Tenho acompanhado uma divisão
política, que segundo especialistas, esta fatiada em 1/3 para cada parte. Há a
fatia dos petistas, a dos não petistas e na terceira fatia há os apolíticos.
Há uma polarização nas discussões
entre petistas e não petistas. Os apolíticos, por estarem desacreditados da política, não se manifestam.
Mas, a discussão fica apenas no
campo do voto majoritário do executivo. Seja para presidente, para governador,
para prefeito.
Entretanto, ao contrário do que
muitos imaginam, um governo não se faz apenas com um presidente, com um
governador ou com um prefeito.
Há toda uma estrutura política,
para não falar da estrutura da maquina publica, que faz com que as coisas
aconteçam.
Talvez pela nossa cultura de
endeusar pessoas, acreditamos que o único responsável pelas decisões é um
presidente ou um governador ou um prefeito.
As decisões que eles tomam são no
âmbito de diretrizes, com um desconhecimento das minúcias.
Eles não são deuses. Não estão em
todos os lugares, ao mesmo tempo.
Eles não manipulam como
marionetes o que cada componente da estrutura de governo faz.
Cada colaborador pensa e age sob
suas próprias convicções e sob os interesses de grupos. Estes, por sua vez,
também os influenciam.
Como resultante as decisões dos
governantes esta influenciada por todos aqueles que os rodeiam proximamente e,
por tabela, por outros que nem imagina poderiam influenciar.
O resultado disso tudo é uma
babel de interesses, cada um forçando seu próprio interesse.
Por outro
lado, esquecemos que um governo tem a participação decisiva do legislativo.
O
legislativo, por sua vez, é uma massa disforme, com diversos tentáculos, que se
movimenta ao sabor das oportunidades que se apresentam. Tem o poder de
influenciar as decisões políticas dos governantes do executivo de maneira quase
que chantageadora. O exemplo disso é o ex-presidente Collor, que foi destronado
não pelas supostas irregularidades, mas sim porque quis romper com a influência
do legislativo.
Onde quero chegar?
Enquanto ficarmos discutindo se A
ou B serão os próximos eleitos para o executivo, e continuarmos a descuidar da
analise de quem serão aqueles que comporão o legislativo pouco haverá de
mudanças na política nacional, por conta do poder que o legislativo tem.
Os deputados e senadores são
eleitos de maneira bizarra. Uns caem de pára quedas, graças à visibilidade pessoal
que tiveram na mídia. Outros porque detém um curral eleitoral há anos. Seus
eleitores votam porque sempre votaram naquele candidato. Outros ainda recebem
votos de forma aleatória de eleitores, que por falta de opção, acabam cedendo o
voto para ele.
O eleitor da grande maioria
eleita, sequer conhece os pensamentos, os projetos, a vida de seu escolhido.
Muitos daqueles que se candidatam
para o legislativo nunca poderiam estar lá. Não representam os interesses da
população. Alguns por desconhecimento total do que fazem lá. Outros, que compõe
uma maioria decisiva, vislumbram apenas resolver seus interesses pessoais e de
seus grupos que os mantém no poder.
Sob minha ótica, enquanto não
houver uma composição de um legislativo mais comprometido com os interesses
nacionais e na busca de um amplo entendimento entre os poderes da republica,
tudo continuará como está.
Para concluir, na próxima eleição, proponho que deveríamos
conhecer todos os candidatos a deputado, a senador, tão ou mais que o candidato
a presidente ou a governador.
Para aqueles apolíticos, que não estão preocupados com a
política e falam ate em anulação de voto ou voto branco, recomendo que entendam
de uma vez por todas que a única forma de mudar o estado das coisas, dentro da
democracia, é pelo voto.
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