Essa discussão sobre o preço dos combustíveis cansou.
Fica-se rodando no mesmo circulo e não se avança para uma boa solução.
Está pacifico que a política de preços praticada pela Petrobrás, utilizando o preço internacional do petróleo, não se pode mexer.
Óbvio.
É uma empresa mista com ações nas bolsas de valores do Brasil e USA.
Portanto, seu foco é obter o maior lucro e propiciar os mais altos dividendos a seus acionistas.
Qualquer alteração nessa política será judicializada e os acionistas vencerão essa batalha.
Como já ocorreu, por ocasião do Petrolão, quando a Petrobrás foi levada a justiça americana e foi obrigada a indenizar seus acionistas minoritários que demandaram.
Só há uma maneira legal de fazer com que a Petrobras mude essa política e passe a cobrar o preço dos combustíveis pelo custo real mais um lucro que agrade seus investidores.
Chama-se concorrência!!!!
Para isso é preciso que se quebre o monopólio da Petrobrás.
Isso aconteceu com a telefonia.
Quem vivenciou a compra de linha telefônica, que era inclusive declarada como patrimônio na declaração de imposto de renda, lembra que quando FHC acabou com o monopólio da telefonia o acesso ao telefone foi universalizado.
Hoje qualquer cidadão adquire facilmente uma linha de celular a preços acessíveis.
Vai na loja e sai com uma linha.
Telefone fixo, então, é so pedir e no dia seguinte está instalado.
Então o caminho da privatização da Petrobrás, que pode ate ser trilhado, deve antes ter a quebra do monopólio realizada.
Caso contrário, sai-se de um monopólio publico e cai-se num monopólio privado.
Aliás essa formula de quebra de monopólio deveria ser adotada como regra para todas as estatais, como por exemplo, os Correios.
Feita a quebra do monopólio a Petrobrás, tendo concorrentes, será fatalmente obrigada a ajustar seus preços para o preço de mercado praticado internamente pelos concorrentes e sua privatização perde relevância.