sábado, 11 de abril de 2015

Greve dos professores

A greve dos professores no estado de São Paulo virou moda.
Todo ano tem, na mesma época.
São Paulo Teacher Week.
Ainda que no caso já passe de um mês!
Merece atenção sim.
Por que fazem greve?
Essa discussão sobre os professores tem vários planos e ângulos diferentes
É uma ação política de opositores do governo, que paralisam por paralisar, com o objetivo de desgastar a imagem do governante?
É uma ação de reivindicações de ajustes salariais?
É uma ação para apresentação de propostas para melhoria do ensino publico?
Confesso que fico na duvida.
Talvez haja ate mais assuntos.
Ou uma mescla de todos.
Vamos tentar analisar ponto a ponto.
Então vejamos a questão salarial.
Ah! Antes disso, vamos lembrar que há professores da rede publica e da rede privada.
Já ai ha um divisor.
Será que um professor da escola privada ganha muito mais do que o professor da escola publica?
Confesso que não sei.
Mas, deve haver mesmo uma diferença salarial a maior dos professores da  escola privada.
Sim, porque não vejo professores das escolas privadas fazerem greves.
Mas, mesmo que haja uma diferença a favor da escola privada, não deve ser expressiva.
Pois se fosse, por que os professores da rede publica não pedem demissão e vão trabalhar na escola privada?
Particularmente, acredito que a questão salarial não deve ser o motivo para tanta greve.
Afinal, quando o professor escolheu a carreira não sabia que aquela profissão não era assim tão bem remunerada?
Digo isso porque professor no Brasil nunca foi uma profissão bem remunerada como outras profissões o são.
Sem discutir o mérito, pois de passagem já digo que sou favorável que professor seja bem remunerado.
E que deva ganhar, no mínimo, em iguais condições a outras profissões universitárias.
Apenas para ilustrar, quem estudou, no passado, na rede escolar publica, como eu, teve uma excelente formação.
Poucas eram as escolas privadas bem conceituadas.
Hoje, inverteu.
A escola publica, em geral, é de baixa qualidade e em geral a privada é melhor.
Ou não?
Parece-me que o problema não esta no salário.
Que, realmente, deixa a desejar.
Minha visão sobre o problema é que a estrutura educacional esta mal formulada.
Enquanto a escola privada quer se distinguir em qualidade, a maioria das escolas publicas não tem essa preocupação.
Nem os responsáveis pelas Secretarias de Educação do estado ou do município.
Aliás, este problema de qualidade esta em todo serviço publico.
De uma forma geral, o servidor publico, acha que o emprego é dele.
Ele fez um concurso e passou e agora ele é o dono do cargo.
Faz o que quer, como quer, quando quer.
Não precisa dar satisfação a ninguém.
Nós contribuintes somos uns chatos, que atrapalham suas vidas.
Perai!
O emprego não é dele não!
Esse é outro lado da questão.
É preciso acabar com essa estrutura arcaica de que o concursado é dono do emprego.
Temos que repensar toda a estrutura do serviço publico e acabar com esses feudos.
O servidor publico deve satisfação do que faz como qualquer trabalhador da iniciativa privada.
E quando não atende os interesses da empresa, pode ser demitido.
Mas, não é isso que vejo como propostas dos grevistas.
Querem aumentos salariais e que se dane o resto.
Alias, tanto pensam assim que estão em greve ha um mês, com prejuízo de todos os estudantes e o que eles fazem?
Nada.
Deixam os estudantes a própria sorte.
Deixam os pais dos estudantes desesperados.

Como querer exigir que a sociedade os apoie se eles mesmos dão as costas para a sociedade negando ensino que é sua obrigação de fazer.

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