Fachin sempre foi sabidamente PTista, antes de ser nomeado ministro do STF.
Suas raízes tiveram que ser contidas ao assumir o posto, pois semelhante a um governante eleito, após a eleição ele não é mais o candidato de um partido, mas o governante de todos os cidadãos, daqueles que o elegeram e daqueles que não elegeram.
Pelo menos em tese.
Diziam ate que Fachin era um defensor da Lava Jato.
Por isso, circula uma narrativa de que Fachin teria decidido anular as condenações de Lula para ajudar tanto Lula como Moro.
Com essa atitude preservaria os efeitos da Lava Jato para os demais.
Isso porque está próximo o julgamento da suspeição de Moro nos julgamentos de Lula, pelo STF.
O que poderia fazer com que todos os condenados fossem inocentados.
Parece uma decisão acertada.
Vão-se os anéis, mas ficam os dedos.
Não concordo com essa visão.
Para mim, por onde passa o boi, passa a boiada.
Se mantida a anulação do julgamento de Lula, todos os demais condenados vão pegar carona na decisão suprema e livrarem-se da condenação.
Fachin esperou o momento certo para livrar Lula de suas condenações porque ardentemente sempre quis inocentar o líder político que sempre devotara.
As condições para isso, apesar de parecer fazer parte de uma conspiração, na verdade aconteceram ao acaso, com certa premeditação de roteiro, mas sem combinações entre os participes.
Moro foi convidado por Bolsonaro para ser ministro de seu governo.
Posso ate suspeitar que o objetivo fosse tira-lo do cargo de juiz e enfraquecer a Lava Jato.
Mas, prefiro acreditar que Bolsonaro o convidou para dar credibilidade em seu governo.
Chegou ate a prometer que o indicaria para ministro do STF!
Seria apenas bazofia?
Se com uma mão Bolsonaro colocou um símbolo da Lava Jato em seu governo, na outra indicou como procurador geral Aras, que manifestava intenção de acabar com o grupo de procuradores da Lava Jato.
E o fez mais tarde.
Inclusive com o próprio Bolsonaro afirmando que encerraria a Lava Jato porque em seu governo não havia mais corrupção.
Em seguida, com o envolvimento de Flavio, filho do presidente, na suspeita de ter participado de rachadinhas na ALERJ, para tentar conter a onda de uma pretensa condenação, Bolsonaro desarticulou os poderes de Moro ate que este fosse compelido a sair do governo.
No lugar de Moro, para ministro do STF, Bolsonaro indicou Nunes Marques, que nem bem assumiu o cargo também jogou uma pá de cal na Lava Jato.
Finalmente, foram eleitos na presidência das duas casas do Congresso membros do Centrão.
Já aliados de Bolsonaro.
Que sabidamente participaram do governo Lula nos butins praticados em seu governo.
Alguns dos componentes do Centrão tiveram condenações.
Outros continuam como investigados ou denunciados.
Portanto, queriam ver o fim da Lava Jato e de suas consequências.
Está criado o momento oportuno.
Afinal, o que se pretende com tudo isso?
Em primeiro lugar canonizar todos os políticos e torna-los santos!
Mas, para Bolsonaro pode parecer que foi uma derrota.
Lula sendo inocentado estará livre para concorrer em 2022.
Isso é realmente ruim para Bolsonaro?
Pode parecer que é, mas não é.
Em 2018 a luta contra o PT foi o mote da campanha, que o levou a ganhar a eleição.
O temor do retorno do PT continuara sendo o mote para 2022, agora fortalecido com a presença do líder maior do PT.
Portanto, queriam ver o fim da Lava Jato e de suas consequências.
Está criado o momento oportuno.
Afinal, o que se pretende com tudo isso?
Em primeiro lugar canonizar todos os políticos e torna-los santos!
Mas, para Bolsonaro pode parecer que foi uma derrota.
Lula sendo inocentado estará livre para concorrer em 2022.
Isso é realmente ruim para Bolsonaro?
Pode parecer que é, mas não é.
Em 2018 a luta contra o PT foi o mote da campanha, que o levou a ganhar a eleição.
O temor do retorno do PT continuara sendo o mote para 2022, agora fortalecido com a presença do líder maior do PT.