segunda-feira, 7 de julho de 2014

Reflexão politica

Tenho acompanhado uma divisão política, que segundo especialistas, esta fatiada em 1/3 para cada parte. Há a fatia dos petistas, a dos não petistas e na terceira fatia há os apolíticos.
Há uma polarização nas discussões entre petistas e não petistas. Os apolíticos, por estarem desacreditados da política, não se manifestam. 
Mas, a discussão fica apenas no campo do voto majoritário do executivo. Seja para presidente, para governador, para prefeito.
Entretanto, ao contrário do que muitos imaginam, um governo não se faz apenas com um presidente, com um governador ou com um prefeito.
Há toda uma estrutura política, para não falar da estrutura da maquina publica, que faz com que as coisas aconteçam.
Talvez pela nossa cultura de endeusar pessoas, acreditamos que o único responsável pelas decisões é um presidente ou um governador ou um prefeito.
As decisões que eles tomam são no âmbito de diretrizes, com um desconhecimento das minúcias.
Eles não são deuses. Não estão em todos os lugares, ao mesmo tempo.
Eles não manipulam como marionetes o que cada componente da estrutura de governo faz.
Cada colaborador pensa e age sob suas próprias convicções e sob os interesses de grupos. Estes, por sua vez, também os influenciam.
Como resultante as decisões dos governantes esta influenciada por todos aqueles que os rodeiam proximamente e, por tabela, por outros que nem imagina poderiam influenciar.
O resultado disso tudo é uma babel de interesses, cada um forçando seu próprio interesse.
            Por outro lado, esquecemos que um governo tem a participação decisiva do legislativo.
            O legislativo, por sua vez, é uma massa disforme, com diversos tentáculos, que se movimenta ao sabor das oportunidades que se apresentam. Tem o poder de influenciar as decisões políticas dos governantes do executivo de maneira quase que chantageadora. O exemplo disso é o ex-presidente Collor, que foi destronado não pelas supostas irregularidades, mas sim porque quis romper com a influência do legislativo.
Onde quero chegar?
Enquanto ficarmos discutindo se A ou B serão os próximos eleitos para o executivo, e continuarmos a descuidar da analise de quem serão aqueles que comporão o legislativo pouco haverá de mudanças na política nacional, por conta do poder que o legislativo tem.
Os deputados e senadores são eleitos de maneira bizarra. Uns caem de pára quedas, graças à visibilidade pessoal que tiveram na mídia. Outros porque detém um curral eleitoral há anos. Seus eleitores votam porque sempre votaram naquele candidato. Outros ainda recebem votos de forma aleatória de eleitores, que por falta de opção, acabam cedendo o voto para ele.
O eleitor da grande maioria eleita, sequer conhece os pensamentos, os projetos, a vida de seu escolhido.
Muitos daqueles que se candidatam para o legislativo nunca poderiam estar lá. Não representam os interesses da população. Alguns por desconhecimento total do que fazem lá. Outros, que compõe uma maioria decisiva, vislumbram apenas resolver seus interesses pessoais e de seus grupos que os mantém no poder.
Sob minha ótica, enquanto não houver uma composição de um legislativo mais comprometido com os interesses nacionais e na busca de um amplo entendimento entre os poderes da republica, tudo continuará como está.
Para concluir, na próxima eleição, proponho que deveríamos conhecer todos os candidatos a deputado, a senador, tão ou mais que o candidato a presidente ou a governador.
             Para aqueles apolíticos, que não estão preocupados com a política e falam ate em anulação de voto ou voto branco, recomendo que entendam de uma vez por todas que a única forma de mudar o estado das coisas, dentro da democracia, é pelo voto.

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