber as mensagens, estes receptores se rejubilam pela confirmação de suas teses, também fantasiosas.
E replicam, avidamente, para maior difusão de "suas verdades". 
Outro objetivo é capturar, para seu grupo, aqueles alvos que encontram-se alheios a qualquer um dos grupos e estejam num momento de indefinição.
Esses alvos não fazem parte de nenhum grupo fanático.
Mas, ao receber essas mensagens caem na cilada, porque alguma coisa os sensibilizou.
Acabam replicando a mensagem e ajudam o grupo, que lhe enviou a mensagem, a difundir mentiras.
Alguns desses replicantes podem aderir, ainda que superficialmente, ao grupo.
Outros, mais reticentes, continuam sem aderência ao grupo
Ha ainda aqueles que repudiam a mensagem recebida.
Cada um, a seu modo, tem uma reação.
Alguns, como eu, contestam, explicando a mentira àquele que enviou a mensagem.
Algumas vezes somos ofendidos por descortinar a mentira, que para o fanático é um dogma que esta sendo vilipendiado.
Outros preferem deixar quieto, ignoram e nada falam, para evitar conflito e um relacionamento desagradável, principalmente quando essa militância acontece no ambiente familiar.
O problema que vejo nesse acirramento ideológico, alem da convivência chata, é torna-se potencial para a tomada de poder absoluto, por qualquer um dos grupos, e virarmos uma ditadura.
Evidentemente, que, sem armas, não ha como exercer uma ditadura.
Também não basta só ter armas.
É preciso o envolvimento das elites das estruturas de poder no conluio.
Aquele grupo que trouxer as forças armadas unidas ao Poder Legislativo e ao Poder Judiciário poderão reproduzir o que aconteceu na Venezuela ha anos. 
Bolsonaro, enquanto esteve no poder, conseguiu adesão parcial das forças armadas, mas não encontrou apoio de peso no Legislativo e acabou por se tornar inimigo dos membros da elite do Judiciário.
Resultado que suas insinuações de um golpe de estado ficou só no imaginário de seus correligionários. 
Lula, apesar de ter sido contemplado pela elite do Poder Judiciário, com a anulação de seus processos, que permitiu ter-se reabilitado para se tornar presidente, não detêm apoio do Poder Judiciário para aventuras anti democráticas.
Muito menos das Forças Armadas e do Legislativo.  
Apesar de haver baixo risco para uma ditadura, em parte isso já esta acontecendo com o empoderamento da Justiça.
Apesar de não fazerem parte integrante de nenhum dos grupos fanáticos.
Agem de maneira autônoma.
Conseguimos sentir os efeitos nocivos de uma ditadura, ainda que restrita ao poder Judiciário.
Isso acontece porque ha abuso do uso da Justiça. 
Muitos assuntos polêmicos, que deveriam ser objeto de discussão no Parlamento, são levados ao conhecimento desse Poder, que dá acolhimento e decide assuntos que vão além de sua função precípua de guardião da Constituição e controle da constitucionalidade em decisões inferiores.
Como esse Poder detém, em ultima instancia, a palavra final de algumas decisões importantes, que deixam de ser decididas democraticamente, no Parlamento, e passam a ser decididas por um diminuto grupo. 
Embora, suponho, não faça parte de um complô, o empoderamento do Judiciário ocorre ha tempos.
Teve sua gênese no afrouxamento da legislação criminal, promovida pelo Poder Legislativo.
Esse abrandamento serviu de base para o aumento da impunidade, que domina a Justiça brasileira.
É estarrecedor o numero de criminosos que tiveram decisões em instancias inferiores  e superiores anuladas ou abrandadas.
Isso sem contar a corrupção que permeia todo a estrutura institucional brasileira, com mais ou menos intensidade, dependendo do caso.
O empoderamento do Judiciário fez com que sua elite se tornasse celebridade.
São expostos  a cenas nunca imagináveis, no passado.
São vistos convivendo explicitamente com aqueles que se servem dos tribunais para resolver suas questões judiciais. 
Esse comportamento vai contra o principio da impessoalidade e da moralidade.
Os políticos, de maneira geral, que deveriam impor freios a esse empoderamento, não demonstram estar em busca de solução para esse problema.
Nem os grupos fanáticos.    
E ficamos em discussões tolas de cunho ideológico ficcional.   

domingo, 3 de setembro de 2023

A divindade da Justiça



Li noticia de que o Tribunal Superior do Trabalho - TST suspendeu plano de demissão da Eletrobras e me surpreendi.
Como assim?
Houve algum desrespeito à legislação trabalhista pela empresa ao formular esse plano?
Fui me inteirar.
Não há!
O argumento do sindicato dos trabalhadores, autor do pedido junto ao TST, alega que, se concretizada a demissão, haveria perda de qualidade do serviço.
Mas, isso não diz respeito a legislação trabalhista!
Portanto, entendo que não cabe ao TST se envolver nesse tipo de discussão.
Deveria arquivar o processo e a vida segue.
Para analisar o desempenho operacional da Eletrobras, como das demais empresas do ramo, existe a ANEEL, agencia reguladora, que, esta sim, poderia tomar medida contra a Eletrobras, caso ficasse constatado perda de qualidade do serviço.
A posteriori.
Para uma medida cautelar que, eventualmente, a ANEEL pudesse tomar, não pode ser na base do achismo.
Deveria haver estudos técnicos detalhados que levassem a conclusão que as demissões, pretendidas pela Eletrobras, realmente trariam problemas operacionais graves.
A medida cautelar do TST, cuja especialidade é restrita a analise da legislação trabalhista e não abrange a operação e gestão de empresas, na base do achismo, entendo ser absurda.
Mesmo que houvesse fundamento técnico, que justificasse ingerência na gestão da empresa, não cabe ao TST faze-lo.
A menos que se julguem deuses. 
E parece que se julgam, pois a ingerência de outros tribunais virou rotina no Brasil. 

sábado, 2 de setembro de 2023

Brasil pra frente!



O PIB brasileiro cresceu 09% no 2º trimestre.
Temos que comemorar!
E continuar torcendo para que o Brasil cresça mais, gere mais empregos e renda para nossos trabalhadores.
Os números mostram que a economia brasileira está sadia, mesmo diante das adversidades mundiais.
Devemos ter atitudes positivas e comemorar quando estamos no rumo certo.
Nossos empreendedores demostram que acreditam no Brasil e continuam trabalhando para que seus negócios deem bons resultados.
Evidentemente que ha uma agenda repleta de temas, que precisam ser tratados para que a economia continue sadia e crescendo.   
E devemos cobra-los de nossos políticos.
O fato relevante é que o governo Lula está agindo em sintonia com o desejado para que a economia cresça. 
Diferentemente daquelas atitudes negativas, como aquelas previsões pessimistas, sem fundamentos, puro achismo, daqueles que o fazem apenas porque Lula esta na presidência.
Argumentos a favor ou contra qualquer candidato a presidente deve restringir-se à época das eleições, quando escolhemos um deles.
Encerrada as eleições, o que importa é desejarmos que o eleito faça um bom governo, para termos um pais bom para se morar e criar nossos filhos e netos.
Obvio que isso não significa omissão.
Temos, sim, que 
cobrar ações governamentais que tornem nosso pais melhor.
E criticar qualquer proposta ou ações que consideremos inadequadas tomadas pelo governo Lula ou de quem quer que seja o presidente.
Mas, de maneira objetiva e realista.




quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Urnas sem forças armadas




A nova PEC, que tramitara no Congresso, tem como objetivo impedir que militares das forças armadas, na ativa, participem de eleições para cargos públicos.
Os membros das forças armadas são bem vindos no mundo politico.
Como todo cidadão brasileiro, os militares das forças armadas tem o direito a participar como candidato a eleições.
Mas, não quando estiverem na ativa, como prevê a PEC.
Mas, esta aquém do desejado, no meu entendimento.
Para mim, essa exigência deveria valer para todo e qualquer funcionário publico, que esteja na ativa.
Todos eles, que quisessem participar de eleições para cargos públicos, também, deveriam estar impedidos.
A menos que renunciem ao cargo, como fez, exemplarmente, o juiz Sergio Moro, que, ao optar pela politica, desligou-se totalmente da magistratura.
Mas, não é isso que acontece, de maneira geral, no serviço publico.
Todos os funcionários públicos que se habilitam como candidatos a cargos públicos querem continuar com seus empregos públicos garantidos.
Querem continuar recebendo seus salários, sem trabalhar!
Querem continuar a contagem de tempo para sua aposentadoria, como se estivessem trabalhando.
Qualquer um de nós, que não seja funcionário publico, quando resolve ingressar na politica como postulante a cargo publico eletivo é praticamente obrigado a se exonerar de seu trabalho.
É praticamente impossível conciliar o trabalho com atividade politica eleitoral.
Mas, infelizmente, nossa democracia não é politicamente laica

domingo, 27 de agosto de 2023

123... miragem!

 


Lastimo que pessoas tenham sido vitimas do golpe da 123 milhas.
Mas, como caíram nesse estelionato?
É verdade que o fato da empresa 123 milhas estar presente em publicidade de varias mídias nos induz a acreditar que fosse idônea.
Como de fato, ate o recente problema acontecer, parecia ser.
Entretanto, não podemos esquecer da maneira que todo estelionatário aplica.
Vendem credibilidade para que a vitima relaxe em seu modo de atenção.
Em seguida aplicam o golpe.
E você, feliz, ainda agradece sem perceber que foi lesado.
Agora, pensando friamente.
Como é possível acreditar em ofertas fabulosas de preços de passagens aéreas, quando se sabe que o preço ofertado no mercado é bem maior?
Assim como essa empresa conhecida, ela própria, foi capaz de enganar tanta gente a coisa está pior no mundo de hoje.
Há falsos agentes de bancos ou cartões de crédito, que se identificam como integrantes da equipe de segurança, que nos ligam ou mandam mensagens que chama nossa atenção.
Nos noticiam que houve uma fraude, que apuraram em sua conta, para, em seguida, obter suas informações bancarias e senhas.
Quando acertam o banco ou a bandeira de seu cartão de credito, que você tem conta, você fica perturbado com a noticia, levando-o a cair nesse surrada armadilha.
Apesar de alertas dos bancos para que você não divulgue para ninguém sua senha, ainda tem gente que se submete a esse golpe!
Tenho visto no facebook e em outras mídias sociais anúncios de varejistas conhecidas, com logotipos delas,  fazendo ofertas de produtos, que queremos consumir, por preços super vantajosos.
Mas na verdade são bandidos se passando pela empresa.
A atração pela vantagem é tanta que o golpe acaba dando certo e você vira mais uma vitima.
Enfim, a todo momento, ha bandidos querendo nos enganar de varias formas.
Como dizem os escoteiros:
Fique sempre alerta!
Desconfie sempre de tudo aquilo que possa lhe parecer muito vantajoso.
Não aceite ajuda de estranhos afáveis, quando você não pediu isso.
Relaxe o "espirito de Gerson", que esta dentro de nós, de querer levar vantagem em tudo.

sábado, 26 de agosto de 2023

A Argentina que sirva como exemplo



Lula, que demonstra tanta afeição à Argentina, ou, especificamente, a seus lideres esquerdistas, deveria olhar sem o filtro da utopia ideológica que acredita e ver com clareza o que acontece naquele país, para não nos levar no mesmo caminho.
A desordem social e saques recentes na Argentina mostram o esgotamento da tolerância, o desespero e o desalento da população.
O argentino sofre as agruras de um governo medíocre, populista e irresponsável, que o levou a uma pobreza terrível.
O governo do presidente Alberto Fernandez é o responsável por tudo isso.
Ao invés de fazer os ajustes necessários nas finanças publicas, Alberto deu continuidade a mesma politica, sabidamente errada, 
dos governos esquerdistas anteriores, que são baseadas em regras ideológicas desconectadas da realidade mundial.
Se Alberto rasgasse a doutrina esquerdista, que acredita, e que, supostamente, melhoraria a vida do argentino e tivesse agido como recomendam os manuais da boa governança publica, obviamente, traria agruras no curto prazo, mas, certamente, colocaria a Argentina nos trilhos.
O resultado é que a atual inflação chegou aos três dígitos, houve uma exorbitante desvalorização do peso frente ao dólar e, consequentemente, aumentou a divida externa.
O pior é que essa turma não faz reflexão de seus erros, para corrigi-los.
Se acham os donos da verdade.
Acreditam que recauchutando suas ideias ultrapassadas, com um novo verniz, é o suficiente para não persistir nos mesmos erros.
Enquanto esses governantes ignóbeis acreditarem que o estado é a maquina que produz riqueza, gastando o que não arrecada, endividando o estado sem parar e tomando decisões populistas que maquia a economia, com preços irreais de serviços públicos, além de desprezar a iniciativa privada, que é quem realmente tem condições de fazer a economia deslanchar, o pais vai a bancarrota.
Não existem milagres.
Ou Lula administra o Brasil com responsabilidade fiscal recomendada ou nosso fim será o mesmo.
Por outro lado, cabe ao Congresso, também, a tarefa de impedir que o governo trilhe por caminhos errados.
Finalmente, o pior disso tudo, na Argentina, será a eleição de 
Javier Milei, outro ilusionista, mais despreparado, incapaz e com idéias malucas, como voto de protesto.
Impressionante como o descontentamento da população é manifestado de maneira irracional.
Lá e no mundo todo. 
A consequência, já sabemos, trará mais desgraça àquele país!

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Estelionato sindical à vista!!




Depois de anos e anos de clamor, pelos trabalhadores, pelo fim do imposto sindical compulsório foi, finalmente, extinto pelo Congresso em 2017, durante o governo do presidente Temer.
Com essa medida, vários sindicatos de fachada tiveram suas atividades encerradas. 
Os sobreviventes tiveram sua receita drasticamente reduzida.
Encerrou-se, ainda que parcialmente, uma das muitas mamatas que abasteciam dirigentes sindicais inescrupulosos, que viram secar o leite que mamavam.
Já naquela época havia uma máfia sindicalista atuante e restrita a um grupo que, no passado, tomaram posse da diretoria e por la ficavam indefinidamente.
Para participar da eleição para a diretoria do sindicato só era permitido para aqueles filiados aos sindicatos. 
Mesmo quando o trabalhador era obrigado a pagar o imposto sindical isso não lhe dava o direito de votar na diretoria. 
Para se candidatar a diretoria então era mais complicado, pois o grupo fechado manipulava as eleições a seu favor, utilizando varias artimanhas.
Em alguns sindicatos houve ate morte de concorrentes indesejados.
Nunca houve a preocupação dos políticos em para tentar dar mais lisura na composição e eleição da diretoria.
Afinal, muitos políticos utilizaram os sindicatos como trampolim para se elegerem.
No meu entender, para haver um pouco de arejamento, deveria, no minimo, ser proibida a reeleição ou mesmo a eleição de membros da diretoria que encerrava o mandato.
Com o retorno de Lula na presidência muitas idéias retrogradas, que se acreditava que ficassem no passado, acompanharam-no revigoradas.
Uma delas, o retorno do indesejado imposto sindical.
Os dirigentes sindicais vislumbram que com Lula presidente isso seria possível.
Afinal Lula era integrante da mafia sindical, portanto não se negaria a atende-los.
É verdade que o Congresso, apesar de apoiar seu governo, em temas de ideologia petista emboloradas tem votado contra.
O Congresso diz mais, com todas as letras, que o apoio é restrito a temas que eles consideram de interesse nacional.
Parece que entendem que o imposto sindical não é.
Aguardemos ansiosos que continuem pensando assim.
Entretanto, no Palácio do Planalto a proposta de ressuscitamento do imposto sindical obrigatório está na pauta.
O ministro do Trabalho Rogério Marinho, insiste em encaminhar ao Congresso um projeto de Lei para aprovação dessa ideia fora de época.
Como sabe que o imposto sindical obrigatório nos moldes antigos não será aprovado, Marinho vem, agora, com uma conversa de estelionatário.
Para justificar a retomada do indesejado imposto usa como argumento que não será obrigatório de plano.
Mas, o será, por sindicato, após de decisão coletiva dos membros deles.
Ou seja, os sindicatos convocam uma assembleia, que poucos trabalhadores terão vontade e condição de participar, para decidir sobre a cobrança. 
Feita a maioria, por meia dúzia de ratos, que estariam presentes, viraria obrigatório para todos os trabalhadores daquele sindicato. 
Marinho fez até um paralelismo com decisões de condomínio.
Disse que feita a assembleia condominial, após apurado os votos dos temas de interesse do condomínio, que gerem custos, vira obrigação para todos os condôminos. 
Da mesma forma, completou Marinho, sarcasticamente, quem não comparecer à assembleia terá que se submeter às decisões tomadas.
Entretanto, há uma enorme diferença.
No condomínio eu sou dono da unidade e tenho condições de participar de assembleias, pois moro no condomínio. 
Mesmo que não possa ir, é possível que seja representado por procuração.
Além de que os projetos aprovados resultarão em beneficio de todos os condôminos, que terão valorizado seu imóvel.
Diferente do trabalhador que não será beneficiado com nada pelo fato de pagar imposto sindical.
Além de que, pelo fato de não ser sindicalizado, como acontece em geral, o trabalhador não poderá ser representado por procuração.
O que é compreensível.
Como saber se determinada pessoa é um potencial contribuidor do imposto sindical naquele sindicato?
Qualquer um pode se arvorar habilitado para votar.
O que, entre nós, poderá ser um dos estratagemas da mafia.
Convocar elementos estranhos para participar da assembléia para formar maioria a seu favor.
Para evitar isso, deveria se criar no sindicato uma especie de cartório eleitoral para habilitar cada votante e checar, no momento da eleição, o titulo de eleitor sindical.
Sabe quando farão isso?
Nunca!
Finalmente, para o trabalhador que se dispusesse a comparecer à assembleia de seu sindicato para votar, terá que faltar a seu emprego.
Com isso sofrerá desconto salarial pelo dia de falta e do descanso semanal remunerado.
Perda dupla, pois ao final, se aprovado ainda terá que arcar com o custo do imposto sindical.  


quarta-feira, 23 de agosto de 2023

O teto ruiu!



Foi aprovado pelo Congresso e vai para sanção presidencial o novo arcabouço fiscal.
Com isso se acabou com o teto de gastos.
Na verdade o teto de gastos era uma medida inócua e desnecessária.
Foi criada como ilusionismo midiático.
Bastava o presidente da vez solicitar autorização do Congresso para furar o teto, que era aprovado e ficava liberado para gastar além do possível no orçamento.
Como sempre, nossos políticos buscam paliativos para enfrentar o verdadeiro problema.
O custo da maquina publica!
O que realmente é preciso fazer é uma Reforma Administrativa bem planejada.
Fala-se muito que o estado brasileiro é obeso.
Na verdade, não é.
Esta é mal distribuído.
Na prestação direta de serviços públicos faltam funcionários!!
Mas, sobram ASPONES: Assessores de Porra Nenhuma.
Além, é claro, de distorções salariais e de benefícios entre os funcionários públicos.
Aqueles com maior poder de influencia junto aos políticos conseguem engordar, ano apos anos, seus já altos salários e benefícios infindáveis.
E quanto mais poder tem, mais ganham!
Enquanto isso a maioria ganha relativamente mal e não tem voz.
Mas, ha mais problemas.
Há baixa qualificação daqueles que prestam serviços diretamente ao publico.
E o estado não se propõe a requalificar seus funcionários.
Por outro o estado também não cobra eficiência.
Até porque a demissão de um funcionário publico, na pratica, é quase impossível.
E fica esse me engana que eu gosto.
O correto seria tornar todo funcionário publico não mais estatutário, mas CLTista.
No caso de demissão isso daria a ele os mesmos direitos trabalhistas da iniciativa privada. 
Por outro lado, o funcionário publico, que está acorrentado no emprego publico, em razão das vantagens que vê em se manter no estado, se sentiria com mais liberdade para pedir demissão, caso o trabalho não mais corresponda a sua expectativa.
Assim, o processo de demissão ficaria mais fácil e justo, como acontece na iniciativa privada.
A conclusão é que o problema não esta no teto.
Esta nas fundações!

domingo, 20 de agosto de 2023

Para nós brasileiros o que vale é a fofoca. A Lei é só um detalhe.



Dois fatos que empolgam as fofocas brasileiras:

Um é sobre as joias que Bolsonaro recebeu de presente em suas poucas viagens ao exterior.
Bolsonaro entendeu que eram suas.
Exatamente como fizeram ex-presidentes no passado.
Também se especulou quando Lula deixou o Palácio do Alvorada com caminhões que continham presentes.
Mas, naquele momento a fofoca ficou reduzida aos poucos que eram contra ele.
Não ganhou dimensão judicial.
Mas, no caso de Bolsonaro foi diferente.
O Supremo levantou suspeição sobre a legalidade da posse das joias que Bolsonaro recebeu.
Como há uma onda contra Bolsonaro, o assunto virou fofoca. 
Fica-se especulando sobre a venda das joias nos EUA, se Mauro Cid vai "entregar" Bolsonaro, como foi a participação de Wassef no resgate das joias.
Como todo mundo gosta de uma fofoca e isso vende mídia, então é obvio que esse seja  assunto do momento.
Entretanto, não vejo a discussão sobre a questão fundamental, que é saber se a posse das joias por Bolsonaro era ou não legal.
Segundo afirma, convictamente, o advogado de Bolsonaro, o Professor Paulo Amador Cunha Bueno, a legislação permitiria que Bolsonaro ficasse com as joias.
Ele ate confirma que Bolsonaro estava de posse das mesmas.
Esse é o fundamento de sua defesa.
Se estiver errado, vai levar seu cliente direto para a cadeia.
Por outro, para alimentar a barafunda a Justiça não se pronuncia, definitivamente, se a legislação permitia ou não que Bolsonaro ficasse com as joias.
Na medida que a Justiça julgue, encerra-se essa fofocaiada.
Mas, ai acaba o circo!

Outro fato é sobre o apagão elétrico do governo Lula.
Os integrantes do governo vão ai ficar só no discurso ideológico contra a privatização da Eletrobras?
Cade as explicações técnicas, que trouxe problemas pelo Brasil afora?

sábado, 19 de agosto de 2023

O Coliseu brasileiro

 


Assim como em Roma Antiga havia um Coliseu, onde as pessoas tinham atendidas suas necessidades de circo, aqui no Brasil também temos o nosso.
Nosso Imperador não é uma figura única, como em Roma, mas um triunvirato, no nosso caso, constituído por 11 Imperadores.
Nosso Senado romano é constituído pelo Congresso e por um Presidente, eleitos pelo povo.
E, como em Roma, nosso Senado romano indica e legitima os Imperadores.
Em nosso Coliseu também há a luta dos gladiadores, para diversão do povo.
Por aqui os gladiadores são os políticos eleitos pelo povo.
Anos atrás, para lutar no Coliseu, surgiu o gladiador Lula.
Para sua sorte, a Roma brasileira passava por um momento de prosperidade econômica, que abastecia com fartura o pão, que compunha a famosa estratégia “panem et circenses” para dominação do povo.
Assim, Lula, em sua luta, tinha a plateia o aplaudindo.
Quando os leões foram soltos para enfrentar Lula, estes estavam tão bem alimentados pela ração, que Lula providenciara a eles, antes da batalha, que dormiam na arena, para espanto e riso do publico.
Depois descobriram que a ração tinha um ingrediente poderoso: a corrupção!
Isso aborreceu a plateia, que gostava mais de ver sangue do que leões sonolentos.
Como castigo, Lula foi chamado para digladiar com Moro, que não era político, mas um bravo guerreiro.
Nas suas investidas contra Lula, Moro deu-lhe umas boas estocadas.
A plateia entusiasmada pela habilidade de Moro o aplaudia.
Moro tornou-se um ídolo nacional.
Numa ultima luta contra Moro, este conseguiu levar Lula ao chão.
Como de praxe no Coliseu, o gladiador perdedor tinha sua vida ceifada pelo vencedor.
Mas, antes, o Imperador, que assistia a luta de sua tribuna, tinha a supremacia da decisão do destino do derrotado.
Nesse caso, o Imperador levantou o polegar para cima, poupando a vida de Lula, permitindo que recuperasse de suas feridas e pudesse treinar novamente para novas lutas.
E a Moro, o vencedor, numa inversão total, foi-lhe imposta a derrota.
Nesse meio tempo surgiu o gladiador Bolsonaro.
Que prometia tornar a parte da luta com os leões com mais lisura, sem o uso da ração com corrupção.
Mas, sua ambição de tornar-se o melhor gladiador levou-o a atacar o Imperador Alexandre de Moraes.
Este reagindo ao ataque disse:
- Até tu Brutus Bolsonaro?
Nosso Julio Cesar conseguiu se safar do ataque e decidiu digladiar com nosso Brutus.
Antes, porém, houve uma batalha preliminar de Bolsonaro contra Lula, que já reabilitado, se saiu vitorioso.
Ai entrou na arena o Imperador para a batalha final.
Entretanto, Bolsonaro não teve a mesma sorte de Lula.
Para azar de Bolsonaro, como havia surgido uma pandemia, que ele não teve habilidade para enfrenta-la, parte da plateia estava contra ele.
Por outro lado, o gladiador Alexandre, que é muito mais habilidoso e preparado para a luta, começou a estocar Bolsonaro, que se defende como pode, mas dá mostra de derrotado.
A plateia quer sua cabeça.
A historia brasileira contará o desfecho.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

A inexplicável estoria do hacker Delgatti





La atrás, o hacker Delgatti invadiu e gravou as contas dos celulares de Moro e dos procuradores da Lava Jato.
Na sequencia ele divulgou o conteúdo da gravação, homeopaticamente, revelando que os expoentes do combate à corrupção se comunicavam entre si, durante a fase de julgamento de Lula, num suposto conluio para incriminar Lula de maneira irrefutável.
Esse crime ficou conhecido como operação Vaza Jato.
Tal fato levou a Lava Jato a um descredito tal, que acabou por matar a operação, e culminar com o anulamento das condenações de Lula no Supremo.
Isso contribuiu para que Lula fosse reabilitado politicamente e permitiu que concorresse a eleição de 22, que acabou vencendo.
Apesar de não haver provas é possível fazer ilação de que Delgatti não agiu por conta própria.
Mas a mando de alguém que tivesse como objetivo anular as condenações de Lula.
Ou Delgatti agiu mesmo por voluntariedade?
Delgatti disse que agiu na Vaza Jato porque, como eleitor de Lula, acreditou que havia uma perseguição contra ele.
Será que esse motivo seria o suficiente para motiva-lo, além de saber que ao faze-lo ganharia notoriedade nacional e teria seu dia de fama?
Ou, alem disso, houve um pagamento para esse serviço?
E, complementarmente, aguardava um indulto pelo crime cometido que seria dado por seu beneficiário maior?
Apesar dos desdobramentos políticos favoráveis a todos aqueles condenados ou com processos em andamento, Delgatti foi condenado e preso pelo crime cometido.
Não ha evidencias, ate o momento, de que os beneficiários de seu crime o ajudaram tanto para livra-lo da prisão, como financeiramente.

Ai entra em cena a deputada Carla Zambelli que aparece numa foto com o hacker Delgatti.


O que levou a deputada a se unir a um condenado por um crime, que contribuiu para anular as condenações de Lula, inimigo politico de Bolsonaro?
Será que ela entendeu que ele era mercenário o suficiente para trabalhar para quem lhe desse fama, dinheiro e indulto, não importando a ideologia politica?
O fato é que Zambelli levou Delgatti a uma reunião com Bolsonaro para, supostamente, urdir uma tentativa de invasão às urnas eletrônicas para sabota-las e prestar uma assessoria técnica especializada ao comando militar e emitir quesitos ao TSE.
Alem de prestar outros serviços de sua habilidade profissional criminosa.
Agora, Delgatti volta-se contra Bolsonaro revelando a suposta trama que se envolveu com a deputada e Bolsonaro.
Afinal, Delgatti tem sua atuação por conta própria ou trabalha a mando de quem?
E Zambelli agiu como uma tola desorientada ou se achava mais esperta que todos?
Isso tudo me deixou confuso.
Parece estoria de manicômio.

domingo, 13 de agosto de 2023

Ascensão e queda de um ....


Como classificar Bolsonaro?
Um sujeito que tinha uma promissora carreira no exercito nacional, colocou-se contra a instituição de maneira sórdida e teve que se afastar.  
Abraçou a carreira politica, que imaginava ser sua aptidão profissional, e chegou à Câmara Federal.
Entrementes, vivia no limbo do Congresso, no baixo clero, sem nunca ter apresentado ideias brilhantes à nação.
Seu maior destaque foi quando criou uma inusitada briga com sua colega petista, Maria do Rosário, que entrou no jogo dele, ou, talvez, ele no dela, que acabou por torna-los celebridades na mídia.
A partir dai, Bolsonaro entrou no radar das pessoas indignadas com a roubalheira promovida por Lula, PT e toda gangue indiciada na Lava Jato, como o herói nacional que resgataria a moralidade publica.
Virou ídolo nacional de combate a corrupção e acabou sendo eleito Presidente da Republica.
Ainda que não estivesse preparado para o cargo, isso não seria problema.
Conseguiu reunir ministros que poderiam ajuda-lo a fazer um bom governo.
Mas, desde o inicio, começou a mostrar sua baixa intelectualidade e alta ambição mesquinha.
Tentou nomear um de seus filhos como embaixador do Brasil nos USA, justificando que este estaria capacitado, por ter trabalhado numa lanchonete nos USA, fazendo hambúrgueres!
Com a chegada da pandemia mostrou seu total despreparo e desequilibro emocional.
Acreditando que a pandemia traria, em seu rastro, uma debacle na economia nacional, como de fato aconteceu mundialmente, e, como consequência, ofuscaria sua projeção como um grande governante, resolveu enfrentar a doença pelo caminho errado.
Opôs-se aos precários meios disponíveis no combate a doença, como o afastamento social e o uso de mascaras.
Não satisfeito com a falta de proeminência no combate a pandemia, demitiu seu ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, que, por ser medico, fazia um bom trabalho e se destacava na mídia por isso.
Decidiu nomear em seu lugar um fantoche, que, reconhecendo essa condição, disse: 
"Um manda e o outro obedece".
E Bolsonaro se apresentou como o grande especialista no assunto de combate a Covid 19, fazendo propaganda da ivermectina e cloroquina, cuja eficiência era contestada por verdadeiros especialistas no assunto. 
Quando surgiram as vacinas refutou-as, alegando que quem a tomasse viraria jacaré, entre outros argumentos tolos.
Mas, acabou tendo que colocar o governo na aquisição e distribuição das mesmas.   
Apesar dele próprio e de seus assessores próximos, refutarem serem vacinados.
Com a saída das melhores cabeças dos seus ministérios, restou-lhe apenas Paulo Guedes, que permaneceu no cargo, sabe-se la por que razão, já que suas melhores propostas acabaram sendo esvaziadas pelo próprio Bolsonaro.
Para segurar-se na cadeira presidencial ate o fim do mandato, Bolsonaro entregou a direção de seu governo a seus antigos inimigos, o centrão, que virou seu novo aliado.
Era tão firme o apoio, que, no dia seguinte às eleições, ao tomarem conhecimento do resultado, migraram para o vencedor.
Como se tudo isso não bastasse, o ego de Bolsonaro, que se inflou com sua inesperada eleição presidencial, convenceu-o que ele deveria se eternizar no poder.
Era o Messias da politica!
E sua missão seria cumprida democraticamente ou através de um golpe, se assim fosse necessário.
Assim escolheu como inimigo publico numero um a urna eletrônica. 
Como um Dom Quixote dos trópicos, Bolsonaro fazia seus admiradores acreditarem que, se não fosse reeleito, a razão seria a fraude nas urnas.
incitava esses mesmos admiradores a apoia-lo, caso não se reelegesse, a trilhar um caminho que atropelasse a Constituição.
Nesse meio tempo deparou-se com Alexandre de Moraes, defensor das urnas.
Acabou elegendo-o seu oponente, sem imaginar que a escolha desse oponente, com capacidade intelectual e de articulação politica muito maior do que a dele, pudesse ser seu freio e adiante leva-lo aos tribunais, como esta acontecendo. 
Foi mais um de seus grandes erros estrategicos.
Num desses episódios de demonstração de sua força, Bolsonaro fez com que desfilasse em Brasilia, na esplanada dos ministérios, equipamentos militares.
Para sua surpresa e riso de muita gente, um desses equipamentos desfilava fumegante de óleo queimado, diminuindo o poder da cena.
Acredita-se que isso foi sabotagem.
Noutro episodio, em São Paulo, Bolsonaro chegou de helicóptero à Av. Paulista, falando duro contra as urnas e contra o Supremo.
Muitos de seus admiradores, reunidos no local, aguardavam ansiosos que naquele dia Bolsonaro fizesse o tão esperado e propalado golpe de estado.
Mas, ao final, contido pela falta de apoio militar, que acabou não acontecendo, já em Brasilia, num recuo pragmático, convocou o ex-presidente Temer para escrever uma carta, que no final ele assinou, pedindo desculpas ao STF na  pessoa de Alexandre de Moraes.   
Perdida a eleição, enquanto seus mais fanáticos seguidores se reuniam às portas de quarteis, pelo Brasil afora, revindicando que os militares assumissem o poder, Bolsonaro se preocupava mais em arrecadar joias, que havia recebido em viagens oficiais, para vende-las nos USA.
Um dia antes da posse de Lula, Bolsonaro, depressivo,  viajou a Orlando, onde  permaneceu no ostracismo, que a historia que ele escreveu, o destinara.
Acabou voltando ao Brasil, com o apoio do presidente do seu partido, PL, que continuou enxergando nele uma liderança nacional em oposição a Lula.
Por aqui, os processos judiciais, que foram abertos contra ele, seguiam. 
Num deles, foi condenado a inelegibilidade.
Quando foram cobradas as joias que Bolsonaro, ilegalmente, havia subtraído do patrimônio da União, numa desastrosa operação de recuperação das joias vendidas, Bolsonaro envolveu militares, cuja missão nunca foi limpar a sujeira de um presidente, deixando rastros infantis num suposto crime cometido.
Agora de herói nacional passou a ser um ladrão de galinhas.
Isto posto, não sei como completar os três pontinhos do titulo deste artigo.
Cada um faça sua escolha.  








quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Querem a mamata de volta!




Quando os sindicatos de trabalhadores foram criados, 
em 1943, junto com a CLT,  pela ditadura do presidente Vargas, tinha como principio a defesa dos interesses dos trabalhadores e a busca de maior equilíbrio numa discussão junto aos patrões.
Naquela época, os trabalhadores não tinham representatividade no cenário político, que era composto pela elite da sociedade.
Nem tinham poder de negociação, pois, individualmente, seus pleitos eram ignorados pelos patrões ou quando houvesse qualquer manifestação de grupos de trabalhadores era rechaçada com violência.
Não era possível contrariar os mesquinhos interesses de lucros fabulosos dos patrões.
O trabalhador ainda era enxergado com o ranço do escravismo.
A introdução dos sindicatos foi o primeiro passo para reconhecimento do valor do trabalhador.
Para que os sindicatos pudessem existir foi criada, também, junto com a CLT, a contribuição sindical obrigatória.
Havia na Lei trabalhista a determinação de que todo empregador descontasse a contribuição sindical da folha de pagamento salarial de todo trabalhador de sua empresa, para que todos esses valores arrecadados 
fossem remetidos ao sindicato da categoria.
Embora os sindicatos tenham tido alguma importância, melhorias nos direitos dos trabalhadores não foram conquistadas pelos sindicatos.
O FGTS foi criado em 1966, pela ditadura militar, no governo do presidente Castelo Branco!
Ao longo do tempo a sociedade mudou seus parâmetros e passou a enxergar os trabalhadores como seres humanos que são.
Os trabalhadores também passaram a ter participação na política através de congressistas, que lutavam por mais direitos aos trabalhadores.
Com isso foram criados o 1/3 a mais no salario no mês das férias, vale refeição, vale transporte, seguro saúde, entre outros benefícios que foram criados pelo Congresso ou por deliberação dos empregadores.
Com essa ocupação da política nas conquistas dos trabalhadores, restou aos sindicatos atuarem apenas nas negociações para reajustes salariais, quando estas também não o eram por decisões políticas ou judiciais.
Os sindicatos acabaram por se transformar em cabide de empregos de diretores sindicais, que defendiam mais seus interesses pessoais do que do trabalhador que representavam.
Como fazem os políticos hoje.
Talvez ate porque muitos desses dirigentes sindicais tenham entrado na política e tenham levado essa habito para a política.
Diante da obrigatoriedade da contribuição sindical pelos trabalhadores e da expressiva quantidade de trabalhadores, havia muito dinheiro em jogo. 
Assim, surgiram centenas de sindicatos objetivando apenas pegar seu quinhão na arrecadação sindical obrigatória e viver do bem bom.
Por essas e outras os trabalhadores começaram a ficar indignados por terem que contribuir obrigatoriamente para os sindicatos, que na visão dos trabalhadores nada faziam.
O fato é que, em 2017, o Congresso chegou à conclusão política de que a contribuição obrigatória para o sindicato não tinha mais razão de existir e, por Lei, foi transformada em contribuição facultativa.
Desta forma, aqueles trabalhadores que sentissem a necessidade de uma rede de proteção, para defender seus interesses, e acreditassem que o sindicato seria capaz de ajuda-los, contribuiriam voluntariamente para o sindicato.
Caso contrario, não.
Foi o que aconteceu.
Milhares de trabalhadores deixaram de contribuir aos sindicatos.
Os sindicatos perderam arrecadação e muitos sindicatos ate fecharam suas portas.
Mas, aquela turma de sindicalista, que perdeu as benesses, que viviam no tempo da contribuição obrigatória, não aceitou essa mudança.
Continuaram agindo politicamente para que tudo voltasse como era antes.
Com o atual governo Lula, que já fora diretor de sindicato no passado, a turma de sindicalista enxergou que havia um aliado na sua causa.
E através do ministro do Trabalho, também ex-diretor de sindicato, os sindicalistas pretendem reconquistar a contribuição obrigatória, que a maioria dos trabalhadores não concorda.

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

O porquê da deficiente educação brasileira


No serviço publico, em determinadas áreas com maior poder de impor suas exigências, os governos anteriores elevaram os salários desses servidores a patamares ate maiores do que na iniciativa privada.
A justificativa para essas decisões baseava-se na tese de que assim seria possível uma maior retenção dos melhores profissionais no mercado.
Entretanto, o mesmo não se aplica aos professores do ensino fundamental e médio, que são a base da formação educacional de todas as profissões.
Assim como não basta para aqueles servidores mais privilegiados argumentar que o profissional tenha que ter paixão pela profissão ou que a encarem como missão heroica, como se espera dos professores, o que importa mesmo para atrair talentos motivados é um digno e bom salario.
O que nos deparamos hoje, na carreira de professores do ensino fundamental e médio, são profissionais de qualidade duvidosa.
Isso acontece em razão da carreira estar longe de ser atrativa para excelentes profissionais.
Aqueles que acabam nessa carreira, em sua maioria, não são os que tinham melhor desempenho acadêmico.
Optam pela carreira como ultima opção profissional!!
Não nos enganemos com isso.
Esses fatores, ao final, acabam prejudicando a formação e a qualidade da educação brasileira, impedindo que o Brasil ocupe as melhores posições no ranking mundial de educação!
Acordem autoridades!