segunda-feira, 23 de junho de 2014

Uma experiencia bio desagradavel - capitulo X

Capitulo X – A Tensão aumenta

Toda a equipe de procuradores foi embora, com exceção de Carla, que era a enfermeira assistente da procuradoria.
Ela ficou e continuava reclamando com o Flávio, dizendo que o hospital ganhava muito e pagava pouco para seus funcionários.
Pensei: Todo mundo foi embora e ela ficou. Por que ela não vai embora? Será que ela não percebeu que a coisa mudou? Ela não está com essa bola toda, assim, sozinha.
E ela continuava reclamando.
Flávio ia para um lado e para outro, procurando se esquivar de Carla. E ela continuava seguindo atrás dele, falando, falando.
Pensei: Mas que diabos essa menina tanto fala. Ela está não sabe com quem está mexendo... Ela tem que ir embora já. Ela está provocando, provocando e não percebeu que não tem mais o respaldo dos procuradores.
De repente, o Flávio pegou uma panela, ou algo parecido, e bateu na cabeça da Carla. Ela caiu atordoada no chão. Ele então começou a despi-la. Tirou sua roupa também. Em seguida a estuprou.
Pensei: Pronto. Ela agora está ferrada. Porque não foi embora enquanto era tempo?
Após concluir o estupro, Flávio se levanta para se arrumar e sai da UTI, terminando de colocar a camisa.
Carla começou a gritar histericamente:
- Vou chamar a policia! Estuprador!... Maldito!... Canalha!... Vou chamar a policia!
Pensei: Fica quieta menina. Aproveita que ele não está aqui e vai embora.
O Flávio voltou para a sala com um tape na mão.
Disse, mostrando para ela:
- Você vai chamar a policia? Para que? Aqui esta tudo gravado, neném.... Você vai querer mostrar que você deu para mim? Deu porque queria dar. Aqui não tem nada a seu favor...Chama a policia, vai. Chama. Chama. Não tenho medo. Eles vão é rir de você, bobona.
- Vou chamar meu pai... Canalha! Vou chamar meu pai... Ele vai te matar. Meu pai é muito bravo... Ouviu?
- Vai. Vai lá. Chama o papaizinho. Chama a policia. Chama a puta que te pariu!
Pensei: Cala a boca, menina. Vai embora enquanto é tempo.
Carla chorava muito e soluçava. Pegou a bolsa, pos em um dos braços e no outro segurou um agasalho. Saiu falando:
- Espera...espera para ver... Espera...Vou chamar meu pai.
- Vai. Vai. Não enche meu saco...Porra!... Vai logo senão mudo de idéia. – disse o Flávio rindo e olhando para seus comparsas, que riam também.
Carla foi embora, meio capengando, chorando, soluçando, murmurando palavras que não entendi.
Fiquei aliviado porque ela conseguiu ir embora.
- Canalha! – gritou o italiano. - Você e toda essa corja de bandidos. Canalhas!
- Mas esse filho de uma puta ainda não morreu? Porra!... Vão lá e dão um jeito nele.- disse Flávio gesticulando para seus comparsas.
- Bandidos!... Covardes! – continuou o italiano.
- Corta o pau dele! – sentenciou Flávio. – Corta! Assim ele vai deixar de ser macho.
Os enfermeiros foram em direção ao italiano. Um deles portava uma faca na mão. 
- Pode cortar. Eu estou velho mesmo... Não uso. – retrucou o italiano.
Pensei: Esse italiano só faz besteira. Por que não fica quieto?
Enquanto dois enfermeiros seguravam o italiano pelo braço, um em cada lado, um terceiro cortou-lhe o pênis na metade. A sangue frio.
Pensei: Ai que dor.
Senti uma dor na minha região genital como se fosse em mim que eles estivessem cometendo aquela barbaridade. Fiquei angustiado.
Pensei: Não quero nem olhar. Que crueldade! Quanta covardia! E o pior é que eu não posso fazer nada. Nem reclamar eu posso. Tenho que ficar quieto. É melhor. A situação aqui está ficando cada vez pior.
- Pega o meu pau e enfia no teu rabo...canalha! – esbravejou o italiano.
- Vou dar para o gato comer. – retrucou Flávio.
- É para enfiar no teu cu! – gritou novamente o italiano.
- Joga no lixo! – gritou o Flávio. - Nem o gato vai comer essa porcaria velha e suja. Joga no lixo! Porra!
Nisso aparece na entrada da UTI Carla junto com o pai, que estava armado com um revolver nas mãos. Ele era aquele típico pai italiano. Careca, com cabelo branco nas laterais da cabeça, olhos azuis, encorpado. Estava muito nervoso.
- É esse ai, pai. – disse Carla, apontando para o Flávio. - Foi ele quem me estuprou.
Flávio, com movimentos lentos, olhou para os dois e disse:
- Carla... Carla...Carla..... Que é que é isso? Para que você foi perturbar seu pai. Ele é um homem muito ocupado.... não é, senhor? – disse olhando para o pai dela e demonstrando preocupação pelo incomodo.
- É esse o canalha? – gritou o pai apontando o revolver para a cabeça de Flávio.
O pai de Carla estava esbaforido. Completamente transtornado.
Os capangas estavam se preparando para reagir, quando Flávio levantando o braço, com a mão aberta, demonstrando calma, disse:
- Calma, gente. Vamos conversar. Nada de tiros por aqui, por favor. Aqui tem pacientes. Pode acertar alguém... Calma!
Depois virou-se para o pai dela e disse:
- Sogrinho, o que foi que a Carla andou falando de mim pra voce?
- Flávio, você é um cara de pau... Safado! – retrucou Carla.
- Sogrinho, você veio aqui para me matar?... Então? Mata. Mata logo. Vamos. Mata. Que é que você está esperando?
O pai de Carla esticou o braço e apontou o revolver para o rosto de Flávio.
Pensei: Mata. Mata logo esse bandido.
Flávio andou calmamente em direção a Carla e disse ao pé do ouvido dela:
- Amor, você não quer que eu compre aquele carro conversível que você me disse que queria?
E deu um beijo no rosto dela.
- Calma, pai. Calma. – disse Carla levantando a mão e a colocando na frente do revolver, para impedir que o pai desse um tiro.
- Flávio, você vai me dar aquele carro, mesmo? – perguntou Carla interessada e olhando para o Flávio.
- Lógico, meu amor. Eu não prometi? Promessa é divida. Eu já disse que vou comprar, meu bem.
Pensei: Não Carla. Não entre na conversa dele. Não recua.
- Pai, deixa para lá. Ele vai me dar aquele carro que eu tanto quero.
O pai abaixou o braço, apontou o revolver para o chão. Abaixou a cabeça, desolado, e gritou:
- Puta! Sem vergonha! Não parece minha filha. Você... você se vendendo por causa de um carro? Puta. Você me faz perder meu tempo a toa?... Vagabunda.
- Pai... Pai. Eu prefiro assim. É melhor.
- Então vocês se merecessem... Puta!
Pensei: Não é possível. Ela se vendeu por um carro. Ela vai virar escrava sexual, como as outras. Que burra.
O pai aborrecido, enfiou a arma na cinta e saiu da UTI.
Os seguranças do hospital viram o pai de Carla chegar armado. Chamaram a policia militar, que chegou justamente quando ele estava saindo na portaria do hospital e prendeu-o.
Foi uma confusão. Os policiais queriam entrar na UTI para falar com Flávio, mas ele impediu. O pai de Carla estava algemado junto com dois policiais e um segurança do hospital.
Flávio mandou soltar o velho, dizendo que não acontecera nada. Que fora só um mal entendido. Enfiou algumas notas de cem reais no bolso de um policial e mandou todos irem embora. Falou que não queria bagunça na UTI, nem no hospital.
Começou a amanhecer. Percebi pela troca de turno dos enfermeiros. Flávio e sua gangue foram embora.
Fechei os olhos e cochilei.
Quando acordei, durante a visitação, Cris comentou comigo que haviam substituído a minha sonda urinária, que ela pedira para o Dr. Paulo providenciar, pois tinha receio de que eu pegasse alguma infecção.
Voltei a dormir.

                                      continua no próximo capitulo

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