Recorrentemente a discussão sobre o desarmamento volta a tona.
A meu ver, essa questão do desamamento sempre nos conduz a uma
encruzilhada de caminhos diametralmente opostos.
Queremos uma sociedade mais ou menos violenta?
Evidentemente que com mais armas disponíveis, a
sociedade poderá ser mais violenta.
Afinal mais armas significa mais potencial para a violência.
Ao mesmo tempo, ha uma falsa sensação de mais
segurança individual.
Falsa, porque, embora portando-se uma arma, não significa que sempre estaremos em condições de usa-la a nosso favor.
Antagonicamente, acredita-se que com menos armas disponíveis, a sociedade poderá ser menos violenta.
Imagina-se que haverá, ainda que falsa, uma sensação de mais segurança individual e coletiva.
Afinal, havendo menos armas disponíveis, determinados crimes de desavenças poderão não ocorrer.
Também é uma sensação falsa porque população desarmada, não significa toda sociedade desarmada.
Os bandidos sempre a portarão.
Não ha lei que os proíba
de estarem armados.
O fato é que para que haja um minimo de certeza de que uma população desarmada é melhor do que uma população armada, alguns fatores devem
acontecer.
Começa com a sociedade sendo menos tolerante a
corrupção.
Tanto em seus próprios atos.
Quanto nos atos praticados por terceiros.
Por outro lado, as instituições publicas democráticas
tem que assumir o compromisso de oferecer a segurança publica em toda sua
plenitude.
Para isso o Legislativo tem que ser mais
eficiente na confecção de Leis.
Com estabelecimento de regras nos julgamentos
que observem ritos mais céleres e sem permissão de protelações infindáveis.
Com estabelecimento de penas rigorosas.
Para isso a Policia tem que ser mais eficiente.
Com investigações bem feitas e que resultem em inquéritos
bem elaborados.
Com pulso firme na repressão aos bandidos.
Para isso o Judiciário tem que ser mais
eficiente.
Com juízes aplicando rigorosamente as penas
previstas na legislação.
Para isso o Sistema Penitenciário tem que ser
mais eficiente
Com condenações cumpridas rigorosamente nos
termos da legislação.
Mas, hoje isso acontece no Brasil?
Não!
Daí que há uma sensação de insegurança
generalizada.
Daí que, diante dessa insegurança, muitos pretendem voltar a uma sociedade mais armada.
Mas, entendo, que não podemos retroceder.
Temos que exigir que as instituições publicas democráticas
cumpram seu papel.
Essa é a luta que devemos abraçar.
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